domingo - 31/05/2020 - 11:30h
305 vítimas

Natal chega a 100 óbitos e Mossoró soma 57 por Covid-19

O mais recente Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), com dados coletados até às 23h de sexta-feira (29), aponta o registro de 305 óbitos por Covid-19 no estado.São 7.402 confirmados, 14.168 suspeitos, 12.554 descartados e 64 óbitos em investigação.

Natal atinge a marca de 100 óbitos e Mossoró soma 57. Num comparativo com o relatório antecedente, Natal soma mais 15 mortes (eram 85) e Mossoró 9 óbitos (eram 48).

São Gonçalo do Amarante tem 19 vítimas fatais, mas proporcionalmente o quadro mais alarmante é de Areia Branca, com 17 morte, o que dá uma proporção de 61,2 por 100 mil habitantes.

No boletim anterior eram 268 vítimas do novo vírus (veja AQUI). Agora, são 37 mortes a mais com atualização de informações.

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Categoria(s): Saúde
domingo - 31/05/2020 - 11:00h

A mulher e o isolamento social

Por Zildenice Guedes

Anteriormente discutimos como a pandemia tem diversas dimensões (veja AQUI). Hoje, o propósito desse artigo é discorrer sobre como esse momento de distanciamento e isolamento social tem impactado diretamente às mulheres.

Nós mulheres, comumente somos desenhadas como frágeis, delicadas, fracas e indefesas, contudo, isso é distante para a realidade da maioria das mulheres. Em geral, somos nós que ficamos sempre quando os outros decidem partir. Somos nós que cuidamos dos nossos até o último suspiro.Somos nós que todos os dias enfrentamos duras jornadas sem nos dar o privilégio de questionar se realmente suportamos essa sobrecarga. Os dados por si já provam que a realidade para as mulheres é completamente distante desses estereótipos. Vamos lá.

Referente à população, somos a maioria em números, representando 51,7% da população brasileira, e 70% no número de profissionais da saúde que estão na comissão de frente no combate ao COVID-19 (VIEIRA; GARCIA; MACIEL, 2020).

São as mulheres que chefiam 28,9 milhões de lar no Brasil. Sobre o fator sobrecarga, há um acúmulo de atividades para as mulheres, pois há uma desigual divisão das tarefas, colocando em evidência a invizibilização e não remuneração das atividades realizadas pelas mulheres (OXFAM, 2020).

As mulheres são brutalmente mais afetadas pela crise ocasionada pela pandemia por muitos fatores, dentre eles: além da atuação em hospitais e frentes de trabalho, são as mulheres cuidadoras de idosos, empregadas domésticas, e lamentavelmente, submetidas a abusos e violência doméstica. Vale lembrar que a primeira vítima de Covid-19 no Brasil foi uma mulher que aos 65 anos de idade percorria 120km para trabalhar como empregada doméstica.

Assim, esse momento, tem imposto às mulheres uma jornada dupla ou tripla de trabalho, pois é relegado a mulher zelar pelo lar, sendo isso sinônimo de lavar, passar, cozinhar, cuidar dos filhos, etc. Assim, o isolamento social tem configurado para as mulheres uma sobrecarga de trabalho, ao passo que muitas economicamente, continuam dependentes dos homens.

Muitos problemas têm se intensificado nesse cenário. Dentre eles, o aumento da violência doméstica contra mulheres e meninas. As denúncias em diversos países triplicaram, exemplo da China, França, Itália e Espanha (VIEIRA, GARCIA; MACIEL, 2020).

No Brasil, o cenário não é muito diferente, os dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos apontam que houve crescimento de 18% no número de denúncias. No RN houve um aumento alarmante, o aumento foi de 258,7%, enquanto que as ações criminosas aumentaram 300% (OBVIO-RN).

Outro dado apresentado pela OXFAM e ONU Mulheres, aponta que na América Latina 54% das mulheres estão trabalhando na modalidade informal. Segundo a OIT 14 milhões de mulheres trabalham como domésticas, nesse momento, elas correm o risco ao não terem a opção de parar de trabalhar (OXFAM, 2020).

Uma citação em especial me motivou a escrever esse texto, trata-se de Éstes (2018, p. 15), ela diz: “A mulher moderna é um borrão de atividade. Ela sofre pressões no sentido de ser tudo para todos”. Eu olho para essa frase e não encontro nada mais propício a esse momento que estamos vivendo da história da humanidade.

Há muito que nós mulheres somos relegadas às lutas e batalhas, cuidar, proteger, prover, aquecer e trazer sombra, são sempre expectativas que giram ao nosso redor e alimenta os que estão a nossa volta no sentido do que podemos dar. A forma predatória com que nós mulheres somos tratadas é típica dos que não nos conhecem, desconhecem nossas essências, fragilidades, grandezas e potenciais também. Esse momento da história que estamos vivendo, é significativo nesse sentido.

É importante observar que esses problemas vindos à superfície nesse momento de pandemia e isolamento sempre estiveram diante de nós. Contudo, foi mais fácil ignorá-los. E é nesse momento que sentimos o quanto faz falta políticas públicas condizentes e coerentes que atendam a população.

O que a crise do coronavírus vem evidenciar é o processo histórico a que é subjugado a mulher, as desigualdades econômicas e de gênero.

Trata-se, portanto, de uma sobrecarga imposta histórica e socialmente às mulheres. Mudanças? Sim, precisamos. Contudo, ela não vem sozinha. Outras nos antecederam e nos mostraram que quando nos unimos, nos fortalecemos. Que mais vozes ecoem para denunciar e penalizar os que se levantam contra os direitos das mulheres.

Zildenice Guedes é professora-doutora em Ciências Sociais pela UFRN

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Categoria(s): Artigo
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domingo - 31/05/2020 - 10:12h
Boas práticas

Capital atinge três semanas sem mortes pela Covid-19

Conheça como cidade lida com o problema da pandemia e o porquê de resultados tão satisfatórios

Por Rosana Félix (Gazeta do Povo)

Em meio a milhares de mortes Brasil afora causadas pela Covid-19, Florianópolis tem se destacado como exemplo positivo no controle de casos. Favorecida geograficamente, com acesso principal por uma ponte que a liga ao continente, a capital catarinense foi uma das primeiras a criar restrições para conter o avanço do coronavírus. Junto com investimentos, tanto em ações básicas como outras inovadoras, as medidas deram resultado: por mais de três semanas, desde 4 de maio, o número de mortes permanece estável em um total de 7.

Florianópolis, que tem população estimada de 500 mil pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem até a tarde desta quinta-feira (28) um acumulado de 691 casos confirmados, dos quais 12 internados, 92 com o vírus ativo e sob acompanhamento, 7 mortos e 592 recuperados. Havia ainda outros 1.540 casos em análise. Esse número elevado revela uma estratégia que o Brasil não conseguiu executar: testagem em massa.

Avenida Paulo Fontes, Largo da Alfândega e Mercado Público em Florianópolis (Foto Cristiano Andujar)

“Desde o começo adotamos testes em massa. Enquanto na maioria dos locais só se testavam pessoas em situação grave, sempre testamos os contaminados, suspeitos e contatos. Isso nos permitiu ter todos os casos diagnosticados e determinar o isolamento”, afirmou o secretário municipal de Saúde de Florianópolis, Carlos Alberto Justo da Silva.

Segundo ele, inicialmente eram feitos testes moleculares (PCR-RT) pelo Laboratório Central (LACEN) de Santa Catarina. Em abril, foram adquiridos 30 mil testes. “Seguimos o modelo da Coreia. Fizemos teste PCR para todo suspeito caso estivesse entre um a sete dias do início dos sintomas; se os sintomas tivessem aparecido antes, fazíamos o teste rápido, e com todos os contatos que o caso suspeito teve”, acrescentou.

Com essa estratégia, Florianópolis tem até 28 de maio um total de 5.463 casos notificados, dos quais 3.232 mil descartados. Foram feitos testes no aeroporto e rodoviária. Nos supermercados, foi exigida a aferição de temperatura dos clientes a partir de 27 de abril.

Isolamento para conter a Covid-19

Outro fator do sucesso foi o isolamento precoce, diz Justo da Silva. Os primeiros casos confirmados em Florianópolis foram divulgados em 12 de março.

No dia seguinte, a prefeitura já baixou determinações contra aglomerações, proibindo o uso de ar condicionado em escolas e no transporte coletivo, e determinando disponibilização de álcool em gel em estabelecimentos, ventilação adequada e distanciamento de 1,5 m entre as mesas de restaurante. A suspensão das aulas ocorreu em 19 de março, mas com faltas abonadas desde o dia 17. No dia 18, o governo de Santa Catarina determinou o fechamento de todo o comércio do estado.

AÇÃO RÁPIDA – “Não aguardamos nem governo federal nem estadual. A prefeitura usou recursos próprios para enfrentar uma batalha. Nosso trabalho de flexibilização não pode ser sem controle. É assim que trabalhamos aqui. Uso da ciência e da técnica, preservando vidas. Flexibilizando, mas se voltar a crescer os casos, agimos”, disse o prefeito Gean Loureiro (DEM) à rede CNN, nesse sábado (30).

Loureiro agiu rápido, sem esperar recursos (Foto: reprodução BCS)

Com essas medidas, o índice de isolamento em Florianópolis, medido pela empresa de tecnologia In Loco a partir de dados de celulares, chegou a 55% em 19 de março, bem acima do que outras capitais registraram na mesma data: em Curitiba, esse índice foi de 38%; em Porto Alegre, 42%; em São Paulo, 39%; e no Rio de Janeiro, 44%.

Com a circulação reduzida de pessoas, o município conseguiu organizar sua rede de atendimento básico e especializado, conta Justo da Silva. Tal como muitas cidades, o município lançou um serviço de teleatendimento, o Alô Saúde, para prestar orientações de forma remota e reduzir o fluxo em unidades de saúde. “É um atendimento pré-clínico funcionando 24 horas por dia com enfermeiros e médicos orientando pessoas e encaminhando para testes”, explica.

Ao mesmo tempo, o secretário conta que a cidade aprimorou os contatos feitos via equipes de Saúde da Família: “A cada 3 mil habitantes há uma equipe responsável, e a população tem um número de telefone para falar com essa equipe, ou pode ainda buscar o Alô Saúde”.

Há um esforço para monitoramento constante de portadores de doenças crônicas, gestantes e idosos. “Pelo temor de sair de casa, muitos deles deixam de se cuidar, mas é preciso continuar a realizar exames ou outros procedimentos, verificar se estão indo buscar os remédios já prescritos. Estamos cuidando para não haver uma nova onda de contaminação, e para que mantenham a saúde. Caso contrário poderão ter complicações e ocupar leitos que são importantes no combate à Covid”, relatou o secretário.

População carente atendida e alertas geolocalizados

Os efeitos do contingenciamento são bem visíveis agora, quando se completam três meses desde a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Brasil. Conforme levantamento infográfico da Gazeta do Povo, em 27 de maio Florianópolis tinha taxa de 14 mortes por milhão de habitantes; Curitiba, 19 por milhão; Porto Alegre, 22 por milhão; São Paulo, 290 por milhão. O Rio de Janeiro tem proporção de 421 mortes por milhão de habitantes.

Um dos obstáculos para frear a contaminação pelo novo coronavírus é a realidade socioeconômica dos brasileiros. Para evitar proliferação entre famílias e comunidades que não têm cômodos suficientes para isolamento, a prefeitura de Florianópolis está pagando estadia em hotel para aqueles que testarem positivo para a doença.

“Por enquanto é só uma sugestão, um convite para a pessoa poder fazer o isolamento da melhor forma possível, que vale para todo a população carente, como morador de rua. Estamos fazendo todo o possível para impedir a circulação viral pela cidade”, relatou o secretário, que é médico, com experiência na gestão do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde também foi vice-reitor.

Cidade também trabalha a comunicação de casos à população

Noticiando a geolocalização dos casos confirmados de Covid-19 por bairros desde o início da pandemia, a prefeitura de Florianópolis adotou um sistema de alerta: um SMS é enviado a cada morador para avisar sobre a existência de infectados em um raio de 200 metros nas proximidades. “Com isso a pessoa pode redobrar a atenção com medidas de higiene, uso de máscaras e conveniência de sair de casa. Para cada situação confirmada, é emitido um alerta”, destacou.

Comércio ativo e Covid-19 controladaCom casos sob controle, Florianópolis autorizou a reabertura do comércio de rua em 20 de abril. O governo de Santa Catarina permitiu o retorno de shoppings, academias, restaurantes e atividades religiosas em 22 de abril. Desde o começo, o uso de máscaras já era obrigatório dentro dos estabelecimentos.

O índice de isolamento da cidade nos dias úteis caiu de 55% no início das medidas restritivas para em torno de 42% nos últimos dias. Mesmo assim, não houve incremento no número de casos. “Todo esse conjunto de fatores do qual falei nos deixou tranquilos para a reabertura do comércio, que segue portarias rigorosas de controle no número de clientes e higienização. Com o distanciamento social, não fomos surpreendidos com aumento de casos”, relatou Justo da Silva.

Próximos passos

Justo da Silva, que é nascido em Curitiba, observa que a capital paranaense já superou uma fase ainda não vivenciada em Florianópolis, que é a volta da circulação do transporte coletivo. Até o fechamento desta edição, a prefeitura local não tinha decidido como faria. Mas, mesmo sem ônibus, a população local está saindo de casa: o índice de isolamento social nos dias úteis ficou em torno de 44% a 47% no fim de abril, caindo para em torno de 42% em maio, segundo dados da In Loco.

De todo modo, por meio de uma ferramenta batizada Covidômetro, o município pretende mapear potenciais fatores de risco que levem a um aumento de casos. “Estamos dando transparência ao que dá para abrir e o que precisa fechar Há quatro variáveis importantes. Epidemia vai continuar. A sociedade tem que entender. Se cair muito a taxa de isolamento, pode voltar a fechar.

Deixa de haver uma pressão unilateral e passa a ser uma decisão muito transparente”, definiu o médico. Para ele, a epidemia vai durar um longo período, e é preciso colaboração da sociedade para entender as medidas restritivas, quando necessário.

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Categoria(s): Gerais / Saúde
domingo - 31/05/2020 - 09:36h

O smart marketing no planejamento das campanhas

Por Phabiano Santos

Que a terceira dimensão da era digital chegaria na eleição ninguém duvidava. Contudo, mais cedo do que se esperava somente os que abriram mão da visão linear pela curva da mudança exponencial (bom tema para uma conversa futura) – aliás, esse é o desafio para todos nós nesse novo normal. E na política, essa mudança de enxergar o amanhã quase sempre andou devagar em se tratando de marketing eleitoral.

Em 2018 até que andou mais célere um pouco, porém motivada por fatores excepcionais como o lavajatismo, por exemplo. O método tradicional de arrebatar o sentimento mais primitivo do eleitor movido pelo radicalismo e pertencimento aos políticos lhe era mais seguro, mais fácil de juntar as pessoas e buscar o voto.

A Covid-19 chegou e antecipou o tempo. Sem aglomeração, ganha força o mundo virtual, e nele é preciso inovar o seu planejamento eleitoral e a abordagem.Querer fazer uso do que a maioria chama de internet como ferramenta eleitoral pensando somente em páginas (busca, e-mail, sítios), e em mídias sociais (perfis e interatividade) é abrir mão do que o futuro nos dá hoje através do avanço da tecnologia pelo system mobile, a plataforma da tecnologia móvel que nos permitem aprimorar a aproximação com as pessoas, para que candidato e eleitor possam viver juntos storytelling, transmidia, estudos, envolvimento, experimentação, aprendizado, entre outros, estabelecendo conteúdo direto em tempos de isolamento social, e mesmo após, quando os novos hábitos estarão ditando o novo comportamento humano.

Essa tecnologia disponível, e de fácil manuseio, vai ditar um planejamento diferente para as candidaturas e a conquista do voto pelo o que chamo de smart marketing eleitoral. A estratégia é extrair o máximo da smart tecnologia em união com a smart humana, esta oferecendo àquela o planejamento, o conteúdo, dados, perfis, público-alvo e território, o eleitor e suas demandas, para o alcance das metas traçadas.

Quem melhor utilizar as plataformas com esse espectro, gerando identidade digital de credibilidade e de força, estará um passo a frente.

No smart marketing eleitoral candidato e eleitor se confundem em produção de conteúdo, ambos sendo protagonistas de histórias, de bandeiras de cidadania, de sustentabilidade de projetos, de envolvimento e colaboração em trabalhos comunitários, e, acima de tudo, transformando as mídias sociais em meio de informação útil e de fonte confiável. Uma escola de conhecimento.

E é preciso ter visão e agir conforme recomenda o quadrante mágico, criação de marketing do consultor Gideon Gartner (1979, projeto da Gartner Group para executivos do setor de tecnologia).

Sobre isso, dia desses numa videoconferência, determinado candidato majoritário, em comunhão com esse sistema, liderou a reunião ouvindo, mediando e conduzindo os temas que as pessoas ofereciam a ele. E assim vai se dar na eleição com a ideia espargindo em toda rede. O novo líder.

Os bom dia, corrente, parabéns pra você, figurinha, florzinha… já tiveram seus dias de glória.

Todavia, não alimento ilusões de que, neste ano, somente os usuários digitais obterão êxito, evidente que não, pois bem sei que a mudança não se produz bruta, ela é tolerante, e permitirá que o método convencional possa aqui e alhures ter seus dias de triunfo, especialmente em comunidades que terão mais dificuldade de acesso e de entendimento dessa realidade virtual. Mas, os que dela utilizarão, certamente, vão ser recebidos pelo grupo que sentará ao centro da mesa da política.

Phabiano Santos é jornalista, advogado e publicitário

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Categoria(s): Artigo / Comunicação / Política
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domingo - 31/05/2020 - 08:40h

Em tempos de pós-verdade

Por Francisco Edilson Leite Pinto Júnior

Em tempos de “Pós-Verdade”, onde  os fatos objetivos têm menos influência que os apelos às emoções e às crenças pessoais, nada mais atual do que ler o livro do escritor e estudioso digital Gil Giardelli:

– “Nesse mundo em rede, podemos estar solitários, mas jamais estaremos sozinhos. São dezenas de amigos em seu Inbox, Messenger, Facebook, Twitter, Foursquare, Blog, Instagram, Pinterest… Contudo, passamos a viver em uma zona de neblina entre a vida real e a virtual (…)

– “O mundo on-line parece um grande palco de teatro de espelhos, no qual o tímido se torna extrovertido, o calmo se torna visceral, o rude se torna romântico. A inconveniência da verdade é criar um alter ego digital acima da lei, viver uma vida paralela completamente diferente da real (…)

– “Quando você dá sua opinião, curte, divulga, comenta, segue, lê, escreve, redireciona, divide, fala sobre e faz mais gente saber sobre algo, usando os recursos digitais, já está compartilhando. Sua existência digital, sua reputação, é medida pelo que você COMPARTILHA, pelo quanto influencia os outros e pelo modo como faz a diferença no mundo (…)

– “Eu amo a internet, vanguardista e revolucionária, que tem como principal e mais vantajosa característica a pura e simples liberdade de expressão. A ideia de que todo progresso tem seu preço talvez seja tão velha quanto a invenção da roda e o primeiro acidente por ela provocado. E o preço da internet é que ela potencializa e amplifica tudo, inclusive a idiotice”…

Pois bem, se comecei com o livro do Gil Giardelli, vou terminar agora fazendo uma advertência do sempre atual Nelson Rodrigues:

– “Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”…E como são muitos os idiotas que passam o dia fazendo Fake News, distribuindo ódio e amargura pelo mundo, só porque não conseguem amar a si mesmo e nem amar ao próximo… “Ó tempos, ó costumes” (Cícero, orador romano).

Que o Brasil acorde, antes que seja tarde demais…

Francisco Edilson Leite Pinto Júnior é professor, médico e escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 31/05/2020 - 08:02h

Perscrutando o futuro…

Por Marcos Araújo

Uma das divagações mentais mais frequentes no momento é sobre o futuro da humanidade pós-pandemia. Quem já não se pegou conjecturando como deve ser o amanhã, quando supostamente o mundo volte ao “normal”? Em pensamento mais restrito, geograficamente, quantos não se perguntaram: Quo vadis, Brasil? Num exercício de futurologia, podemos imaginar que viveremos assim…

De fato, haverá mudança, principalmente nos hábitos. As pessoas se acostumarão com o ambiente doméstico. O tempo será valorizado, e com isso menos eventos irrelevantes, menos viagens de avião desnecessárias ou reuniões inúteis.

Escritórios com pelo menos metade do tamanho atual. Mais gente trabalhando em casa, para alegria de Slack, Zoom, Teams, Webex, Hangouts, Classroom ou outros badulaques digitais de nome em inglês. Os restaurantes terão que trabalhar mais com delivery (mais estrangeirismo!), as salas de cinema sofrerão esvaziamentos com o uso das plataformas de streaming (não teria um similar em português?), os shows serão substituídos, em parte, pelas lives (arre égua, tem umas que bem poderiam se chamar dead).Na educação, haverá uma proliferação do ensino a distância (EAD), cuja eficácia eu tenho minhas dúvidas. A mobilidade urbana também será adaptada, com uso de transportes alternativos (Uber e táxis) e valorização da condução coletiva. A tecnologia continuará dominando, sendo ponto fundamental para as diversas formas de comunicação humana. Antes a tecnodependência em redes sociais estava nos jovens, no futuro, adultos e velhos estarão viciados da mesma forma.

Quanto ao nosso comportamento no campo cultural, político e moral (a nossa organização social como um todo), acredito que uma experiência de alguns meses em nada adiantará para promover uma mudança. Não antevejo que haja um aperfeiçoamento social.

Certas condutas típicas de um povo são tão repetitivas que acabam por receber um nome e uma explicação padronizados. Conduta, nome e explicação formam assim a unidade de uma auto-imagem que, ao tornar-se um lugar-comum, um topos, um modo de agir que particulariza os seus cidadãos.

São características positivas ou negativas a partir do padrão de conduta. O povo inglês tem fama de pontual (pontualidade britânica), o alemão de ser meticuloso, o teatralismo italiano, a ranhetice francesa, o praticismo americano, o sentimentalismo russo, a modéstia japonesa, a melancolia judaica, tudo isso é reconhecido mundialmente.

Sendo o esquema de conduta um padrão de reconhecimento, como somos reconhecidos lá fora?  Qual seria a nossa auto-imagem mais comum? O que nos caracteriza como povo? Não temos uma boa imagem externa…

É inegável que a sociedade brasileira atravessa uma crise política, jurídica, moral e ética sem precedentes. Maior do que a crise da saúde e da economia. O problema não é de agora.

O mal é do amálgama moral com que foi formada a nossa nação. Temos máculas enraizadas na cultura brasileira, com registros desde o Brasil Colônia. Tem-se como exemplo a denúncia do erudito PADRE ANTÔNIO VIEIRA endereçada ao rei de Portugal, cujo conteúdo alertava sobre a “arte de furtar” e a desfaçatez dos próprios funcionários do monarca.[1]

Na obra Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda relata sobre a má formação social brasileira, dando como característica do nosso perfil psicológico e da nossa essência exaltar a ética do aventureiro, estimular a audácia, imprevidência, irresponsabilidade, instabilidade, vagabundagem. A plasticidade social do povo brasileiro advém do colonizador português, que seguiu a ética da compensação imediata e buscava a “riqueza da ousadia e não a riqueza do trabalho”, que pudesse “extrair do solo grandes benefícios, sem grandes sacrifícios” (RAÍZES DO BRASIL, 1995, pág 49).

O Brasil é um laboratório da História em matéria de instabilidade política e institucional. Na colonização, viveu os atropelos dos usurpadores. Cada um deles oferecendo prebendas e roubando riquezas. Os donos “descobridores” e seus concorrentes instalaram uma luta constante no processo de rapinagem que durou cerca de três séculos.

O “homem cordial” descrito pelo sociólogo Sérgio Buarque é exatamente o produto de um processo de socialização daquele indivíduo subjugado aos valores da família patriarcal que não tem a capacidade de mensurar com uma exatidão segura os limites entre o público e o privado. Sua ética é pautada pelo personalismo, que confronta a impessoalidade, a abstração, a racionalidade e a coletividade pela cooperação.

Na França do Século XVIII, as ideias de Rousseau e do iluminismo inspiraram profundamente a Revolução francesa. Também parte das revoluções do Século XX tinham a inspiração do existencialismo de Kierkegaard, Edmund Husserl e Martin Heidegger.  A preocupação do ser no mundo e suas variadas e possíveis relações com o outro e com tudo ao redor de si fez com que se criasse uma ordem mundial em defesa dos direitos humanos.

Como vivenciamos essa política mundial humanista aqui no Brasil? O que dizer quando o passeio dominical dos brasilienses e de elevada parte da classe média-alta que vive nas capitais brasileiras ainda é de se aboletar em seus veículos para, em carreata, propugnarem por uma intervenção militar? Lembrando o Marechal Castelo Branco, essa população andeja e desinformada são como vivandeiras alvoroçadas, vêm aos bivaques bulir com os granadeiros e provocar extravagâncias ao Poder Militar”.

Tudo está irremediavelmente perdido? Será que alguma solução se nos apresenta?

Embora não possamos adivinhar o tempo que será, temos, sim, o direito de imaginar o que queremos que seja. Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar?  É preciso saber, contudo, quais os sonhos nos orientam.

Morrem as ideologias e envelhecem as filosofias, mas os sonhos devem permanecer. Eduardo Galeano pedia, em um de seus textos célebres, que fixássemos  nosso olhar num ponto além da infâmia para adivinhar outro mundo possível, onde o ar fosse livre de todo o veneno que vem dos medos e das paixões humanas.

Que atitudes tomaremos, para melhorar o nosso espaço público depois da pandemia? Quais as mudanças sociais que empreenderemos no nosso meio social? Quais sonhos alimentamos?

Sonho com um pais que não seja polarizado politicamente entre “comunistas” e “não-comunistas”; que não fosse privado e apropriado aquilo que é público; que nossos políticos entendessem que a política é a arte de fazer o bem, e não de se dar bem; que Justiça se faz também com igualdade social, e não por injusta acumulação patrimonial;  que o capital possa sempre exalar o cheiro da honestidade, e não da putrefação do ilícito; que a tolerância seja a nossa maior característica, longe da turrice da ignorância; que a estultície seja punida e a burrice da manipulação política seja considerada crime grave, com a condenação em estudos mínimos dos compêndios clássicos de Platão, Sócrates e Aristóteles; que a educação, bem maior de um povo, passe muito além da leitura superficial do maniqueísmo filosófico de autores considerados da “direita” ou de “esquerda”; que a merenda escolar deva ser apenas um alimento, e nunca uma forma de promoção de política educacional; que sejam proibidas todas as formas de censura; que seja condenado com prisão perpétua o racista, o agressor da mulher, ou o que comete crimes contra a criança ou contra o erário.

O melhor dos mundos ainda é aqui. Nosso povo é único, mesmo com tantas mazelas. É na criatividade, no instinto de sobrevivência coletiva, na valorização do outro, na interdependência, no afeto e no engenho do cérebro humano que depositamos nossas esperanças.

Este é um futuro possível. Basta sonhar!

Marcos Araújo é professor e advogado


[1] VIEIRA, Padre Antônio. Arte de Furtar. São Paulo: Martin Claret, 2006, p.30-31

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domingo - 31/05/2020 - 07:16h

Ciro Gomes

Por François Silvestre

Saio de um nome execrável do texto anterior (vejo AQUI) para um nome admirável do presente texto. Ciro Ferreira Gomes. Militante político da Democracia, do Estado de Direito, das liberdades públicas e fundamentais.

Bom governador do Ceará e excelente prefeito de Fortaleza. E nenhuma dessas atribuições é de fácil consecução. Ministro de Estado de vários governos, exercendo com dignidade e competência todas essas funções.

Ciro Gomes governou o estado do Ceará em sua trajetória administrativa e política (Foto: João Godinho/Estadão)

Mas não é sobre isso que vou tratar. É sobre o papel de Ciro Gomes neste momento da vida nacional. Ele começa a ocupar o vácuo que a estreiteza divisionista e idólatra da oposição vinha cultivando. E isso é muito útil nesse momento de incertezas econômicas, caos sanitário e estupidez política.

Até agora, o único opositor do desgoverno federal é o próprio “chefe” do Executivo. Bolsonaro reside moral e politicamente numa espécie de estábulo do fuxico. E todo dia arma um esperneio. Ouve-se o som do relincho. Ou, no popular, do rincho mesmo.

Nesse ambiente, onde trabalham os palafreneiros, Bolsonaro não é sequer o palafrém. Não. Esse era um cavalo nobre, elegante. O nosso presidente está mais para o pangaré. Não fala, rincha. Não age, escoiceia.

É aí, nesse vácuo, que Ciro Gomes começa a espantar o marasmo. Respondendo com conhecimento sobre as aberrações de um governo que faz de tudo, inclusive nada. E não governa. Ameaça.

Sobre ameaças, valho-me de uma regra do manual militar“Não tema do inimigo o que ele quer contra você. Tema o que ele pode”. E esse poder caricato pode e consegue sujar a dignidade da Presidência da República, por um tempo, mas não pode matar a Democracia.

Continue, Ciro Gomes.

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Artigo
sábado - 30/05/2020 - 23:56h

Pensando bem…

“Aqueles que educam bem às crianças deveriam ser mais louvados que aqueles que as geram. Pois, enquanto esses últimos lhes dão a vida, os primeiros lhes propiciam a sabedoria do bom viver”.

Aristóteles

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sábado - 30/05/2020 - 12:38h
RN

Petrobras vende sete campos de produção terrestre

A Petrobras finalizou hoje (29) a venda da totalidade de sua participação em sete campos de produção terrestre, localizados na Bacia Potiguar, do Rio Grande do Norte, para a SPE 3R Petroleum S.A., subsidiária integral da 3R Petroleum e Participações S.A.

Companhia segue priorizando águas profundas e ultraprofundas com seu desinvestimento em campos terrestres (Foto: arquivo)

A ação foi concluída com o pagamento de R$ 676,8 milhões para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato. De acordo com a companhia, a venda está alinhada à estratégia de melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em águas profundas e ultraprofundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos.

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Segundo a gerente executiva de Gestão de Portfólio da Petrobras, Ana Paula Saraiva, o desinvestimento da companhia tem atraído novos participantes para a indústria, trazendo mais dinamismo pra o setor.

“É uma ótima notícia para a Petrobras, para a 3R-Starboard, para o setor onshore e para o mercado em geral. Um bom momento para termos novidades”, disse.

Com informações da Agência Brasil.

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Categoria(s): Economia
sábado - 30/05/2020 - 11:44h
Em Fortaleza

Filha de Crispiniano Neto se recupera sem precisar de cirurgia

Penélope: acidente domingo (Foto: Facebook)

Vítima de acidente de carro (veja AQUI) no último domingo (24), em Aracati-CE), onde reside e  trabalha, a psicopedagoga Penélope Crispiniano segue com nítido progresso clínico, no Instituto José Frota (IJF) em Fortaleza-CE.

Em novo boletim escrito por seu pai, Crispiniano Neto, presidente da Fundação José Augusto (FJA), é descrito seu estado de saúde.

Veja abaixo o que ele divulga para familiares e amigos nessa sexta-feira (29):

Informações sobre Penélope Domitila de Medeiros (Em 29/05/2020 – Sexta feira)

Primeira notícia animadora é que em acidentes deste porte, sempre existe uma grande preocupação com a superação das primeiras 48 horas. Já estamos há mais de 120 horas do acidente e só tivemos notícias positivas. Neste período ela SUPEROU A HEMORRAGIA provocada pelo TRAUMA TORÁCICO, envolvendo costelas e clavícula, superou o RISCO DE VIDA por este trauma, restando naquele momento o risco de vida pelo TCE – TRAUMATISMO CRANIANO ENCEFÁLICO;

Foi feito o teste de COVID-19, procedimento que está sendo encaminhado com todos os pacientes de UTI daquele hospital e deu NEGATIVO;

Assim como resultou NEGATIVA a preocupação com PNEUMONIA, visto ter sofrido lesão num pulmão, que foi pressionado por uma costela fraturada;

A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA de ontem afastou a preocupação maior que era o RISCO DE VIDA pelo Traumatismo Craniano.

Outras boas notícias dizem respeito à suspensão da medicação para o coração que já funciona a contento, assim como a respiração. O EDEMA no cérebro ESTÁ DIMINUINDO, mas precisa de aproximadamente uma semana para ser resolvido através de medicamentos. Somente depois disso se saberá se precisará alguma intervenção.

No momento não está sendo recomendado PROCEDIMENTO CIRÚRGICO.

A notícia de que o quadro evoluiu positivamente se baseia PRINCIPALMENTE no fato de estar superado o RISCO DE VIDA pelo TRAUMATISMO CRANIANO. Isto se soma à boa notícia do desmame do medicamento para o coração.

Somos gratos pelas energias positivas que chegam de todas as partes. Continuamos na luta e na esperança, com: 1. FÉ EM DEUS, 2. CONFIANÇA TOTAL NOS MÉDICOS E DEMAIS PROFISSIONAIS DE SAÚDE que estão cuidando dela com muito zelo e competência e; 3. Na CAPACIDADE DE RECUPERAÇÃO DO SEU ORGANISMO que vem reagindo divinamente bem. 4. Agora é paciência e agradecer a Deus a cada pequena vitória, pois é o somatório de todos estes pequenos sucessos que nos dará a VITORIA FINAL, trazendo–a de volta ao nosso convívio com seu sorriso e alegria de viver.

Grato a todos (as).

Crispiniano Neto

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Categoria(s): Gerais
  • Repet
sábado - 30/05/2020 - 10:28h
No RN

Com Covid-19, prefeito tem 50% de pulmões comprometidos

Do Blog Carol Ribeiro

O prefeito de Cerá-Mirim, Julio César Câmara (PSD), anunciou nessa sexta-feira (29) que testou positivo para o Covid-19. Além dele, a secretária municipal de Saúde, Claudia Roberta, e a Coordenadora de Saúde, Malu Queiroz, também receberam diagnóstico positivo.

Júlio César pede que população se cuide (Foto: arquivo)

O anúncio foi feito através do Facebook do chefe do Executivo Municipal. Ele afirma ainda que outros trabalhadores do hospital do município contraíram o novo coronavírus.

“Todos nós pegamos o vírus trabalhando pelo povo. Peço a população que sigam as orientações e fiquem em suas casas. Precisamos nos unir cada vez mais para combater esse vírus”, escreveu.

Sete óbitos

O prefeito publicou que tem 50% dos pulmões comprometidos e dificuldades de respirar. Ele reforçou o perigo da Covid-19 e faz apelo para que todos fiquem em casa, já que os “hospitais estão todos lotados”.

No mais recente boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (SESAP/RN), Ceará-Mirim (que se localiza na Grande Natal) aparecia com 7 óbitos e 78 casos confirmados da Covid-19.

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Categoria(s): Política / Saúde
sábado - 30/05/2020 - 10:00h
RN

Decreto mantém escolas fechadas até o dia 6 de julho

Através de decreto publicado neste sábado (30), no Diário Oficial do Estado, a governadora Fátima Bezerra (PT) prorroga suspensão de aulas presenciais no RN em escolas particulares e públicas, até o dia 6 de julho.A decisão em em face da pandemia da Covid-19.

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sábado - 30/05/2020 - 09:20h
Mossoró e Natal

Missas vão lembrar 30º dia de falecimento de Emery Costa

Duas missas pelo 30º dia de falecimento do jornalista Emery Costa serão celebradas nesse domingo (31) e segunda-feira (1º de junho), com transmissão por redes sociais.No domingo, às 11h, pelo Facebook (acesse AQUI) e Youtube da Paróquia de Santa Luzia de Mossoró (acesse AQUI).

Na segunda-feira, às 18h15, pelo Instagram do Santuário do Tirol (Natal) – (acesse AQUI).

Emery faleceu em Natal, na Casa de Saúde São Lucas, em decorrência da Covid-19, no dia 1º deste mês (acesse AQUI).

Leia também: Aos que partiram;

Leia também: Emery Costa em 1972 – “Lá se vão…”;

Leia também: Adeus, Emery!

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sexta-feira - 29/05/2020 - 23:52h

Pensando bem…

“A vida é uma tempestade, meu amigo. Um dia você está tomando sol e no dia seguinte o mar te lança sobre as rochas. O que faz de você um homem é o que você faz quando a tempestade vem.”

Alexandre Dumas

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sexta-feira - 29/05/2020 - 21:50h
Salário

Município pagará maio do dia 1º até dia 10 de junho

A Prefeitura de Mossoró inicia pelos servidores da Saúde na próxima segunda-feira (1° de junho), o pagamento salarial de maio aos seus funcionários.

Até o dia 10, o município anuncia que pagará a todo o funcionalismo público.

Aposentados e pensionistas receberam o benefício dia 27, com antecipação de 40% do décimo-terceiro salário.

Com a  pandemia do coronavírus o município de Mossoró está tendo queda na receita em torno de R$ 10 milhões, por mês, informa comunicado oficial.

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Categoria(s): Administração Pública
sexta-feira - 29/05/2020 - 20:42h
Barragem

O espelho d’água desse mundão da Armando Ribeiro

Vídeo belíssimo, com uso de drone, mostra como está a Barragem Engenheiro Armando Ribeiro no Vale do Açu, nessa sexta-feira (29).

Chegou a 60,74 por cento de da capacidade do seu reservatório que é de quase 2,4 bilhões de metros cúbicos de água.

O vídeo foi postado pelo radialista e diretor da Princesa FM do Assu, Lucílio Filho, em seu endereço pessoal no Instagram.

As imagens foram feitas por Rafael Mendonça de Souza.

Aproveite.

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sexta-feira - 29/05/2020 - 18:04h
Boletim

Número de mortos pela Covid-19 chega a 268 no RN

O RN atinge o total de 268 óbitos por Covid-19.Segundo o Boletim Epidemiológico dessa sexta-feira (29), o total de casos confirmados chega a 6.463, os suspeitos são 14.906, os descartados atinge soma de 12.552 e recuperados estão estacionados (há dias) em 1.410.

Mais 74 óbitos estão em investigação.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) não tem seguido rotina em publicação da íntegra do boletim, justamente num momento em que aparece quadro acentuado de registros confirmados e óbitos. E existem discrepâncias entre dados municipais, como é o caso de Areia Branca que já atestou 19 mortes pela doença e a Sesap aponta ainda 16.

Natal com 85 casos e Mossoró com 48 são os municípios com mais registros fatais.

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Categoria(s): Saúde
sexta-feira - 29/05/2020 - 16:40h
Cadê o dinheiro?

Médicos têm quatro meses sem pagamento do Estado

NGO vai para quinto mês (Foto ilustrativa)

Os médicos ginecologistas e obstetras cooperados no Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia (NGO) estão com quatro meses sem recebimento de seus serviços. Eles atuam em Mossoró.

Devedor, o governo estadual não sinaliza quando vai saldar os compromissos.

O mês de maio está por um fio para também virar débito, ou seja, o quinto seguido.

O montante de cada fatura passa dos R$ 200 mil.

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São quase 900 mil reais dependurados à base do “devo, não nego, pago quando puder”.

A última vez que viram dinheiro do Governo do Estado do RN foi em dezembro de 2019 (D.C – Depois de Cristo).

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Categoria(s): Administração Pública / Saúde
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sexta-feira - 29/05/2020 - 15:14h
Senado

Linha de crédito é aprovada para profissionais liberais

Projeto do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) prevê uma linha de crédito de até R$ 100 mil para profissionais liberais, que terão 36 meses para o pagamento e 8 meses de carência (veja AQUI).

Os juros serão a taxa Selic mais 5% ao ano.

O relator, senador Omar Aziz (PSD-AM), incluiu os profissionais liberais no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE), que conta com um Fundo Garantidor de R$ 15,9 bilhões.

Aprovado pelo Senado, o projeto segue para a Câmara dos Deputados.

As informações são da repórter Hérica Christian da Agência Senado.

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Categoria(s): Economia / Política
sexta-feira - 29/05/2020 - 14:00h
Chefia de Gabinete

Substituto de Larissa Rosado é indicação do seu grupo

Diego é indicação da própria Larissa (Foto: Web)

O psicólogo Diego Drauzio Melo de Araújo é o novo chefe de gabinete da Presidência da Assembleia Legislativa do RN.

Passa a substituir a ex-deputada estadual Larissa Rosado (PSDB), que ocupava o cargo até dia passado.

Ele foi indicado pelo grupo da própria Larissa Rosado ao presidente da Casa e do seu partido, deputado estadual Ezequiel Ferreira.

É sobrinho de Otávio Lopes, longevo e fiel colaborador do rosadismo.

Leia também: Ex-deputada se desincompatibiliza para poder ser vice.

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Categoria(s): Política
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sexta-feira - 29/05/2020 - 12:58h
Trabalho

Câmara suspende recesso e mantém sessões remotas

Sessões remotas vão continuar (Foto: arquivo/Edilberto Barros)

Com base no Ato da Mesa 07/2020, a Câmara Municipal de Mossoró prorrogou medidas de prevenção à Covid-19, até 30 de junho. Até lá, estão mantidas as sessões por Sistema Deliberação Remota (SDR) e reuniões de comissões também por videoconferência.

O Legislativo decidiu ainda suspender o recesso de meio do ano em 2020, entre 19 de julho e 2 de agosto, também por causa da pandemia.

A resolução, de autoria do vereador Petras (DEM), deverá ser votada terça-feira (2), e a Casa manterá em alta a agenda parlamentar.

O recesso já fora reduzido em 2019.

“Diminuímos a pausa de meio e final de ano e acrescentamos 38 dias úteis ao plenário. Com a suspensão em julho de 2020, serão 53 dias a mais para sessões”, calcula a presidente da Câmara, Izabel Montenegro (MDB).

Com informações da Câmara Municipal de Mossoró.

Leia também: Petras propõe suspensão de recesso em Câmara Municipal.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 29/05/2020 - 11:22h
Imprensa

Morre aos 63 anos o jornalista Gilberto Dimenstein

Por Rafael Lara do Último Segundo

Morreu nesta sexta-feira (29) aos 63 anos Gilberto Dimenstein , jornalista criador do portal Catraca Livre, ex-comentarista da Rádio CBN e colunista da Folha de S. Paulo por 28 anos. Dimenstein foi vítima de um câncer originado no pâncreas, com metástase no fígado.

O idealizador do portal Catraca Livre foi diagnosticado com o câncer em 2019.

Dimenstein tem um trabalho jornalístico vigoroso, com contribuição à atividade profissional e cidadania (Foto: redes sociais)

Deixa sua esposa Anna Penido , também jornalista, com quem viveu junto por vinte anos, seus dois filhos, um de 32 anos e o outro de 29. Além disso, deixa seu neto de dois anos e esperava o segundo, previsto para nascer por volta da metade deste ano.

Em entrevista concedida ao portal UOL em março deste ano, Dimenstein afirmou: “Estou vivendo uma história de amor, por causa do câncer, com a minha mulher. A mulher com quem eu vivo há vinte anos. Nunca tive com ela a intimidade que tenho agora”.

Filho de um pai pernambucano de origem polonesa juntamente com uma mãe paraense de ascendência marroquina, Dimenstein nasceu de uma família judaica. Sua família morou na Vila Mariana , bairro da cidade de São Paulo.

Direitos Humanos e prêmios

Estudou no Colégio I. L. Peretz e se formou em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Foi diretor da Folha de S. Paulo na sede em Brasília e correspondente em Nova Iorque pelo mesmo jornal.

Em 2007, o jornalista foi apontado pela revista Época como uma das cem figuras mais influentes do País por suas reportagens sobre temas sociais e experiências em projetos educacionais.

Ganhou o Prêmio Nacional de Direitos Humanos juntamente com Paulo de Evaristo Arns, o Prêmio Criança e Paz , da Unicef , Prêmio Esso (na categoria principal) e o Prêmio Jabuti de melhor obra de não-ficção, em 1993, por seu livro “Cidadão de Papel”.

Dimenstein teve grande importância na área educacional. Em 2009, um documento da Escola de Administração de Harvard o apontou como um dos exemplos de inovação comunitária por conta de seu projeto bairro-escola em São Paulo, através do Projeto Aprendiz. Este, foi replicado pelo mundo pela Unicef e Unesco.

Além disso, segundo o senador Cristovam Buarque , Gilberto Dimenstein foi um dos inspiradores do “Bolsa-Escola”, projeto que pagava uma bolsa mensal em dinheiro às família de jovens e crianças de baixa renda, desde que frequentassem a escola regularmente.

Atualmente, permanecia ativo como um crítico do governo Bolsonaro e Trump . Perguntado sobre o que traria energia a ele, respondeu: “A raiva profunda que eu tenho do Bolsonaro e do Trump. Eu fico louco quando ouço as besteiras do Bolsonaro. Mas a raiva é movedora. Vou pro Twitter, escrevo contra eles e me sinto vivo”.

Dimenstein escrevia, juntamente com sua companheira, Anna Penido , um livro entitulado “Os Melhores Dias da Minha Vida – Lições do Câncer”. “Estou fazendo uma auto reportagem. E a Anna, além de escrever, é também minha ombudsman. Às vezes conto algo sobre a doença e ela diz, ‘Gilberto, não, isso é mentira'”, afirmou em sua última entrevista, em março deste ano.

Nota do Blog Carlos Santos – Gilberto inspirou gerações de jornalistas, das metrópoles ao sertão, como eu. Contribuição enorme à cidadania, ao jornalismo. Descanse em paz!

Leia também: A dádiva da vida no limite com a morte.

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