terça-feira - 31/12/2019 - 07:20h
Governo do RN

Fátima faz balanço de primeiro ano e vê avanços na gestão

O primeiro dos quatro anos de gestão da Governadora Fátima Bezerra (PT) chega ao fim e foi marcado por grandes avanços. Essa pelo menos é a compreensão da governadora. Para prestar contas das ações executadas no período, a chefe do Executivo estadual reuniu nesta segunda-feira (30) o seu secretariado, servidores e a imprensa potiguar para apresentar os resultados obtidos em 2019.

Governadora apontou que sua gestão fecha ciclo com resultados e números satisfatórios em meio à crise (Foto: Elisa Elsie)

“Passado um ano, olho para o mês de janeiro, quando assumi o governo, e vejo o estado de calamidade que o RN estava. Hoje, 30 de dezembro, graças ao trabalho em equipe, podemos andar de cabeça erguida”, disse a governadora ao iniciar seu discurso. Ao lado do vice-governador, Antenor Roberto (PCdoB), Fátima pontuou as principais ações de segurança pública, saúde, educação, educação, tributação, agricultura familiar, desenvolvimento econômico e social, infraestrutura, entre outros.

Salários

Na ocasião, realizada na Escola de Governo, ela destacou um dos pontos mais emblemáticos de sua gestão, organizar o pagamento dos salários dos servidores públicos do Estado. “Fechamos nosso primeiro ano de mandato, pagando em 12 meses, 15 folhas de salário. Foram as doze folhas de 2019 e o décimo terceiro em dia. E mais, o décimo terceiro de 2017 e o restante do mês de novembro de 2018”, disse ao afirmar que o servidor não pode ser punido pelos desmandos ou descaso do Poder Público.

Ao relacionar os números, Fátima Bezerra noticiou dados sobre a dívida ativa do Estado. “Conseguimos elevar em mais de 30 pontos percentuais a recuperação da dívida ativa em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2018 foram arrecadados R$ 32,1 milhões e em 2019, já chegamos às cifras dos R$ 42,9 milhões.”

Saiba mais detalhes clicando AQUI.

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terça-feira - 31/12/2019 - 05:52h
Gilberto Dimenstein

A dádiva da vida no limite com a morte

Para jornalista, diagnosticado neste ano com câncer, existe uma dádiva nessa situação tão extremada

Por Ana Estela de Sousa Pinto (Folha de São Paulo)

O jornalista Gilberto Dimenstein, 63, descobriu neste ano um câncer de pâncreas, com metástase no fígado. Ele conta sobre a doença, o tratamento e as mudanças em sua forma de enxergar a vida e as relações humanas.

Sonhei com uma mulher dizendo que eu estava com câncer. Sou super-racional, acredito na ciência, na lógica. Mas foi um sonho tão claro que fiquei encasquetado.

Dimenstein, ex-diretor da Sucursal Brasília, ex-colunista da Folha e criador do Catraca Livre (Foto: Bruno Santos-Folhapress)

Fui aos médicos, fiz colonoscopia, endoscopia, ultrassonografia, não achavam nada, mas eu continuava impressionado. Um gastroenterologista pediu uma tomografia, “só para tirar a dúvida”.

Fui às 22h, o resultado começou a demorar. Veio um enfermeiro e perguntou se não sentia muita dor, porque tinha pancreatite, mas eu não sentia nada. Não sentia nada. Procurei na internet: pancreatite dá em quem bebe —sou abstêmio há seis anos— e em quem tem vesícula —que eu já tinha tirado. Era câncer.

No dia seguinte, já estava no hospital. Tirei o tumor bem no comecinho, o que aparentemente era boa notícia.

Mas, passadas três semanas, ele estava no fígado. Fizemos quimioterapia para operar, mas, em vez de parar, o tumor cresceu. Passei quatro meses de tantas más notícias… muita febre todo dia, comecei a já me preparar para a despedida. Foi o meu período pessimista.

Hoje —é até difícil falar ​isso— estou vivendo o momento mais feliz da minha vida. Aquele Gilberto Dimenstein antes do câncer morreu. Nasceu outro.

Câncer é algo que não desejo para ninguém, mas desejo para todos a profundidade que você ganha ao se deparar com o limite da vida. Não queria ter ido embora sem essa experiência.

Grande parte da minha vida foi marcada pelo culto a bobagens: ganhar prêmio, assinar matéria na capa, o tempo todo pensando no próximo furo. É como se estivesse passando por um lugar lindo num trem em alta velocidade, vendo tudo borrado.

Quando você tem um câncer (ainda mais como o meu, de metástase e de pâncreas, um tipo muito agressivo), não há alternativa. Ou vive o presente ou sua vida vira um inferno.

E aí começam a aparecer coisas incríveis. Gosto de andar de bicicleta, e comecei a sentir o vento no rosto, como se estivesse sendo beijado. Você vê seu neto deitado com você [Dimenstein tem um neto de dois anos e espera o segundo para daqui a seis meses]. Acorda com os bem-te-vis e escuta os bem-te-vis.

Falar em sentidos é importante, porque meu tratamento tira o gosto, até a água fica ruim. Com o tratamento, também acaba a vida sexual; você fica impotente.

Cumplicidade

É uma fase de muitos pesadelos, que melhoram com o canabidiol [composto químico derivado da maconha, liberado para uso medicinal].

Tudo isso poderia fazer um cara superinfeliz. Mas as relações emocionais se sofisticam. Descobri só agora a profundidade da relação homem-mulher. Você está com enjoos, dores não apenas físicas, e a pessoa do seu lado o tempo todo. Não conhecia essa cumplicidade nesse nível.

Nós vivemos nos meios digitais a era da indelicadeza, 500 mil pessoas criticando. Eu acabei entrando no mundo das gentilezas. Cada pessoa tem uma palavra, um chá, uma dica de oração, um olhar gentil. O outro mundo vai ficando ridículo.

Com ou sem câncer vamos todos morrer, e se pudermos antecipar essa sensação, vamos evitar várias bobagens. A clareza maior da morte é uma dádiva. Não é o fim, mas um começo.

Pode ser o começo de um belo fim de vida, viver esses momentos com a família, ou um pit stop para voltar melhor. O cara tem que ser muito, muito, muito idiota para não voltar melhor.

Não é que eu ache que morrer é bom, mas você começa a questionar por que existe, e a conclusão é que, se não podemos escolher como entramos na vida, podemos decidir como sair dela.

Quando o médico me disse que eu estava com câncer, passou um dia, dois, três, e não tive medo. Só temia o impacto da minha morte nos outros. Não me senti desesperado. Nada, nada, nada. Até me espantei comigo mesmo.

Em inglês se chama “surrender” [render-se]. Você não está mais no comando, e isso é motivo de alívio. De felicidade, até.

Causas

Descobri que meu pavor era passar a vida sem propósito. Olhei para trás, e, apesar de todas as minhas delinquências —que não foram poucas—, acho que fiz mais bem que mal. Mudei minha carreira para fazer um jornalismo que não é de filantropia nem altruísmo, mas de empoderamento, de usar a comunicação para promover causas.

Não inventei nada, o comunicador não faz o vinho. Mas tira a rolha.

Acabei sendo obrigado a deixar de ser aquele jornalista racional, imparcial. Deixei de ser um espectador e passei a ser torcedor. Você vira um eunuco como jornalista, porque passa a querer dar só boa notícia.

Já antes do câncer tinha começado minha “quimioterapia social”, na Orquestra Sinfônica de Heliópolis [de cujo conselho Dimenstein é presidente], que esteve perto de fechar. Em nenhum momento neste ano parei de trabalhar, arrecadar fundos, promover esse e outros projetos que acompanho. Não é bondade, é conexão com a vida.

O evangelho segundo são João diz “No princípio era o verbo”. É a palavra que gera o poder, e nós, comunicadores, trabalhamos com isso, podemos fazer as pessoas poderosas trabalharem juntas.

Hoje há um enorme desperdício. Há um ditado árabe maravilhoso, “gavião não voa em bando”, ainda mais perfeito em inglês, “eagles don’t fly together” —eagles tem o mesmo som de egos. Cada um quer ter seu legado, sua placa, seu projeto. Um secretário não trabalha com outro, a prefeitura não trabalha com o estado, um dinheiro enorme sai pelo ralo, sem meta, sem avaliação, sem trabalho articulado, uma catástrofe.

Há pessoas que espalham infecções…

O mundo é como um corpo humano. Há pessoas que espalham infecções, se xingam, se odeiam. [O presidente dos EUA, Donald] Trump e [o presidente brasileiro, Jair] Bolsonaro não criaram isso, mas sintetizam essa cultura da infecção, do ódio, do confronto. E há os glóbulos brancos, as pessoas que não deixam o mundo acabar, que inventaram a anestesia, o antibiótico, descobriram a hélice dupla do DNA.

Meu tumor passou por análise genética —recebi o resultado ontem [sexta, 27]—, e sou um caso de 1% cuja mutação talvez tenha um tratamento promissor. Em ratos, eliminaram o câncer de pâncreas, e estão começando a testar em humanos, procurando a dose certa. Já me dispus a fazer parte dos testes no Brasil.

É até meio canalha, mas penso “será que eu vou ajudar a encontrar a cura?”. Para um jornalista que gosta de furos, você se transformar num furo de si mesmo é incrível, né? Mas para ajudar os outros.

Voltei a ficar otimista. Ganhei da minha mulher dois ingressos para ver o [músico] Bobby McFerrin nos EUA, em maio. Já estou com planos para o ano que vem. Você volta a ter projetos, é a vida voltando a circular. Eu acho que tenho muita chance, muita chance.

Vida após a morte? Se for igual a esta, prefiro que não exista. Se eu acordasse e estivessem lá Trump, Bolsonaro, [primeiro-ministro da Hungria, Viktor] Orbán, não sei se queria, não [risos].

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segunda-feira - 30/12/2019 - 23:58h

Pensando bem…

Há dias acidentados e penosos que a gente leva um tempo infinito a transpor, e dias em declive que se deixam descer a toda velocidade cantando.”

Marcel Proust

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segunda-feira - 30/12/2019 - 17:28h
Auditores fiscais

Governismo racha em plenário, mas projeto é aprovado

Houve esvaziamento, mas restante aprovou projetos (Foto: Edilberto Barros)

O plenário da Câmara Municipal de Mossoró aprovou em sessão extraordinária nesta segunda-feira (30), Projeto de Lei Complementar n º 142/2019 que reestrutura a carreira do auditor fiscal de tributos municipais, com emenda subscrita por vários vereadores. Também aprovou a doação de terreno público à Paróquia Menino Jesus de Praga.

Os dois projetos são de autoria do Executivo.

O primeiro chegou a Casa com uma “pegadinha” do Governo Rosalba Ciarlini (PP), que aumentava a carga horária dos auditores para 40 horas, contrariando edital de concurso e duas leis complementares que fazem referência a “30 horas”.

Debandada

Parte da bancada governista esvaziou plenário: Rondinelli Carlos (PMN), Francisco Carlos (PP), Tony Cabelos (PSD), Manoel Bezerra (PRTB), Ricardo de Dodoca (PROS) e Didi de Arnor (Republicano).

Mas a bancada oposicionista e o restante dos vereadores do governo garantiram a aprovação da matéria e da emenda necessária ao reparo do texto original.

O projeto atualiza prerrogativas da função de auditor fiscal, reduz custo da remuneração e extingue dez cargos vagos. O quadro cairá de 45 para 35 auditores.

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segunda-feira - 30/12/2019 - 16:42h
Sucessão natalense

PSB apresenta o deputado Hermano Morais para 2020

Do Blog Saulo Vale

Pré-candidato a prefeito de Natal, o deputado estadual Hermano Morais (sem partido) confirmou que vai se filiar ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).

O anúncio foi feito pelo presidente estadual da legenda, deputado federal Rafael Motta, por meio de suas redes sociais.

A postagem aconteceu nesta segunda-feira (30).

“Estamos certo de que ele [Hermano] está preparado para colaborar ainda mais com a nossa capital”, afirmou.

Nota do Blog Carlos Santos – Se efetivamente entrar no jogo sucessório, Hermano Morais (ex-MDB) tornará o projeto de reeleição do atual prefeito Álvaro Dias (MDB) ainda mais delicado.

Num segundo turno, então…

Leia também: Prefeito Álvaro Dias que se cuide

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 30/12/2019 - 15:12h
Mossoró

Ex-prefeito aporta na cidade mas de forma discreta

Discretamente, apenas para cumprir compromissos previamente agendados, o ex-prefeito Francisco José Júnior (sem partido) aportou em Mossoró.

Esgueira-se para não chamar atenção.

Discrição é a palavra de ordem do atual acadêmico de medicina em Natal.

Mas claro que ele também fala sobre política com gente muito próxima.

Nada mais.

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segunda-feira - 30/12/2019 - 08:31h
Mossoró

Pauta extraordinária vota 2 projetos, mas outro pode aparecer

Uma sessão, mas podem ser duas (Foto: arquivo)

Está definida para as 10 horas desta segunda-feira (30), sessão extraordinária da Câmara Municipal de Mossoró. Em pauta, apreciação/votação de dois projetos encaminhados pela prefeita Rosalba Ciarlini (PP).

Mas anote ai, por favor: outra sessão extraordinária poderá ser “engatada” para votar matéria mais delicada – majoração das tarifas de ônibus urbanos.

Na sessão previamente convocada pela presidente desse poder, Izabel Montenegro (MDB), Projeto de Lei Complementar n º 142/2019 reestrutura a carreira do auditor fiscal de tributos municipais, reduzindo quadros e remuneração.

O segundo item da pauta é o Projeto de Lei Ordinária nº 1.231/2019, que doa terreno público à Paróquia Menino Jesus.

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segunda-feira - 30/12/2019 - 08:00h
Recursos

RN e municípios receberão amanhã créditos da cessão onerosa

Recebeu o restante de R$ 69,96 bilhões referentes ao direito de exploração do excedente da cessão onerosa de duas áreas arrematadas no leilão do pré-sal, realizado em novembro.

Cessão onerosa determina que recursos do pré-sal sejam distribuídos entre União, estados e municípios (Foto: Arquivo/Agência Brasil/)

Do total, R$ 11,73 bilhões serão repassados a Estados e municípios nesta segunda-feira (30), estando disponíveis na terça-feira (31) nos caixas dos entes subnacionais – estados e municípios.

As prefeituras do RN receberão, cumulativamente, R$ 131.543.354,89 (cento e trinta e um milhões, quinhentos e quarenta e três mil, trezentos e cinquenta e quatro reais e oitenta e nove centavos).

Natal, por exemplo, terá crédito de 16.351.381,25.

Já Mossoró vai receber R$ 4.820.247,96.

Veja AQUI quanto cada município do RN receberá.

Entenda AQUI o que é “cessão onerosa”.

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segunda-feira - 30/12/2019 - 07:12h
Enfoque Político

Blog Carlos Santos e Phabiano Santos estarão com Saulo Vale

Phabiano e o editor do BCS estarão com Saulo Vale (Foto: pessoal)

O programa Enfoque Político recebe nesta segunda-feira (30), o jornalista Carlos Santos (Blog Carlos Santos) e o publicitário Phabiano Santos, para uma retrospectiva dos principais acontecimentos políticos de 2019.

Na pauta, análises das conjunturas políticas local, estadual e federal.

O programa é ancorado pelo jornalista Saulo Vale e vai ao ar às 18h45, na Super TV – canal 14.1 da TV aberta em Mossoró e 173 do sistema cabo Brisanet.

Também é transmitido ao vivo pela Fanpage: facebook.com/supertvhd.

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segunda-feira - 30/12/2019 - 06:36h
Em Parnamirim

Morre o ex-deputado e apresentador de TV Paulo Wagner

Do Blog do BG

Faleceu em Parnamirim por volta das 23h, desse domingo (29), o ex-vereador, ex-deputado federal, radialista e apresentador de TV Paulo Wagner, 57.

Ele sofreu infarto fulminante em seu apartamento em Pirangi.

Paulo Wagner nasceu em Areia Branca e começou atividades profissionais em Mossoró (Foto: Facebook)

Segundo fontes do Blog do BG, Paulinho, como era mais conhecido, havia feito recentes exames de saúde, mas nada de anormal foi observado no coração. O velório está em andamento no cemitério Morada da Paz e o sepultamento será amanhã, às 18 horas.

O corpo do ex-apresentador será cremado, conforme sua vontade.

Paulo Wagner Leite Dantas nasceu no município de Areia Branca no dia 19 de julho de 1962. Radialista e apresentador de televisão, começou sua carreira em Mossoró, nas rádios Difusora e Libertadora. Também foi editor de polícia nos jornais Gazeta do Oeste e O Mossoroense.

Popularidade

Em 1993, passou a trabalhar na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no Rio Grande do Norte, e tornou-se apresentador cinco anos depois. Seu programa “Patrulha da Cidade” ganhou grande popularidade. Em 2005, iniciou o curso de Direito na Universidade Potiguar de Natal – formando-se em 2010 – e, em 2008, resolveu ingressar na política.

Filiado ao Partido Verde (PV), candidatou-se à Câmara Municipal de Natal, sendo eleito com, aproximadamente, 14 mil votos, como o vereador mais votado. Dois anos depois, pelo mesmo partido, candidatou-se a deputado federal, sendo novamente eleito com cerca de 50 mil votos.

Nota do Blog Carlos Santos – Nossa solidariedade à sua família. Conheci e fomos companheiros de trabalho em Mossoró. Figura espirituosíssima, sempre bem-humorada, com uma enorme capacidade de fazer amizades. Irmão de tantas outras pessoas queridas, entre elas o radialista George Wagner – falecido este ano (veja AQUI).

Também faz falta o ex-vereador areia-branquense Cleodon Bezerra, tio de Paulo e de George (veja AQUI), falecido em fevereiro deste ano.

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domingo - 29/12/2019 - 23:58h

Pensando bem…

“Você tem que aprender a levantar-se da mesa quando o amor não estiver mais sendo servido”.

Nina Simone

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domingo - 29/12/2019 - 22:50h
Futebol

ABC e América vencem amistosos contra paraibanos

ABC venceu jogando em casa (Foto: Luciano Marcos)

Do Globo Esporte

O ABC recebeu o Botafogo-PB na tarde deste domingo (29), no CT Alberi Ferreira de Matos. O amistoso foi vencido pela equipe natalense por 2 a 1, com gols de Cedric e Felipe Manoel, ainda no primeiro tempo.

No segundo tempo, o time paraibano foi em busca do empate, mas conseguiu apenas diminuir a vantagem da equipe potiguar, com gol de Mário Sérgio.

Para o ABC, acabaram os testes. Agora é tudo valendo, a começar pelo próximo domingo, quando encara o Globo FC, no Estádio Frasqueirão.

América vence novamente

Mais uma vitória do América-RN. Se o time potiguar já tinha se dado bem no primeiro dos dois amistosos contra o Campinense, no último dia 21, nesse sábado (28) reservou mais um êxito da equipe alvirrubra.

Vitória simples, por 1 a 0, no Estádio Renatão em Campina Grande-PB, com gol de Tiago Orobó.

O próximo compromisso do América-RN será para valer. É que o Campeonato Potiguar vai ter seu o seu início no próximo dia 5. O Alvirrubro vai estrear contra o Força e Luz, na Arena América, em Parnamirim, às 15h30.

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  • Repet
domingo - 29/12/2019 - 20:22h
País de Mossoró

Rosalba contrata quase R$ 4 milhões sem licitação (mais uma)

Por Magnos Alves (Portal do Oeste)

O festival de contratos milionários sem licitação da gestão Rosalba Ciarlini (PP) não para. A contratação mais recente, publicada no Jornal Oficial do Município (JOM) do dia 27 de dezembro, é de uma empresa do município de Parnamirim.

De acordo com dados do JOM, a Prefeitura de Mossoró contratou a empresa Estratégica Serviços e Representações EIRELI pelo valor de R$ 3.759.624,42 (três milhões, setecentos e cinquenta e nove mil, seiscentos e vinte e quatro reais e quarenta e dois centavos) para prestar “serviços de mão de obra especializada para a Prefeitura de Mossoró objetivando assegurar a continuação dos serviços de ASG, Contínuos, Digitador, Motoristas de Pequeno e Grande Porte, Recepcionista, Supervisor, Eletricista e Operador de Frota”.

O contrato sem licitação tem duração de apenas 180 dias, de 23/12/2019 a 20/06/2020, e vai custar R$ 626.604,07 por mês aos cofres do Município.

A publicação no JOM não informa a quantidade de pessoas a serem absorvidas pela empresa de Parnamirim.

Nota do Blog Carlos Santos – O autor da matéria sublinha estranheza com “festival de contratos milionários sem licitação”.

Estranho mesmo é que essa sequência espantosa aconteça à porta de nova eleição e numa gestão que se vende como “organizada”.

Estranho, também, que não ocorra nada para barrar essa anomalia. Realmente, Mossoró é um país à parte.

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domingo - 29/12/2019 - 10:10h

Por um financiamento público do jornalismo

Por Esdras Marchezan

Instrumento crucial à sobrevivência e fortalecimento da democracia em qualquer sociedade, o jornalismo é, acima de tudo, um serviço público compromissado com o bem informar à população, sobre fatos e acontecimentos que impactam no cotidiano, e sobre as consequências na vida de cada cidadão.

No modelo industrial adotado no Brasil, com o jornalismo vinculado e dependente de empresas interessadas na informação como mercadoria, este compromisso é, vez ou outra, atravessado por interesses e cenários econômicos e políticos, que vão definindo o tempo de vida deste perfil mercantilista do uso do jornalismo. Reféns de toda esta engrenagem: os jornalistas. Trabalhadores como qualquer um, que precisam de uma renda econômica para sobreviver.Chega de hipocrisia. Jornalismo sério se faz com amor. Mas custa caro, e alguém tem que pagar por isso.

As crises econômicas que sucederam-se nos últimos anos em diversos países, inclusive no Brasil, junto à quebra das estruturas econômicas promovida também pelo avanço da internet e de gigantes nascidas a partir dela, como Google e Facebook, jogaram os modelos tradicionais de negócio do jornalismo numa espécie de ostracismo.

Com isso, as pessoas passaram a contar com menos veículos estruturados de informação, e os jornalistas com menos oportunidades de emprego. Do outro lado, redes de notícias falsas se proliferam todos os dias nos grupos de Whatsapp. A epidemia cresce e falta investimento para fortalecer a vacina contra ela.

Enquanto as grandes corporações de mídia buscam uma reinvenção que caiba em suas receitas – muito reduzidas em comparação ao que faturavam há uma década – e demitem cada vez mais empregados, pequenos jornais, rádios e TVs fecham aos montes, principalmente no interior do país.

Numa trincheira de resistência, iniciativas independentes de jornalismo tentam se firmarem como novos modelos de negócio, mais próximos do jornalismo local, mas dependendo ainda de doações e assinaturas do público, de recursos de ONGs internacionais e também do tradicional modelo de verbas publicitárias.

Neste momento, cabe a pergunta: a quem interessa um jornalismo forte, justo e leal ao espírito público e democrático?
Eu responderia: ao povo. Povo, no sentido mais importante da palavra. Como representante e peça vital de uma nação democrática.

Neste aspecto, é chegada a hora de pensar num modelo de jornalismo público, financiado pelo Estado e pelas pessoas. Não apenas financiado, mas feito e fiscalizado também pela sociedade civil.

Aos que estranham a proposta, falamos aqui de um modelo já executado em algumas das principais democracias do mundo. Modelos como a BBC, mantida pelo estado e pelo povo britânico. Portugal, Alemanha e Suíça também têm suas experiências de êxito. No Brasil, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) é nosso exemplo mais importante.

O debate não é novo, inclusive já tendo resultado numa proposta de Fundo Nacional de Comunicação Pública, na Câmara dos Deputados. Mas, estagnado, necessita de retomada.

Um debate que deve ser tratado em todas as esferas. No país, nos estados, e nos municípios. Nada impede que cada estado e município coloque a comunicação pública como pauta, independente do ritmo que esta discussão seja tratada na esfera federal. Comunicação pública, não comunicação estatal.

Numa cidade como Mossoró, com sua história diretamente ligada ao surgimento de importantes jornais, e com um cenário recente marcado pelo fechamento de quase todos eles, faz-se necessária esta discussão.

Num estado como o Rio Grande do Norte, com três cursos superiores de jornalismo (UERN/UFRN/UnP) formando uma gama de profissionais todos os anos, e tendo um dos cursos (Jornalismo/UERN) como o de melhor desempenho entre todas as universidades públicas do país na avaliação INEP/MEC 2018, é urgente este debate como política de Estado.

Ao povo cabe o direito a um jornalismo público, sério e bem feito, e o dever de cobrar que instrumentos públicos tornem isso possível. É preciso saber que não adianta cobrar por um jornalismo de qualidade se você não está disposto a lutar pela sobrevivência dele.

Esdras Marchezan é jornalista, professor do curso de Jornalismo da Uern e subchefe de Gabinete da Reitoria dessa mesma instituição

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domingo - 29/12/2019 - 09:00h
Vida

A família está à mesa em sua melhor terapia

Estudos associam a oportunidade de fazer refeições juntos com melhorias na saúde física e mental

Por Anna Fishel (Tradução de Cecilia Inamura para o portal Nexo)

Como terapeuta familiar, eu frequentemente tenho o impulso de instruir famílias a irem para casa e jantarem juntas, ao invés de passar uma hora comigo. E 20 anos de pesquisa na América do Norte, Europa e Austrália fundamentam o meu entusiasmo por refeições em família.

Sentar para uma refeição noturna é ótimo para a mente, o corpo e o espírito. E aquele jantar não precisa ser uma refeição elaborada que demorou três horas para ficar pronta, nem precisa ser feita com ingredientes orgânicos como rúcula ou pastinaga.

Um hábito que vai muito além do que está à mesa, mas sobretudo cria e fortalece laços (Foto: reprodução)

Para começo de conversa, pesquisadores descobriram que, para crianças, a conversa da hora do jantar enriquece o vocabulário mais do que a leitura em voz alta. Os pesquisadores contaram o número de palavras raras — não encontradas em uma lista das 3 mil palavras mais comuns — que as famílias usavam durantes as conversas na hora do jantar.

Crianças mais novas aprenderam 1.000 palavras raras na mesa de jantar, comparadas a apenas 143 com pais lendo histórias em voz alta. Crianças com um vocabulário mais amplo começaram a ler mais cedo e com mais facilidade.

Crianças mais velhas também colhem benefícios intelectuais de refeições em família. Para aquelas em idade escolar, a hora da refeição é um preditor de alto rendimento mais significativo do que o tempo passado na escola, fazendo lição de casa, esportes, ou arte.

Outros pesquisadores reportaram uma associação consistente entre a frequência de jantares em família e o desempenho acadêmico de adolescentes. Adolescentes que faziam refeições em família de cinco a sete vezes por semana eram duas vezes mais propensos a tirar notas boas na escola do que aqueles que jantavam com a família menos de duas vezes por semana.

Faz bem para o corpo

Crianças que comem regularmente com a família também consomem mais frutas, vegetais, vitaminas e micronutrientes, assim como menos frituras e refrigerantes. E os benefícios nutricionais se mantêm mesmo depois que as crianças crescem: jovens adultos que faziam refeições em família na adolescência são menos propensos à obesidade e mais propensos a comer de forma saudável quando vão morar sozinhos.

Algumas pesquisas até encontraram uma conexão entre a regularidade de refeições em família e a redução de sintomas de problemas de saúde, como a asma. O benefício pode se dever a dois possíveis resultados das refeições em família: níveis de ansiedade mais baixos e a oportunidade de checar se a criança está tomando os remédios.

Não é só a presença de alimentos saudáveis que leva a todos esses benefícios. A atmosfera do jantar também é importante. Os pais devem ser acolhedores e engajados, ao invés de controladores e restritivos, para encorajar a alimentação saudável dos seus filhos.

Mas tudo isso não se aplica se a televisão está ligada durante o jantar. Em um estudo, crianças americanas do jardim de infância que assistiam à televisão durante o jantar eram mais propensas a estar fora do peso até a terceira série. A associação entre assistir à televisão durante o jantar e sobrepeso em crianças também foi observada na Suécia, na Finlândia e em Portugal.

Comida para a alma

Além disso, um conjunto de estudos relaciona refeições em família com a diminuição de uma série de comportamentos adolescentes de alto risco que os pais temem: fumar, beber excessivamente, uso de maconha, violência, problemas escolares, transtornos alimentares e atividade sexual. Em um estudo com mais de 5.000 adolescentes do estado americano de Minnesota, pesquisadores concluíram que a regularidade de refeições em família estava associada a menores taxas de depressão e pensamentos suicidas.

Em um estudo muito recente, crianças que foram vítimas de cyberbullying reagiam com mais prontidão se costumavam comer com as suas famílias. Jantares em família foram indicados como um impedimento a comportamentos de risco mais poderoso do que presença na igreja ou boas notas.

Também existem associações entre a regularidade de refeições em família e bom comportamento, não apenas a falta de comportamentos ruins. Em um estudo na Nova Zelândia, uma frequência mais alta de refeições em família estava fortemente associada a bom humor em adolescentes.

Similarmente, outros pesquisadores demonstraram que adolescentes que jantam regularmente com as suas famílias também têm uma visão mais positiva do futuro, comparados aos seus pares que não comem com os pais.

O que tem de tão mágico nas refeições?

Na maior parte dos países industrializados, as famílias não fazem o cultivo, tocam instrumentos ou costuram colchas na varanda juntas. Então, o jantar é a forma mais confiável de familiares se conectarem e descobrirem o que está acontecendo com cada um. Em uma pesquisa, foi perguntado a adolescentes americanos quando era mais provável que eles conversassem com os seus pais: o jantar foi a resposta vencedora.

Crianças que jantam com os pais sofrem menos estresse e têm relacionamento melhor com eles. A conexão diária durante as refeições é como um cinto de segurança para viajar pelas esburacadas estradas da infância e da adolescência, com todos os seus comportamentos de risco possíveis.
É claro que o verdadeiro poder das refeições está na sua qualidade interpessoal. Se os membros da família sentam em silêncio, se os pais gritam um com o outro ou repreendem seus filhos, os jantares em família não renderão resultados positivos.

Dividir um frango assado não vai transformar magicamente as relações entre pais e filhos. No entanto, o jantar pode ser o momento do dia em que pais e filhos podem compartilhar uma experiência positiva — uma refeição bem preparada, uma piada, uma história —, e esses pequenos momentos podem preparar o terreno para a criação de conexões mais fortes longe da mesa.

Anne Fishel é autora de “Home for Dinner” (“Em casa para o jantar”, em tradução livre) e professora associada de psicologia da Universidade de Harvard (EUA)

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domingo - 29/12/2019 - 08:20h

Desabafo

Por Inácio Augusto de Almeida

Ah, minha cara amiga. Ah, minha adorável e paciente amiga.

E você me viu neste banco de praça.

E viu o meu desânimo.

É que tem dia que bate uma dor mais doída, daquela que vai cortando devagarzinho, moendo, como se estivesse nos esmagando com prazer, sadicamente. Dor que nos vai transformando num sei lá, como se somente o vazio ficasse dentro de nós.

E sentimos o cansaço da vida, a revolta dos julgamentos em que a defesa foi negada. Somente um gosto amargo fica em nossa boca.Talvez estejamos cansados do caminhar sem norte. Ou, talvez, quem sabe, tornou-se entediante o eterno assistir ao crescimento dos maus.

E por que isto sempre acontece? Por que o final é sempre o mesmo?

Atente minha cara amiga, atente para o fato dos maus sempre agirem em bando, enquanto que o bom sempre está sozinho, isolado.

Veja os super-heróis, minha amiga. Sempre sozinhos. Ah, o Batman e o Robin? Certo, mas viu o que os maus falam da dupla dinâmica?…

A realidade é que os maus se unem contra o bom. E os bons não se unem para combater o mau. Não, não estou me referindo à eterna luta entre o bem e o mal, não, não. Falo da silenciosa, às vezes, nem tanto silenciosa guerra não declarada dos maus contra o bom. Bom, sim, pois os maus na sua grande covardia selecionam os bons um a um, para destruí-los.

Com toda a certeza inspiram-se nas hienas. Talvez por isto vivam sempre a mostrar os dentes, como se estivessem rindo.

E assim vamos indo, buscando consolo na religião ou fantasiando a realidade, sonhando com um ajuste de contas que, sabemos, jamais acontecerá.

Na televisão mostram um assaltante de celular. Um tipo cuja imagem deixa claro tratar-se de uma vítima do nanismo famélico. E durante mais de 80 segundos este assunto, assalto de um celular é mostrado de forma debochada pelo apresentador do telejornal.

Engraçado, este mesmo telejornal nunca falou nada do caso dos corruptos, que condenados por peculato e corrupção, recorreram e conseguiram continuar exercendo cargos eletivos, fazendo licitações, votando leis e aprovando orçamentos.

E assim seguimos nós, assistindo a este eterno crescimento dos que se locupletam, dos que se cevam com o dinheiro arrancado sob a forma de impostos de um povo que não tem o que comer.

Será minha amiga, que Deus tirou umas longas e merecidas férias?

Será?

Inácio Augusto de Almeida é jornalista e escritor

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domingo - 29/12/2019 - 07:42h

Pacote Anticrime – avanços e retrocessos

Por Odemirton Filho

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou o chamado pacote anticrime (Lei 13.964/19) após muita discussão no âmbito do Congresso Nacional.

Referida lei trouxe aspectos inovadores que, segundo a norma, aperfeiçoa a legislação penal e processual penal vigente.

Entre os vários pontos que entrarão em vigor podemos destacar:

O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade que passou a ser até 40 (quarenta) anos e a legítima defesa exercida pelo agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes.Tem-se, ainda, a cadeia de custódia que vem a ser o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.

Uma inovação que vem merecendo críticas por parte de alguns juristas é a nova redação do artigo que prevê a prisão preventiva, o qual diz que a prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

Alegam, em apertada síntese, que dificultará a prisão cautelar, haja vista a previsão no final do artigo de “perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado”.

Destaque-se, ainda, que a apelação interposta contra decisão condenatória do Tribunal do Júri a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão não terá efeito suspensivo, ou seja, o condenado poderá recorrer, mas deverá ser recolhido à prisão, se já não o estiver.

Assim, mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará a execução provisória das penas, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos.

Em relação à progressão de regime houve um endurecimento para que o apenado possa ir a regime menos grave.

Com isso, a pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos, entre outras hipóteses, 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional.

Em todos os casos, segundo a norma, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.

Ademais, não terá direito à saída temporária o condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo com resultado morte.

No que diz respeito ao acordo de colaboração premiada, o colaborador deve narrar todos os fatos ilícitos para os quais concorreu e que tenham relação direta com os fatos investigados.

Incumbe à defesa instruir a proposta de colaboração e os anexos com os fatos adequadamente descritos, com todas as suas circunstâncias, indicando as provas e os elementos de corroboração.

Houve, outrossim, a instituição do acordo de não persecução penal.

Desse modo, não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante condições ajustadas.

Por outro lado, a maior crítica em relação à Lei diz respeito ao “juiz das garantias”.

O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário.

Caberá ao magistrado investido nessa função, por exemplo, receber a comunicação imediata da prisão; zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja conduzido à sua presença, a qualquer tempo; decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, entre outras atribuições.

Algumas Associações de Magistrados e Procuradores já se manifestaram contra o juiz das garantias, porquanto, segundo eles, além de outras críticas, dificultará o procedimento do processo penal, diante da carência de juízes para assumirem tal função, retardando, ainda mais, a prestação jurisdicional.

Cabe salientar que, recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento.

Destarte, teremos um juiz na fase de investigação e outro na fase processual.

O fato é que o pacote anticrime veio a atender um anseio da sociedade que está cansada do alto nível de criminalidade que estamos enfrentando no Brasil.

Há, com efeito, avanços e, talvez, retrocessos. Mas a sociedade brasileira quer uma resposta eficaz no combate à criminalidade.

Portanto, esperemos que a nova Lei tenha eficácia social, surtindo o efeito esperado, há tempos, pela sociedade.

Aproveito o ensejo para desejar ao dileto leitor um feliz 2020.

Que tenhamos, em todos os aspectos, dias melhores.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 29/12/2019 - 06:30h

Punição e prisão para quem mesmo?

Por Roncalli Guimarães

De acordo com o jurista Miguel Reale, “aos olhos do homem comum o direito é lei e ordem, o conjunto de regras obrigatórias que garantem a paz social”. Partindo desse princípio da visão do homem comum, começo a vislumbrar a necessidade da interferência de outras ciências como uma interdisciplinaridade ou multidisciplinaridade no efeito da jurisprudência.

Como cidadãos comuns costumamos enxergar a prisão de pessoas que cometem crimes como castigo, sem, no entanto, questionar os reais motivos que levaram alguém a praticar um crime, ou seja, o ambiente do indivíduo.O filósofo Michel Foucault na sua obra “Vigiar e Punir” descreve: “O que começa a se esboçar agora é uma modulação que se refere ao próprio infrator, à sua natureza, seu modo de vida e de pensar, a seu passado, à qualidade e não mais à intuição de sua vontade”.

As estatísticas são claras: a esmagadora maioria dos crimes são praticados por pessoas de classe social menos favorecidas, dados do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) de 2014, 61,7% dos encarcerados são pretos ou pardos, 75% tem até o ensino fundamental completo. Esses dados isolados por si só poderiam gerar discussões mais aprofundadas.

Hoje, com o avanço do conhecimento cientifico podemos perceber claramente a interferência de fatores ambientais no comportamento humano, uso de álcool e outras drogas na gravidez, núcleo familiar violento e privações sociais na infância estão entre os fatores que favorecem esse quadro.

A espécie humana não nasceu pronta como outros mamíferos. Um potrinho nasce, mama sozinho e praticamente no outro dia anda, acompanha a mãe e segue sua vida. Nós humanos somos diferentes, dependemos totalmente dos cuidados de outras pessoas para sobrevivência e somos a espécie que tem a infância mais longa e boa parte dela com essa necessidade de cuidados.

Portanto mesmo com a determinação genética, a espécie humana constrói seu comportamento também com a experiência. Não quis dizer com isso que simplesmente não vamos punir os que cometem crimes, porém precisamos de uma avaliação prospectiva das sentenças e possibilidades reais de reabilitação.

O cérebro humano está sujeito ao fenômeno da plasticidade neuronal. Isso quer dizer que pessoas podem se transformar, dependendo dos estímulos que recebe.

Hoje trabalhando com menores infratores. Percebo que suas histórias são semelhantes: miséria e hostilidade estão quase sempre presentes. A impressão que passa é que eles são punidos bem antes das sentenças judiciais; são punidos simplesmente por terem nascido.

Parafraseando o conceito do grande jurista Miguel Reale, a visão comum sobre direito deveria ser a punição justa e exemplar para quem comete crimes como tráfico de influência, peculato, rachadinhas e lavagem de dinheiro, esses sim parecem estar acima da lei e da ordem e prejudicam verdadeiramente a paz social.

Roncalli Guimarães é médico Psiquiatra do Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Drogas CAPS AD II – Mossoró

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  • Repet
sábado - 28/12/2019 - 23:58h

Pensando bem…

“O mal é de si próprio algoz”.

Xavier Maistre

 

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sábado - 28/12/2019 - 20:14h
Muitos milhões

Previ cobra e não recebe dívida da Prefeitura de Mossoró

Elviro: cobrar, cobra (Foto: TCM)

Do Blog Carol Ribeiro

“Tenho cobrado insistentemente. Não me sinto confortável em presidir o Previ com essa situação”. Quem disse isso foi Elviro Rebouças, presidente do Instituto Municipal de Previdência Social dos Servidores de Mossoró (Previ-Mossoró), em participação no programa Cenário Político (TCM Telecom) desta sexta-feira (27).

O economista afirmou que a Prefeitura de Mossoró continua acumulando, desde a gestão anterior, dívida referente à cota patronal de repasses aos Instituto de Previdência do Município e a dívida já passa de R$ 25 milhões.

Segundo Elviro, a crise econômica é a justificativa para o problema.

“A folha de pagamento vem solvendo todo o recurso da municipalidade”, disse.

Nota do Blog Carol Ribeiro – Depois de tecer elogios à prefeita, o entrevistado informou que Rosalba garante que no próximo dia 30, com repasses da cessão onerosa ao município, deverá repassar o valor para a PREVI. No entanto, os cerca de R$ 5 milhões que o município tem a receber só quita um quinto da dívida.

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Categoria(s): Administração Pública / Política
  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
sábado - 28/12/2019 - 18:30h
Governo do Estado

Retirada orçamentária da Uern à Comunicação causa polêmica

Decreto nº 29.407/19, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) – veja AQUI, remanejou a quantia de R$ 5.992.482,69 para a Assessoria de Comunicação Social (ASSECOM).

Desse montante, R$ 1.350.000,00 foram deslocados da Universidade do Estado do RN (UERN).

O assunto causa enorme celeuma nas redes sociais e outros campos de discussões.

Mas segundo se manifesta a própria Uern, essa movimentação é um procedimento meramente técnico-orçamentário, que não se confunde com recursos financeiros.

“Esse remanejamento é orçamentário. Sempre ao final do ano os governos costumam fazer este procedimento. Neste caso, em específico, o remanejamento foi em parte do orçamento que a Uern já não dispunha dele, devido o decreto estadual que limitou as cotas financeiras de alguns órgãos, entre eles a Fuern”, informa Esdras Marchezan, subchefe de Gabinete da Reitoria.

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Categoria(s): Administração Pública
sábado - 28/12/2019 - 17:46h
Violência

Coronel da PM é morto em tentativa de assalto em Natal

O coronel “Nunes” (Francildo de Souza Nunes), da reserva da Polícia Militar do RN, morreu à tarde deste sábado (28) no interior da loja Shokante (R. Princesa Isabel, 603 – Cidade Alta, Natal – RN).

Coronel Nunes estava no interior da loja (Foto: reprodução)

Foi baleado por um assaltante.

Ele ainda chegou a ser socorrido, mas teve constatação de óbito antes de receber atendimento hospitalar.

Outra pessoa saiu ferida no mesmo caso.

O bandido fugiu do local após atirar contra o militar, sem a princípio levar nada da loja de confecções.

Informações ainda desencontradas

As primeiras informações sobre o caso ainda são muito desencontradas. Uma das versões indica que o assassino teria identificado que Nunes estaria armado, tendo decisão súbita.

Outra, aponta para hipótese da vítima ter tentado reagir à abordagem na loja e fora fuzilado.

O coronel Nunes era irmão do ex-procurador geral do Estado Francisco Nunes.

P.S – 07h34 – 29-12-19 – O assaltante Francisco Acson da Silva, 28, conhecido no submundo como “Ureia”, foi morto no sábado, após confronto com a polícia, em Macaíba. Polícia procura outro – ou outros – comparsa que participou do crime no centro de Natal. O bandido usava tornozeleira eletrônica e integrava facção criminosa que atua no estado.

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia
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