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segunda-feira - 20/05/2024 - 06:22h
Futebol

ABC goleia na Série C e América vence o Potiguar na Série D

O ABC finalmente deslanchou, sobrou em campo, na Série C do Brasileirão. Em jogo nesse domingo (19) pela Série C do Brasileirão, goleou o Ferroviário por 0 x 4. A partida foi no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza-CE.

Jenison, Gabriel Santiago e Matheus Blade (2x) fizeram os gols do alvinegro natalense.

Com o resultado, o Ferroviário segue com um ponto e em 18º na competição, ainda sem vencer na competição. O ABC, por sua vez, chegou aos quatro pontos e é o 12º, tendo alcançado sua primeira vitória.

O Ferroviário volta a campo no próximo sábado (25), diante do Floresta, fora de casa, às 19h30. No mesmo dia, mas de 17h, o ABC visita o Confiança.

América

Em jogo equilibrado, mas em que demonstrou mas eficácia no ataque, o América venceu o Potiguar de Mossoró pela Série D do Brasileirão 2024, nesse domingo. O jogo foi na Arena das Dunas, em Natal.

Marcos Ytalo e Alan, ambos no segundo tempo, fizeram os gols americanos.

Com a vitória, o América está na vice-liderança do Grupo A3 da Série D, com sete pontos, cinco atrás do líder Treze. Já o time mossoroense o vice-lanterna, com três pontos, estando também a três pontos de distância do Santa Cruz-RN, primeiro time dentro do G-4.

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Categoria(s): Esporte
domingo - 19/05/2024 - 23:59h

Pensando bem…

“A pior solidão é não estar confortável consigo mesmo.”

Mark Twain

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domingo - 19/05/2024 - 14:44h
Desvio na 304

Divisão de lucros em pedágio privado ameaça trânsito de veiculos

Do Blog Tárcio Araújo

Após uma divergência entre os donos das terras por onde passa o desvio privado em Lajes-RN, no Sertão Central, o acesso foi fechado por algumas horas na manhã deste Domingo (19). Impasse pegou os condutores de veículos de surpresa e causou enormes transtornos para quem precisa trafegar pela BR 304.

A rodovia foi interditada desde o dia 31 de março em razão da queda de uma ponte, devido enxurrada.

Segundo informações levantadas no local, um dos proprietários teria exigido que a cobrança do “pedágio” fosse feita também na porteira de sua propriedade (a que fica do sentido de Mossoró).

Após a divergência, a proprietária de uma das terras permitiu a reabertura da porteira, mas de forma momentânea até que se decida um acordo entre as partes, sobre o compartilhamento da cobrança pelo acesso.

Uma reunião acontece neste momento entre o filho da proprietária de uma das terras, vindo de Natal, para conversar com Armando Filho, dono da propriedade por onde ocorre a cobrança do pedágio.

O trecho todo tem cerca de 2.700 km, entre uma parte da BR e a outra.

Por enquanto, o desvio privado está reaberto. Estamos tentando contato com os proprietários e logo mais traremos novas atualizações.

*Imagens de Washington Fernandes.

Nota do BCS – Em função da ausência do Estado, naquilo que lhe compete, é esperarmos uma negociação conciliadora entre as partes. Ô RN Sem Sorte!

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Categoria(s): Gerais
domingo - 19/05/2024 - 12:44h

Inversão de valores

Por José Nicodemos de Souza

Jaime Hipólito Dantas em sua biblioteca (Fotomontagem do Blog Papo Cultura)

Jaime Hipólito Dantas em sua biblioteca (Fotomontagem do Blog Papo Cultura)

Jaime Hipólito Dantas; dá tristeza andar tão esquecido o contista mais rematado que nunca existiu em Mossoró. No mais, crítico literário de altos méritos, pelo que é possível dizê-lo, sem dúvida nenhuma, à altura dos maiores, do Rio Grande do Norte e de fora.

Seu livro de contos “O Aprendiz de Camelô” ficou mesmo na primeira edição, se Mossoró pudesse dar-se ao luxo de relegar ao esquecimento o valor mais alto da sua literatura de ficção, se o leitor se der ao trabalho de examinar-lhe os contos como estrutura artística.

Quer do ponto de vista da estrutura interna, quer da estrutura externa, são os contos de Jaime Hipólito, em cada grupo temático, legítimas obras de arte literária, que não têm inveja às melhores do gênero, não só produzidas por estas bandas. Direi, sem medo de errar, trata-se do literato mais perfeito e rematado que Mossoró ainda produziu, opinião que era também do nosso inigualável estilista Dorian Jorge Freire, correspondente à possibilidade dos mais elevados conceitos sobre o contista de Mossoró.

Seu conto “A Tragédia do Negro Jesus”, em que tematiza uma época marcada pelas lutas sindicais, pode-se considerar uma pequena obra-prima, pela possibilidade de linguagens, urdidas com os traços do elemento humano, que caracterizam, decerto, a verdadeira obra de arte literária, atenta a criação literária como interpretação da vida pelo prisma da arte. É bem para dizer que Jaime Hipólito , sobre ser um ficcionista de largo faro humano, era também um teórico da literatura, fartamente lido nos mestres de mestres.

Assim é que coisa é muito para lamentar a inversão de valores que ora se vê em nossa cidade, atingindo em cheio esse vulto patrimonial da cultura mossoroense, que vem ser Jaime Hipólito Dantas. No último, em data, vestibular da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, sirva de exemplo, em que se pretendeu incluir um autor da cidade na lista dos autores literários indicados, desprezou-se Jaime Hipólito ou, seria melhor dizer, humilharam-no, preferindo às suas letras um valor menor, menorzinho.

Desculpem-me a maneira franca de encarar as coisas. Não é de admitir uma cidade que tem tradição em matéria de letras literárias, hoje com quatro instituições de educação superior, e coisa e tal, venha trocar ouro de lei por cobre. Desvirtuando-se do seu passado e do seu presente no que diz à referência intelectual.

Urge reabilitar, para esta geração nova, estudiosa, a obra e o nome de Jaime Hipólito Dantas, com Dorian Jorge Freire, as legítimas referências literárias da Mossoró.

Somos uma cidade com pretensão a capital brasileira da cultura.

José Nicodemos de Souza foi professor, vereador em Areia Branca, escritor, jornalista, poeta, cronista e contista com atuação em jornais de Mossoró como O Mossoroense, Gazeta do Oeste e De Fato, falecido nesse sábado (18) – veja AQUI.

*Crônica originalmente publicada no Jornal de Fato de 20 de dezembro de 2006, republicada por nós em sua homenagem.

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domingo - 19/05/2024 - 11:50h

A ruela dos livros

Por Marcelo Alves

Cecil Court em Londres (Foto: Web)

Cecil Court em Londres (Foto: Web)

Andei prometendo – e promessa deve ser cumprida – escrever aqui sobre a Cecil Court, ruela de pedestres londrina que é completamente tomada de pequeninas lojas de antiguidades e colecionáveis, livrarias e sebos especializados em primeiras edições, raridades, mapas, gravuras, ilustrações e em temas tão variados como línguas, automóveis, música, numismática, teologia, magia e por aí vai. Essa “ruela cultural”, no miolo turístico da capital do Reino Unido, liga a Charing Cross Road à St. Martin’s Lane, na direção de Covent Garden. Facílimo de achá-la.

Com uma história que retroage ao século XVII, a Cecil Court sempre esteve de alguma forma relacionada às artes. Dizem que o pequeno Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), quando em Londres por volta de 1764-1765, morou lá. Quer mais? Já a primeira livraria parece ter se estabelecido por ali antes da chegada desse morador ilustre, ainda no comecinho do século XVIII, com proprietários de origem francesa.

É claro que a Cecil Court teve suas idas e vindas do ponto de vista arquitetônico. Foi quase reconstruída no tempo de Robert Gascoyne-Cecil (1830-1903), o 3º Marquês de Salisbury e primeiro-ministro do Reino Unido por três vezes (1185-1886, 1886-1892 e 1895-1902). Uma reforma para melhor, como era de praxe à época, com a remoção dos edifícios antigos, substituídos por prédios e lojas melhor construídas, sanitariamente adequadas e de proporções mais atraentes.

Se essa reforma urbanística deu a forma “definitiva” à Cecil Court, depois dela a ligação dessa ruela com as artes não parou de crescer. Já na virada do século XIX para o XX, a Cecil Court esteve fortemente relacionada ao nascimento da indústria cinematográfica britânica. Fornecedores de equipamentos técnicos, produtores e distribuidores estabeleceram-se em seus prédios. Esses “cineastas” pioneiros, alguns dos principais nomes de então, eram os seus “locais”. A ruela era o “coração dessa recém-nascida indústria”, dizem os historiadores.

Foi também por essa época que editoras e livrarias começaram a chegar em grande número à Cecil Court, ainda dividindo espaço com o povo do cinema. Esse boom se deu antes da 1ª Guerra Mundial, certamente. Eram sobretudo comércios de livros especializados, como ainda hoje o são. E foram só crescendo. Ocupando os dois lados da ruela, embora nem todas as lojas sejam livrarias tecnicamente falando. Temos também comércios de outras “curiosidades” ligadas ao que ainda chamamos de cultura.

De toda sorte, para esta crônica, o mais importante é ressaltar a sensação que tive ao voltar à Cecil Court na minha recente viagem em família: ela está quase como eu a deixei. Plena de comércios de livros e assemelhados. Eis uma lista deles extraída da página da Internet criada para a querida ruela dos livros (www.cecilcourt.co.uk): Alice Through The Looking Glass, Art Deco Gallery London, Bryars & Bryars, Coin Heritage, Colin Narbeth & Son Ltd, Daniel Bexfield Antiques, Darnley Fine Art, Goldsboro Books, London Medal Company, Marchpane, Mark Sullivan Antiques & Decoratives, November Books, Panter & Hall, Serhat Ahmet, Stephen Wheeler Medals, Storey’s Ltd, Sworders Fine Art Auctioneers, Tenderbooks, Tindley And Everett, Travis & Emery Music Bookshop e Watkins Books. Pelos nomes, embora em inglês, já dá para saber do que cuidam. Claro, não dá para visitar todos em uma só agradável tarde londrina.

Flanei em Cecil Court com a minha família, como fazia outrora sozinho, de mãos dadas apenas com a saudade de casa. Tiramos fotos. Xeretei algumas vitrines e lojas. O pequeno João a pé, à frente, animado deveras. E, aqui, para finalizar, apenas repito as palavras do grande Graham Greene (1904-1991): “Obrigado, Deus! Cecil Court continua Cecil Court…”

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
domingo - 19/05/2024 - 11:20h

Meia-lua inteira

Por Bruno Ernesto

Foto de autoria de Gustavo Emiliano

Foto de autoria de Gustavo Emiliano

Há instantes que, aparentemente, são insignificantes. Porém, inexplicavelmente, ficam gravados em nossa memória e nos acompanham pelo resto da vida.

Uns vêm em formato de déjà-vu, outros reaparecem do fundo de nossa memória ao sentirmos um determinado cheiro, sabor, chegar num lugar ou escutar uma música.

É o que chamam de memórias afetivas, algo bem distinto da nostalgia.

Há também aquela sensação esquisita de que não temos bem certeza se sonhamos o mesmo sonho outras vezes.

Eu mesmo já cheguei a anotar um determinado sonho que parece se repetir há anos, para ter certeza que sonhei a mesma coisa. Se bem que faz alguns meses que esse déjà-vu dos sonhos não me ocorre.

Um desses momentos que guardo na memória, foi uma pescaria numa espécie de lagoa formada nas proximidades do rio Mossoró, onde havia uma pequena ponte no meio daquela mata onde passavam os trilhos da ferrovia que ligava Mossoró a Souza, na Paraíba.

Essa lagoa não tinha ligação direta com o rio, mas estava na várzea entre o grande Alto de São Manoel e o Alto da Conceição e era repleta de peixes, e que, após, não sei como, eu e alguns amigos termos descoberto sua existência, fomos lá pescar num final de semana bem cedo, num comboio de bicicletas BMX.

Para não perder a viagem, também levamos as nossas baladeiras e os bornais de pano repletos de pedras. Passarinhos, calangos e qualquer ser vivente que entrasse em nossa mira, viraria caça.

Por volta das sete horas da manhã, nos reunimos na casa do meu amigo Lawrence Davi, que era uma espécie de ponto de encontro dos meus amigos, e após a turma toda se fazer presente, tomamos bastante água e fomos organizando a saída para aquela que seria mais uma aventura de um grupo de uns cinco ou seis crianças que sumiam no meio do mundo com as bicicletas, para o desespero de nossos pais.

No momento que saímos da casa, tocava a música “Meia-lua inteira,” de autoria de Antônio Freitas e Carlinhos Brown, e interpretada por Caetano Veloso.

Naquele instante, olhei para meus amigos em suas bicicletas, numa conversa descontraída; uns sorrindo, outros empinando a bicicleta, e tudo parecia estar em câmera lenta para eu poder gravar para sempre na memória aquele instante, o que de fato ocorreu.

Não demoramos para chegar à lagoa e de cima da ponte, pescamos a manhã inteira até a moleira não aguentar mais o sol, e no momento de irmos embora, resolvemos tomar um bom banho nessa lagoa e, claro, passamos a pular da ponte.

Jamais voltamos lá. Fomos apenas aquela vez.

Tempos depois, já adulto, me atentei para o significado daquela música e me surpreendi.

O título da música remete a um movimento da capoeira e ela se refere à identidade cultural e à liberdade do capoeirista desaparecendo na mata, sempre em movimento, e que não se deixa ser contido, tal qual fazíamos quando saíamos em nossas aventuras naquela época, o que é muito difícil de ser feito pelas as crianças de hoje.

Infelizmente, a realidade é outra.

Entretanto, basta escutar essa música que lembro daquele dia e dos meus amigos de aventura, como se acabasse de ter ido lá com eles. Foi surreal.

Bruno Ernesto é professor, advogado e escritor

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domingo - 19/05/2024 - 10:30h

Confraria do café

Por Odemirton Filho

Foto ilustrativa

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O poeta Mario Quintana disse certa vez que “o café é a bebida da amizade, o companheiro das reflexões solitárias, o refúgio dos pensamentos inquietos.” Sim, é bom saborear um café para começar o dia; um gole de café nos faz despertar para a labuta diária. E, como bem disse o poeta, é o companheiro das reflexões solitárias. Às vezes, ao tomar um café, refletimos sobre o nosso eu, muitas vezes tão repleto de dúvidas e angústias.

Entretanto, degustar um café ao lado de boas companhias faz toda diferença. Assim é com a confraria do café, lá na casa do nosso dileto escritor, Marcos Ferreira. Ele nos recebe de braços abertos, com um sorrisão estampado no rosto. Já tive o prazer de fazer parte dessa reunião de pessoas do bem, juntamente com Rocha Neto, do excelente restaurante Prato de Ouro. É um momento para dar boas risadas, sem o formalismo de alguns ambientes cheios de frescuras.

Por lá, aparecem pessoas dos mais variados estratos sociais, e o melhor é que não há hierarquia entre os convivas, todos ficam à vontade. É um espaço plural, no qual as conversas são leves, sem o radicalismo que tem dividido o país nos últimos tempos.

O fato é que sempre gostei de visitar Cafés. Há mais de dez anos, semanalmente, vou tomar um cafezinho em Duarte´s Café, de propriedade de Dona Toinha e Rafael Arcanjo, professor aposentado da Uern. Já conversei com muita gente boa no local. Aliás, foi onde conheci o advogado e escritor Bruno Ernesto, colaborador deste Blog.

Vez ou outra, acompanhado da minha mulher, visitamos alguns Cafés da cidade, já conhecemos quase todos. Alguns ambientes são mais requintados, outros, simples. Não importa, o que vale é o calor da companhia, além do café, claro.

Durante os quinze anos que lecionei na Universidade Potiguar, no intervalo das aulas, convivia com professores de vários cursos e, ao tomarmos um café, trocávamos experiências, era um momento aprazível. No Fórum da Comarca de Areia Branca, onde trabalho há quase dezenove anos, sempre tem a pausa para o cafezinho, ocasião para ficar atualizado das fofocas.

Pois é, da próxima vez que for à casa de Marcos Ferreira, na confraria do café, levarei umas saborosas bolachas da padaria de Sinval e, entre um gole e outro, vamos colocar a prosa em dia. Mesmo porque, segundo Quintana, “o café é a poesia dos encontros, o elo que une pessoas e histórias.”

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

 

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domingo - 19/05/2024 - 09:28h

Copidesques e revisores

Por Marcos Ferreira

Foto ilustrativa

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Espero que ninguém se ofenda, contudo acho que o trabalho mais ingrato, senão inútil para quem o realiza, é o de copidesque e revisor de textos. O ofício desses lapidadores do nosso idioma é totalmente obscuro. Pois nesse triunvirato entre escritor, copidesque e revisor, quem sempre leva os louros por uma coisa bem escrita (livre de pleonasmos, ecos, redundâncias, erros de ortografia, de concordância verbal e nominal, além da sintaxe por vezes caótica) é o suposto literato.

Precisa-se fazer a seguinte distinção: nem todo revisor é copidesque, porém todo copidesque é revisor. No geral, sem que isso seja considerado um detalhe negativo, o revisor se encarrega da importante missão de localizar e consertar falhas puramente gramaticais e tropeços de digitação. Já o outro faz tudo isso e pode transformar uma página ou livro muito ruim em algo apresentável do ponto de vista redacional. Quanto ao aspecto artístico, aí vai depender de cada autor. Do contrário, ultrapassando essa linha de atuação, descambaria para a alçada do escritor fantasma.

Tudo bem que há aqueles indivíduos fora de série, narradores excepcionais, homens e mulheres com “redação própria”, como no caso de Otto Lara Resende, mas isso não é uma regra. Porque ninguém, por melhor que seja, pode ignorar a prudência e abrir mão de olhos treinados, mais atentos e descansados.

Diante do que oferecem, e considerando a remuneração desses profissionais, pode-se dizer que o reconhecimento é pífio. Na medicina, na advocacia, na arquitetura e na engenharia, por exemplo, é certeza que as pessoas logo perguntem quem foi (ou é) o médico responsável, o advogado, o arquiteto ou engenheiro.

Já em relação a um determinado romance, um livro de contos, de crônicas ou de poemas, ninguém quer saber quem foi o sujeito (oculto) que cuidou do copidesque e da revisão. Sei que as palavras copidesque e revisor aqui empregadas pipocam como um tipo de redundância, todavia não é possível falar acerca dessa questão sem repeti-las.

Segundo Luis Fernando Verissimo, que também foi revisor de jornal: “Os revisores só não dominaram o mundo porque ainda não se deram conta do poder que têm”. A meu ver, enfim, esses operários das letras são muito pouco reconhecidos. Não sei o que seria dos literatos sem os copidesques e revisores.

Marcos Ferreira é escritor

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domingo - 19/05/2024 - 08:50h

“Meu vô”, meu herói…

Por Marcos Araújo

Pietro, o menino gaúcho que sobreviveu à enxurrada (Foto: Reprodução UOL)

Pietro, o menino gaúcho que sobreviveu à enxurrada (Foto: Reprodução UOL)

Nesta crise climática e humanitária que vitimou o Rio Grande do Sul, nada me foi mais comovente do que o depoimento de uma criança chamada PIETRO, talvez da idade dos meus filhos (uns 09 a 10 anos). Narrando sua desventura sem qualquer engasgo de choro, contou ele que estava com os seus avós quando a casa desmoronou, tendo sobrevivido porque passou três dias agarrado a uma árvore, salvo da submersão na correnteza pelo avô.

No seu depoimento em vídeo, o vocativo “MEU VÔ” aparece algumas vezes, sempre num ato de heroísmo: saltando de casa para uma árvore; em momentos, da árvore para outra; noutro sustentando a avó, para ela não submergir; em outro, abraçando o neto e resgatando-o por duas vezes, para que o turbilhão da água não o levasse…

Em que pese o esforço hercúleo do “Meu Vô”, diz Pietro que a avó não sobreviveu. Sua história afivelou o meu coração de neto de profunda nostalgia. Todos os meus sentimentos de solidariedade e ternura recaíram sobre estes dois personagens da tragédia: Pietro, pela tristeza da infância roubada, obrigando-lhe a fazer um relato amadurecido da morte; seu Avô, que fez o possível e o impossível para salvar a família.

Fico às vezes absorto pensando sobre a importância dos avós no aperfeiçoamento da sociedade e na educação interna das famílias. Inspiro-me nos meus avós maternos, Raimundo e Idalina.  Nos jardins da minha memória, onde o tempo dança ao ritmo suave das lembranças, reservo um legado de bravura e sacrifício próprio do heroísmo para eles. Foram eles titãs que moldaram o nosso mundo existencial com suas mãos calejadas e corações generosos. Foram eles como faróis na tempestade, guiando-nos através das tormentas da vida com sua sabedoria e experiência.

O heroísmo dos nossos avôs transcende as páginas da vida e se enraíza profundamente em nossos corações.  São feitos anônimos, cujas façanhas passam despercebidas aos olhos até mesmo dos filhos. Meus pais, avôs de 40 netos, ensinaram a eles (aos netos) muito mais do que nós mesmos (os pais).

Queria ter sido uns 5% (cinco por cento) do que os meus pais conseguiram ser em todas as latitudes existenciais: no campo do trabalho, do exemplo, do amor pelos filhos, da profissão, da dedicação aos amigos… Meu pai, um simples campesino, foi mais sábio e professor em vida do que eu, que ostento diplomas inócuos de uma escolaridade obrigatória. Minha mãe, uma costureira, teceu em torno de si uma rede autêntica de valores e moral que jamais alcançaria.

Voltando aos netos, hoje eles não respeitam, nem idolatram, seus avós como eles merecem. A juventude do presente se ressente das orientações e experiencias dos avós, por considerá-los ultrapassados, mas adoram as “filosofias” dos rappers, as frases de efeito dos neurolinguistas, as rimas sem estética dos funkeiros, os bordões idiotas do piseiro. Em favor dos “ídolos” e “heróis” da atualidade, nossos jovens são capazes de enfrentar filas quilométricas e dias de sol e chuva para ter o prazer de visualizá-los por uma hora apenas, com direito até a adoecer ou morrer como aconteceu no Brasil com os fãs de Taylor Swift e Madonna, mas são incapazes de se submeterem a uma espera de uma hora para um cadastro de emprego.

São incapazes de “perder” 30 minutos na semana para um almoço na casa dos avós, ou de irem à farmácia comprar o medicamento deles. Levá-los a um passeio é algo impensável. Mas, é justamente essa juventude da idolatria barata, do heroísmo de fancaria, que por falta de referenciais de dificuldade a qualquer tropeço se quedam em angústias e se dopam em medicamentos. Somos a sociedade do Zolpiden.

Os netos de antanho registram, quase sempre, o papel relevante do avô. Jean Paul Sartre, filósofo e escritor francês, em seu livro autobiográfico “As palavras”, conta que seu avô, plantou no seu coração a semente da vocação de escritor e da descoberta do sentido moral e social do ofício que o transformou em um dos maiores escritores de seu tempo: “Estes aí, menino, foi teu avô que os fez. Que orgulho! Eu era neto de um artesão especializado na confecção de objetos sagrados, tão respeitável quanto um fabricante de órgãos, quanto um alfaiate eclesiástico” (1964, p. 32).

Outro francês famoso, Vitor Hugo, eternizou nos versos A quoi je Songe, o valor da voternidade. Em relatos autobiográficos o colombiano Garcia Marques relembra a amizade singular vivida com o avô em cuja casa viveu sua infância. A literatura nacional tem no relato de Monteiro Lobato, num gesto de profundo respeito e legitimidade da criança, as estórias de uma avó heroína como Dona Benta.

Precisamos ressuscitar o antropocentrismo. Nós somos o que somos graças aos nossos ancestrais. Descendemos de pessoas fortes, que nos deram testemunhos da força do espírito humano. Ao avô de PIETRO, e a ele próprio, as minhas reverências. São eles os heróis desta tragédia. Foram eles que me fizeram lembrar que mesmo nas circunstâncias mais adversas, é possível encontrar esperança e coragem. E repuseram nos jardins da minha lembrança a memória dos meus avós heróis.

Viva ao “VÔ” de Petro. Viva aos avós!

Marcos Araújo é advogado, escritor e professor da Uern

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domingo - 19/05/2024 - 07:48h

Hidrogênio Verde – uma solução para energia de baixo carbono

Por Gutemberg Dias 

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

Inúmeros países no mundo, principalmente aqueles denominados de primeiro mundo, vem numa corrida para fazer uma transição energética que priorize energias que resultem em redução de carbono. As energias renováveis como eólica e solar já tem uma ampla disseminação no mundo, tendo uma maturidade tecnológica bem estabelecida, fato que garantiu a redução dos custos de implantação e manutenção.

O Hidrogénio Verde (H2V) surgiu no cenário mundial como mais uma alternativa para geração de energias limpas numa pegada de baixo carbono. O H2V é algo relativamente novo que ainda necessita de muito desenvolvimento tecnológico para sua efetiva implantação em larga escala, como as outras energias renováveis.

Sua produção difere das formas usais de obtenção de hidrogênio que utilizam fontes fósseis, como gás natural e carvão, que emitem gases de efeito estufa no seu processo de produção. No caso do H2V a produção se dá a partir de um processo chamado de eletrólise da água, nesse caso, utilizando energia limpa e renovável, e teoricamente não emitindo CO2, vale salientar que esse processo separa hidrogênio e oxigênio da água através de indução de uma corrente elétrica.

O Brasil tem uma oportunidade ímpar no cenário competitivo da produção de H2V amparado na disponibilidade de recurso hídrico e por ter uma matriz energética limpa oriunda da produção de energia hidráulica, eólica e solar. Estudo desenvolvido pela consultoria Thymos Energia, em 2023, projeta um investimento global até 2030 na ordem de US$ 350 bilhões e para o Brasil algo entorno de US$ 28 bilhões, ou seja, liderando os investimentos na América Latina e representando 8% de todos os investimentos mundiais.

No caso do Rio Grande do Norte temos uma grande oportunidade, mas é necessário um esforço enorme de investimentos para garantir a infraestrutura necessária para consolidar os projetos.

O H2V tem vantagens e desvantagens que precisam ser avaliadas para que não se coloquem os pés pelas mãos. As vantagens passam pela não emissão de gases do efeito estufa, tem flexibilidade na sua utilização, pode ser utilizado como combustível para uso em veículos de grande porte (trens, aviões etc.), pode servir para armazenar energia excedente e utilizado nas diversas industriais (química, petroquímica, farmacêutica etc.). Já as desvantagens se assentam ainda no alto custo de produção, na alteração das frotas de veículos para uso como combustível, baixa densidade do hidrogênio que gera dificuldades no armazenamento e, principalmente, no transporte.

Em relação ao transporte, para se ter uma ideia dessa dificuldade que é transportar o equivalente energético de 10 mil Litros de Diesel, presente em um caminhão, são necessários 11 caminhões de 300 kg de H2 comprimido.

São vários os desafios, sobremaneira, os técnicos e a questão de ainda o H2V não ser escalável, mas não resta dúvida que com muito investimento privado e governamental será possível o H2V se tornar uma alternativa viável. Infelizmente, em função dos altos custos ainda será uma tecnologia voltada aos países ricos, principalmente, do norte global que demandam uma grande quantidade de energia e já iniciaram a mais tempo o processo de transição energética.

O Rio Grande do Norte tem muito potencial e pode se transformar a médio e longo prazo num dos maiores produtores de H2V do Brasil. O principal gargalo está assentado na falta de uma infraestrutura instalada e, também, na baixa capacidade de investimento do Estado, dessa forma, passando a depender fortemente de parcerias público privadas para que possa entrar no jogo nacional e internacional, diferentemente do Ceará que já dispõe de um porto e pesquisas em desenvolvimento. Podemos dizer que será uma corrida ao ouro verde com muita disputa entre os entes federativos.

Agora é importante que o aumento de disponibilidade energética no Estado venha acompanhado de um Projeto Estadual de Desenvolvimento focado na industrialização, pois caso contrário, não aproveitaremos esse potencial energético para geração de riqueza em grande escala para atender a sociedade, bem como, continuaremos a ser meros exportadores de recursos naturais, como somos há séculos.

Gutemberg Dias é professor de Geografia da UERN e empresário

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 19/05/2024 - 06:26h

David e Moisés, eu falo

Por Carlos Santos

Turma Vox2You Mossoró "Evolution" Foto em 14 de maio de 2024)

Turma Vox2You Mossoró “Evolution” Foto em 14 de maio de 2024)

Num tempo em que muitos são profundos desconhecedores de quase tudo, na Web, com opinião formada sobre qualquer tema, resolvi mergulhar numa experiência interessante: fazer o que não gosto para me desafiar a ser o mesmo, melhor.

Topei ser esculpido mais ainda, me aperfeiçoando na fala, na comunicação verbal e não verbal, apesar de uma estrada com quase 40 anos na imprensa. Estou imerso no curso da franquia nacional Vox2You Mossoró, para melhorar meu bê-á-bá. Simples.

“Se depender de mim, nunca ficarei plenamente maduro nem nas ideias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental,” definia-se o escritor Gilberto Freyre. Sigo o ‘relator.’

Mas, qual a razão para estar num curso de oratória? Não gostar de falar em público, apesar de ter uma rotina, por dever de ofício, desfiando a palavra em palestras, rádio, televisão, debates, reuniões etc. Justifiquei assim para um dos sócios da Vox, Luís Henrique, quando lhe comuniquei num cafezinho informal sobre a minha matrícula.

“Apenas tirei do mármore tudo o que não era David”, explicou Michelangelo sobre sua escultura, com a naturalidade de quem sabia ser possível encontrar naquele bloco de cinco toneladas, um ser melhor do que a matéria bruta. Sou essa pedra imensa, que segue lapidada pelo martelo e o cinzel da vida, mesmo que jamais venha a ser um David.

Estou sempre pronto a ouvir, a aprender, a ofertar o que sei. Amo escrever, posso falar melhor.

“Fala, Moisés! Por que não fala?”, pronunciou-se Michelangelo extasiado com sua obra, depois de concluir seu Moisés, também nascido do mármore.

Renascentista, imperfeito, eu falo.

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos – página que completou 17 anos dia 3 de maio último.

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Categoria(s): Comunicação / Crônica
domingo - 19/05/2024 - 04:30h

Fazendo comércio pelo avesso

O comércio que resiste, a seu modo, à modernidade on-line (Foto do autor da crônica)

O comércio que resiste, a seu modo, à modernidade on-line (Foto do autor da crônica)

Por Paulo Procópio

A resistência respira. Ninguém tá sozinho na luta. Nessa pisada a “Venda” de Júnior ou a “Venda de Leivinha”, que são a mesma pessoa, atravessa décadas sem perder a tradição no bairro Doze Anos, em Mossoró. A Venda, de modo inusitado, também é conhecida por Cantinho Bar pelos frequentadores mais antigos, numa referência (ou reverência) ao antigo comércio da família Freitas, que existiu no local há dez mil anos atrás.

Leivinha não aceita pix nem cartão de crédito, e pronto. O aviso tá fixado na entrada pra todo mundo ver. Entrar na venda também é privilégio de poucos. Os estranhos são atendidos do lado de fora, através das grades, por uma portinhola. Esse sistema foi introduzido por prevenção, depois de um assalto.

A Venda só aceita pagamento em espécie. Dinheiro vivo. A única exceção é anotar algumas compras daqueles fregueses cativos do bairro numa caderneta. Esses pagam na quinzena ou no final do mês. Desse jeito ele vai mantendo a velha tradição dos bodegueiros, que herdou do pai. Como um Dom Quixote, enfrenta os moinhos do capitalismo triturador dos costumes locais. Tá nem ai para as praticidades do mundo moderno. Bom mesmo é o papel bordado.

E lá se vende de tudo. Material de limpeza, higiene pessoal, alimentação, refrigerantes, água mineral, cerveja, cachaça, vinho, velas, chocolates, balas, drops, queijos, embutidos e carne de jabá. Tem lápis, borracha, lapiseira, régua, caneta, cola, cadernos e cadernetas. Alfinetes, agulhas, linhas, friso, cortador de unhas, tesouras e lixas. Cigarro, fumo, papel de seda, isqueiro, rádio portátil, pilhas, headphones, carregadores de celular, e o que mais você possa imaginar.

E messe mundo avesso, pelo avesso a Venda funciona. O horário é anticonvencional. Abre das 11h às 14h, quando fecha para uma sesta esticada, e reabre das 18h à meia-noite, com uma clientela cativa.

É assim de domingo a domingo, com algumas exceções, naqueles finais de semana que ele resolve armar a rede na praia de Redondas, depois da divisa, no bom Ceará. Nesses dias a senha para a freguesia é a ausência da placa em tripé com a legenda: Venda, na calçada da Rua Frei Miguelinho, bairro 12 Anos, no Mossoró Grande que eu gosto demais.

Paulo Procópio é jornalista e advogado

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Categoria(s): Crônica
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sábado - 18/05/2024 - 23:50h

Pensando bem…

“A força da alienação vem dessa fragilidade dos indivíduos, que apenas conseguem identificar o que os separa e, não, o que os une.”

Milton Santos

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sábado - 18/05/2024 - 20:12h
Grande perda

Morre o escritor e cronista José Nicodemos de Souza

José Nicodemos de Souza, o "Nicó", tinha 86 anos (Foto: Redes sociais)

José Nicodemos de Souza, o “Nicó”, tinha 86 anos (Foto: Redes sociais)

Faleceu neste sábado (18), em Mossoró, o escritor, poeta, jornalista, contista, cronista e ex-revisor/copidesque de jornais como O Mossoroense, Gazeta do Oeste e Jornal de Fato, de Mossoró, José Nicodemos de Souza, 86. Seu óbito foi em casa mesmo, de causas naturais.

Ex-vereador (1977-1981) e ex-presidente da Câmara Municipal de Areia Branca, onde também foi professor e diretor escolar, “Seu” Nicodemos era um intelectual na acepção da palavra, de cultura vastíssima e múltipla, residindo em Mossoró há décadas. Mas, em sua terra natal, além da política e docência, também deixou marcado seu nome como autor do hino do município.

Seu velório acontece a partir das 22 horas deste sábado em Mossoró, no Centro de Velório Geraldo Xavier, rua José Negreiros, 24o, próximo ao Museu Municipal Lauro da Escóssia.

No domingo (19), sequência do velório na Câmara Municipal de Areia Branca a partir das 8 horas. Às 16 horas acontecerá seu sepultamento no Cemitério São Sebastião, em solo areia-branquense.

Nota do BCS – Minha gratidão pública, mas já o fizera várias vezes ao próprio, por tanto aprendizado. “Nicó” (como eu o tratava) foi fundamental à melhoria da minha produção de texto na trilha jornalística, agindo com zelo e muito rigor na lapidação do profissional Carlos Santos.

Vá em paz, meu caro. E muito obrigado por tudo.

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Categoria(s): Comunicação / Gerais
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sábado - 18/05/2024 - 14:16h
HWR

Sargento Celiton tem parada cardíaca e falece em Mossoró

Céliton foi internado dia 20 do mês passado (Foto: cedida por amigos)

Céliton foi internado dia 20 do mês passado (Foto: cedida por amigos)

Infelizmente, o pior aconteceu. O sargento da Polícia Militar do RN (PMRN), Welington Celiton Pereira de Oliveira, 42, faleceu à manhã deste sábado (18), na UTI do Hospital Wilson Rosado (HWR), em Mossoró.

Ele deu entrada no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) no dia 20 de abril, após atendimento primário na Upa do São Manoel, com diagnóstico de H1N1. A partir daí, a luta pela vida ficou cada dia mais angustiante.

Enfrentou sequelas com sério comprometimento dos pulmões e outros problemas.

Foi transferido para o HWR na quarta-feira (15) à noite, para sequência de tratamento. Porém, não resistiu. Teve parada cardíaca.

Com 15 anos de atuação na PMRN, sargento Celiton era natural de Felipe Guerra-RN e com formação acadêmica em Geografia. Deixa mulher e uma filha menor de idade.

Depois atualizaremos essa postagem com informações sobre velório e sepultamento.

Nota do BCS – Meu caro, uma amizade tão nova, mas parecia que nos conhecíamos há décadas.

Descanse em paz e que sua família e amigos encontrem o conforto dessa perda.

Amém!

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Categoria(s): Gerais
sábado - 18/05/2024 - 12:42h
RN/RS

Gaúchos agradecem doações enviadas de Mossoró

Vítimas de enchentes de grandes proporções, gaúchos recebem socorro em mantimentos, água, roupas e outros produtos enviados de Mossoró.

Vídeo mostra gratidão e emociona.

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Categoria(s): Gerais
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sábado - 18/05/2024 - 10:30h
Luto

Morre Zilma Vieira de Sá, umas das criadoras do Instituto Alvorada

Zilma Vieira de Sá, uma grife da educação (Foto: Reprodução)

Zilma Vieira de Sá, uma grife da educação (Foto: Reprodução)

Mossoró e região perdem um símbolo do apego à educação. Faleceu à madrugada deste sábado (18), a educadora Zilma Vieira de Sá, 86, uma das diretoras do tradicional Instituto Alvorada, localizado no bairro Doze Anos.

Ela estava internada há semanas em leito hospitalar.

Zilma era irmã de Zuleide Vieira de Sá, 90, criadora e gestora com ela do Alvorada, referência há décadas no ensino local e regional.

O velório acontece no Instituto Alvorada, e o sepultamento será às 16h, no cemitério São Sebastião, Centro.

Descanse em paz, professora.

Missão cumprida com louvor.

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sábado - 18/05/2024 - 09:20h
Abuso

Agente de trânsito se irrita com cones em avenida e toca terror

Do Blog Carol Ribeiro, Blog Saulo Vale e BCS

A agente municipal de trânsito de Mossoró, Adna Duarte de Morais, na madrugada deste sábado (18) se indignou com a interdição da avenida João da Escóssia, bairro Nova Betânia, e tirou ela mesma os cones colocados pela municipalidade, que disciplinam uma das faixas para uso temporário por corredores, ciclistas e caminhantes.

Esbravejando, botou ela mesma ‘ordem’ no trânsito, a seu jeito, numa área em que Secretaria Municipal de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito costuma ter agentes ordenando o uso de um trecho de cerca de 2 km, toda madrugada, até às 6h30 da manhã, de segunda a sábado.

Adna Duarte de Morais parecia estar vindo de uma festa, mas tudo indica que não gostou da balada. O acesso de fúria aconteceu por volta das 5h.

O dia de sábado é o de maior movimento, reunindo grupos para as atividades. Mas, infelizmente, alguns motoristas ainda insistem em desrespeitar a regra criada pela Prefeitura e pôr a vida de muitos em risco.

À espera do pior

Detalhe curioso, entre outros, nesse caso: à saída, após bater com força a porta do carro que a conduz, Adna Duarte de Morais também vomita palavrão e não coloca o cinto de segurança, que fica, em parte, para fora do veículo.

No amanhecer do dia 5 passado, um domingo, noutro episódio na mesma avenida, motorista já identificado como ‘comerciante’, que se apresentou dia 10 à Polícia Civil, colocou carro por cima de ciclistas e corredores, sem ‘êxito.’

Terminou jogando-o para cima de um Guarda Civil Municipal (GCM) e um motociclista que era abordado na hora. Saiu arrastando a moto, mas também bateu no carro particular do próprio GCM.

Abandonou veículo e fugiu em seguida. Deverá ser indiciado por dupla tentativa de homicídio e outros crimes.

Vamos aguardar o próximo caso e torcer para não termos a primeira tragédia com perda de vida humana.

Mossoró não é para principiantes.

Em episódio anterior, motorista quase mata agente de trânsito e motociclista Foto: Reprodução do Mossoró Hoje)

Em episódio anterior, ‘comerciante’ quase mata agente de trânsito e motociclista (Foto: Reprodução do Mossoró Hoje)

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  • Repet
sexta-feira - 17/05/2024 - 23:56h

Pensando bem…

“Com o tempo, uns amadurecem e outros apodrecem.”

Diassis Linhares

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sexta-feira - 17/05/2024 - 21:44h
Educação

Centro de Tecnologia tem ordem de serviço para ser obra revolucionária

Centro Tecnológico ficará localizado no bairro Santo Antônio (Foto:

Cetec ficará localizado no bairro Santo Antônio (Foto:

A Prefeitura de Mossoró assinou na noite desta sexta-feira (17) a ordem de serviço do Centro de Educação, Tecnologia e Capacitação (CETEC) Padre Sátiro Cavalcanti Dantas. O investimento, entre construção e aquisição de equipamentos de última geração, supera R$ 15 milhões. O centro será erguido em terreno localizado na avenida Rio Branco, Estrada da Raiz, no bairro Santo Antônio.

Ocupando uma área construída de 3,3 mil m² (em um terreno de 25 mil m², que permite a expansão futura do projeto), o Cetec possuirá quatro blocos, com espaços como salas de programação, incubadoras de empresas, central de processamento de dados, sala de multimeios, robótica, capacitação, sala de solda, coworking, biblioteca, auditórios, entre outros. O centro contará com energia solar e ainda ambientes de apoio universitário, espaços de convivência e estacionamento, inclusive adaptado para Pessoas com Deficiência (PcD).

“Nós vamos ter como desenvolver projetos de robótica, atender aos estudantes da Rede Municipal, realizar a capacitação dos professores, oferecer uma série de tecnologias a crianças, jovens, adultos. E a gente vai ter aqui também empreendedorismo, atividades a partir das incubadoras de empresas. Vamos potencializar, portanto, o desenvolvimento tecnológico da cidade de Mossoró”, pontuou o secretário municipal de Educação, Marcos Oliveira.

Secretário municipal de Educação, Marcos Oliveira, aponta como município enxerga o futuro (Foto: Lucas Bulcão)

Secretário municipal de Educação, Marcos Oliveira, aponta como município enxerga o futuro (Foto: Lucas Bulcão)

Gerente de Avaliação, Planejamento, Inovação e Tecnologia da Secretaria Municipal de Educação, o professor Stênio Lúcio reforça a importância do Cetec. “Primeiro traz inovação para o município e proporciona letramento digital, a difusão de tecnologias como a Inteligência Artificial. Esse centro vai trazer essas condições e possibilidades de conversa, além de formação dos servidores, professores como um todo e, claro, nossos alunos vão ter a oportunidade de ter contato com robótica, cultura make, todas essas inovações também”, disse.

Desde a concepção do projeto do Cetec, a Prefeitura de Mossoró tem buscado parcerias com diversas instituições, como a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) e o Sistema S (Sebrae, Senai, Sesc, Sesi e Senac). Inclusive, o Município formou uma comissão com representantes dessas entidades para discutir o modelo de funcionamento do centro.

Uern

“A Uern foi chamada a participar desse projeto desde o seu pensamento, depois a arquitetura do prédio, e agora também para construir o currículo e toda a estrutura de governança. Desde o início nós ficamos já entusiasmados com a ideia da Prefeitura de fazer algo grandioso, e nós temos certeza que esse é um equipamento transformador. A Uern fica extremamente feliz e a nossa reitora – Cicília Maia – ainda reforça essa felicidade em termos padre Sátiro dando nome a esse equipamento”, comentou a professora Jéssica Neiva, da universidade.

Ufersa

Professor da Ufersa, Sílvio Fernandes também ressalta a relevância do Cetec para a cidade de Mossoró. “A importância é gigantesca. É olhar para frente, de fato, porque você está investindo em educação, sintonizando com o que tem mais moderno na tecnologia. A Prefeitura nos convidou para participar da concepção desse projeto, então, desde o início fomos fazendo sugestões e elas foram muito bem-vindas. O projeto ficou muito legal porque se pensou na esfera completa, principalmente para o público infantil, mas também para servidores, para idosos”, afirmou.

Demétrio agradeceu lembrança do nome de padre Sátiro (Foto: Lucas Bulcão)

Demétrio agradeceu lembrança do nome de padre Sátiro (Foto: Lucas Bulcão)

UniCatólica

Pró-reitor de Administração da UniCatólica RN e vice-diretor do Colégio Diocesano Santa Luzia (CDSL), padre Demétrio Júnior falou da alegria em ver o nome de padre Sátiro em um equipamento como o Cetec. “Nossa palavra é de gratidão ao Município por ter escolhido esse nome para homenagear o Cetec. Padre Sátiro foi aquele que lutou por esta bandeira da educação, desde o ensino básico até o ensino superior, não somente na cidade de Mossoró, mas em todo o estado do Rio Grande do Norte. Por isso, como Igreja que estou aqui também hoje, ficamos felizes, gratos por esta homenagem”, finalizou.

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Categoria(s): Administração Pública / Educação
  • Repet
sexta-feira - 17/05/2024 - 18:38h
Entoando canções

Mossoró sediará semifinal do Festival do Industriário 2024

Sesi Festival do Industriario Mossoro SemifinalO Festival do Industriário 2024 – Sesi Entoando Canções chega à sua última parada com a etapa semifinal desse certame artístico realizado pelo SESI/RN e a Federação das Indústrias do Estado do RN (FIERN). O desembarque da vez é na cidade de Mossoró, para que os semifinalistas da regional subam ao palco do Auditório do Sesi Mossoró, no dia 24 de maio, às 20h, em um evento aberto ao público e às torcidas organizadas.

A entrada é gratuita e os ingressos já estão disponíveis no //www.sympla.com.br/evento/festival-do-industriario-sesi-entoando-cancoes-mossoro/2463125. E, para tornar este momento ainda melhor, participação especial da talentosíssima cantora potiguar, Bia Gurgel.

A etapa Semifinal foi dividida em três partes, sendo uma em cada regional. Natal e Caicó já realizaram as suas e já têm seus finalistas, agora é a vez de Mossoró se juntar a esse time das novas vozes musicais do RN. Venha junto descobrir esses novos artistas!

Para mais informações sobre o Festival do Industriário 2024 – SESI Entoando Canções”, siga e acompanhe o SESI/RN no @sesirn.

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Categoria(s): Gerais
sexta-feira - 17/05/2024 - 17:24h
Saúde delicada

Ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado está internado

Carlos Augusto foi transportado de Mossoró para Natal Foto: Arquivo)

Carlos Augusto foi transportado de Mossoró para Natal Foto: Arquivo)

O ex-deputado estadual Carlos Augusto de Souza Rosado, 79, está internado no Hospital do Coração, em Natal.

Seu quadro inspira cuidados.

Desde quarta-feira (15) que ele foi transportado de Mossoró para a capital, sendo atendido com urgência.

Sua mulher e ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) acompanha-o.

Depois traremos maiores detalhes.

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Categoria(s): Gerais / Política
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