Levantamento feito pelo portal UOL indica que desde 2015, o poderio orçamentário e financeiro do Congresso aumentou 11 vezes.
A fatia do orçamento federal gasta com emendas dos parlamentares foi multiplicada de R$ 3,4 bilhões, em 2015, quando a Câmara era presidida por Eduardo Cunha, para R$ 37,8 bilhões, conforme o valor provisório para este ano, sob a presidência de Arthur Lira.
Somando-se todos os valores empenhados para emendas parlamentares entre 2015 e agosto de 2024, deputados e senadores se apoderaram do destino de R$ 213 bilhões de recursos públicos.
Mais dinheiro nas bases político-eleitorais dos parlamentares, provocando uma distorção brutal do papel do parlamento e dos seus integrantes. Maior dificuldade de definição e operacionalização de políticas públicas pelo Executivo, que divide seu papel com um poder que em boa parte não legisla, prioritariamente, como deveria: quer dinheiro. Muito dinheiro via emendas, além de fundos partidário e eleitoral.
Deputados e senadores se fortalecem politicamente e tornam ainda mais desigual as próximas disputas eleitorais, contra adversários que não possuem tamanho diferencial à conquista de apoios.
A democracia brasileira é um simulacro de democracia.
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