A reitora recém-nomeada e empossada da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Ludimilla Oliveira, representou criminalmente contra a estudante de Direito Ana Flávia Lira – coordenadora do Diretório Central de Estudantes (DCE) da instituição, em Mossoró. Também pediu policiais federais à Reitoria.
A estudante é acusada por ela de calúnia, difamação, ameaça e possível crime de formação de quadrilha, levando a Polícia Federal a bater à sua porta ainda na quinta-feira (27).
O imbróglio decorre de movimento deflagrada pelo DCE e outros segmentos contra a reitora, acusada de “golpista” e “interventora”, em face de sua nomeação, depois de ter sido a terceira colocada na consulta (eleição interna) aos segmentos universitários.
História se repete
Nessa segunda-feira (31), o DCE e movimentos sociais começaram mobilização em frente à sede do Campus Universitário de Mossoró.
A história se repete na Ufersa, que anteriormente tinha outra nomenclatura e status no sistema educacional do país: era a Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM).
Há cerca de 29 anos, o professor Joaquim Amaro teve nomeação em situação similar, enfrentando pesada oposição.
Recentemente, no âmbito do Instituto Federal do RN (IFRN), a posse do interventor Josué Moreira provocou hostilidade contra ele, a ponto de incidente envolvendo estudantes (veja AQUI).
O deputado federal General Girão (PSL), que foi endossante da nomeação de Ludmila e do próprio Josué, propôs a convocação de tropas federais (veja AQUI) para salvaguardar patrimônio físico do IFRN e a integridade física do interventor.
Nota do Blog – A nomeação da professora Ludimilla Oliveira é absolutamente legítima do ponto de vista legal. Tratá-la por ‘interventora’ é recurso retórico dos insatisfeitos. Ela participou de uma consulta interna e ficou em terceiro lugar, sendo normatizado que qualquer um dos três mais votados poderia ser nomeado.
Suas articulações nos bastidores deixaram o primeiro colocado Rodrigo Codes para trás, numa manobra que é questionável, porém própria do ‘jogo’, haja vista que ele também se mexeu nesse sentido.
Se há algo discutível nessa ascensão é do ponto de vista ético, portanto, pessoal. Diz respeito à sua decisão de quebrar um ciclo de respeito moral à escolha dos segmentos.
Quanto à sua reação ao cerco de estudantes e outras vozes contrárias à sua nomeação-posse, é um arroubo que só amplifica o fosso entre reitora e a comunidade acadêmica.
Pobre Ufersa!
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