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segunda-feira - 19/02/2024 - 12:48h
Mossoró

Começa nesta segunda-feira vacinação contra dengue

Atendimento com vacina segue protocolo definido pelo Ministério da Saúde (Foto ilustrativa)

Atendimento com vacina segue protocolo definido pelo Ministério da Saúde (Foto ilustrativa)

A Prefeitura de Mossoró começa nesta segunda-feira (19), o processo de imunização contra a dengue. Nesta primeira fase, seguindo orientações do Ministério da Saúde, a campanha de vacinação contempla crianças de 10 e 11 anos de idade.

Na fase inicial da campanha, as vacinas às crianças que compõem o público-alvo serão disponibilizadas em unidades básicas de saúde que funcionarão como polos de imunização. Serão 10 unidades em diferentes bairros e regiões da cidade para atender à população.

As Unidades Básicas de Saúde polos são: Centro Clínico Edgard Bularmaqui (Centro); UBS Dr. Chico Costa (Santo Antônio);  UBS Dr. Lucas Benjamin (Abolição III); UBS Dr. Cid Salém (Abolição IV); UBS Chico Porto (Ouro Negro); UBS Raimundo Renê (Boa Vista); UBS Dr. José Leão (Alto da Conceição); UBS Maria Soares da Costa (Alto de São Manoel); UBS Vereador Layhre Rosado (Alto de Sumaré) ; UBS Dr. Epitácio da Costa Carvalho (Pintos).

O funcionamento das unidades acontecerá das 7h às 11h e das 13h às 17h. Os pais e responsáveis pelas crianças devem apresentar documento que comprove residência no município de Mossoró.

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Categoria(s): Saúde
segunda-feira - 19/02/2024 - 11:32h
Diocese de Mossoró

Veja como foi a Posse Canônica de Dom Francisco

Veja – em dois vídeos curtos – um resumo de como foi a posse de Dom Francisco de Sales Alencar Batista como sétimo bispo da Diocese de Mossoró, em liturgia ocorrida no sábado (17), no adro da Catedral de Santa Luzia.

Dom Francisco foi saudado por autoridades do município e Estado, como prefeito Allyson Bezerra (UB) e
e governadora Fátima Bezerra (PT), além de vários religiosos.

Sua mãe, dona Francisca Noêmia, e dois irmãos, também estiveram nesse acontecimento marcante. Dona Noêmia recebeu da Diocese, por manifestação do pároco da Catedral, padre Flávio Augusto Forte Melo, réplica da imagem de Santa Luzia, padroeira mossoroense e santa da devoção dela.

Dom Francisco substitui Dom Mariano Manzana, bispo emérito de Mossoró. Manzana recebeu várias homenagens ao seu episcopado de 19 anos, como evangelizador e gestor da circunscrição eclesiástica que dirigiu.

📽️ Primeiro vídeo @seja2hc @helitohonorato
@realizefilmes

📽️Segundo vídeo de @talitatelesj

Perfil

Dom Francisco é pernambucano da Ordem Carmelita (Foto: Arquivo)

Dom Francisco é pernambucano da Ordem Carmelita (Foto: Arquivo)

Sétimo bispo da Diocese de Mossoró, nomeado pelo Papa Francisco em 18 de novembro de 2023, enquanto exercia a função de Bispo de Cajazeiras no estado da Paraíba, Dom Francisco nasceu no dia 17 de abril de 1968 em Araripina-PE. Ele fez a profissão religiosa na Ordem dos Freis Carmelitas aos 24 de janeiro de 1988 e foi ordenado sacerdote em 29 de novembro de 1995.

Completou seus estudos de Filosofia no Instituto Salesiano de Filosofia (Insaf), em Olinda, e as de teologia na The Milltown of Theology and Philosophyde, Dublin, Irlanda.

Em seguida, obteve uma licenciatura em teologia espiritual no Pontifício Instituto de Espiritualidade Teresianum de Roma.

Até ser nomeado bispo da Diocese de Cajazeiras, em 2016, estava como Secretário-Geral da sua ordem, em Roma.

Cobertura completa

Veja abaixo a cobertura completa da posse canônica de Dom Francisco, em transmissão realizada ao vivo pela TV Cabo Mossoró (TCM Telecom):

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segunda-feira - 19/02/2024 - 10:48h
Sério problema

Lula compara Gaza ao Holocausto e cria crise diplomática

Presidente Lula fez declarações de péssimo eco no mundo (Foto: Ricardo Stuckert)

Presidente Lula fez declarações de péssimo eco no mundo (Foto: Ricardo Stuckert)

Do Canal Meio e outras fontes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) azedou ainda mais as relações com Israel e com a comunidade judaica ao comparar a ação militar israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto, quando os nazistas mataram cerca de seis milhões de judeus, além de ciganos, homossexuais e diversos grupos vistos como inferiores.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou da 37ª Cúpula da União Africana. Ele também criticou a interrupção do financiamento por parte de países ricos à Agência da ONU para Refugiados (UNRWA), após acusações de que o órgão estaria colaborando com o grupo terrorista Hamas, responsável pelos ataques de 7 de outubro. (g1)

A comparação provocou uma onda de reações. Nas redes sociais, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que as declarações são “vergonhosas e graves” e acusou Lula de “cruzar uma linha vermelha” e contribuir para “banalizar o Holocausto”. Netanyahu disse que chamará o embaixador brasileiro no país “para uma dura conversa de repreensão”. O presidente de Israel, Isaac Herzog, fez questão de postar, em português, uma crítica ao brasileiro, classificando a fala como “distorção imoral da História”. Herzog pediu à comunidade internacional uma “condenação inequívoca” de Lula. (Globo)

Hamas agradece

Já o grupo terrorista Hamas usou o Telegram para dizer que Lula fez uma “descrição precisa” sobre o que se passa com o povo palestino e “revela a grandeza do crime sionista cometido com cobertura e apoio aberto do governo norte-americano” (Poder 360).

Progressistas judeus no Brasil que apoiaram Lula na eleição contra Jair Bolsonaro também o criticaram. O coletivo Judeus pela Democracia reclamou que o presidente reforça a ideia de que “os judeus de hoje são os nazistas do passado”. Já a Confederação Israelita do Brasil (Conib) divulgou nota acusando o presidente brasileiro de ofender “a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes” (Meio e CNN).

Guga Chacra: “Crimes de guerra claramente têm sido cometidos pelas forças israelenses na Faixa de Gaza. O presidente Lula, portanto, não estaria errado se questionasse e criticasse Israel por essas ações militares. Mas erra de maneira gravíssima ao comparar ao Holocausto. Nenhum líder do mundo árabe fez comparação similar até este momento para dar uma dimensão da gravidade. Essa declaração do governante brasileiro pode sim ser vista como antissemita.” (Globo)

Nota do BCS – O diálogo ampliado que o presidente vinha tendo com o mundo, apesar de alguns senões, desaba em queda livre com esse episódio. E não será fácil remendar o que sua loquacidade produziu.

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segunda-feira - 19/02/2024 - 09:30h
É Fantástico!

Globo mostra falhas em Penitenciária Federal e fuga de presos

O Fantástico deste domingo (18) entrou com exclusividade na penitenciária de segurança máxima de Mossoró (RN), um presídio construído para receber alguns dos bandidos mais perigosos do país, mas que revelou fragilidades.

Os repórteres Paulo Renato Soares e Mohamed Saigg foram autorizados a entrar na unidade. No vídeo acima, é possível ver como é o interior das celas onde escaparam os dois fugitivos, e como os detentos conseguiram sair por um buraco na parede, descer pelo telhado, cortar a grade de arame do pátio e fugir sem serem notados.

A caçada aos criminosos começou no dia da fuga, quarta-feira (14). Hoje, segunda-feira (19), já são cinco dias de perseguição sem sucesso. O Fantástico também acompanhou as buscas noturnas da Polícia Federal e os sobrevoos da Polícia Rodoviária Federal durante o dia.

A penitenciária de segurança máxima, em Mossoró, ocupa uma área de 12 mil metros quadrados. A capacidade é pra 208 detentos, hoje tem pouco mais de 80, entre eles o traficante Fernandinho Beira Mar.

São quatro pavilhões de celas individuais, mais a área onde estão as 12 celas do isolamento – onde ficam os presos que cumprem pena no Regime Disciplinar Diferenciado, o RDD, o mais rígido dentro dos presídios federais.

A reportagem especial revelou, ainda, relatórios que anteciparam as falhas no sistema de segurança, mas que não chegaram a ser sanados, como o fato dezenas de câmeras apresentarem deficiências (veja AQUI).

Vídeo reproduzido do PH Tutoriais.

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domingo - 18/02/2024 - 23:52h

Pensando bem…

“Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança.”

Stephen Hawking

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domingo - 18/02/2024 - 23:48h
Nome empresarial

Empresário Abílio Diniz morre aos 87 anos em São Paulo

Do G1

Abílio era um dos maiores empresários brasileiros (Foto: Gabriela Bilô/Estadão)

Abílio era um dos maiores empresários brasileiros (Foto: Gabriela Bilô/Estadão)

O empresário Abílio Diniz morreu neste domingo, aos 87 anos, em São Paulo, vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite. Ao lado do pai, ele construiu o grupo Pão de Açúcar e comandou uma das maiores companhias de alimento do mundo.

Ele ficou internado por um mês no hospital Albert Einstein, na Zona Sul da capital paulista. Ele deixa cinco filhos, esposa, netos e bisnetos.

Filho de Valentim e Floripes, Abilio Diniz nasceu no bairro do Paraíso, na Zona Sul de São Paulo, em dezembro de 1936. Primeiro de seis filhos de uma família de origem portuguesa, viveu nos fundos de uma mercearia.

Em 1948, ainda menino, ajudou o pai na abertura de uma doceria, chamada Pão de Açúcar. Era o início da construção de um império em homenagem ao cartão-postal do Rio de Janeiro, primeira imagem que o pai avistou ao chegar ao Brasil de navio.

Formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Diniz pensou em se especializar nos Estados Unidos, mas o convite do pai falou mais alto, e em 1959, abriram a primeira loja do Pão de Açúcar, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, no coração de São Paulo.

No final dos anos 1960, já eram mais de 60 lojas em 17 cidades.

Em 1971, Diniz inaugurou o Jumbo, primeiro hipermercado do Brasil. Cinco anos depois, com empréstimo do BNDES, comprou a Eletroradiobraz, e seguiu comprando, crescendo e inovando.

Diniz também foi o primeiro a criar supermercado em shopping e a abrir suas lojas 24 horas. Foi um dos fundadores da associação brasileira de supermercados e foi um dos pioneiros na criação de programas de trainees do Brasil, uma maneira de recrutar e treinar talentos nos negócios.

Crises e recuperações

Mas um dos maiores líderes empresariais do país também conheceu crises e esteve no centro de conflitos. Por dez anos foi membro do conselho monetário nacional.

Em 1987, com o Pão de Açúcar e o país mergulhados em uma crise econômica, vendeu a sede imponente e voltou ao prédio onde tudo começou.

Em 1989, outro revés. Diniz foi sequestrado quando ia de carro para o trabalho e ficou uma semana nas mãos de sequestradores, nove estrangeiros e um brasileiro. A polícia descobriu o cativeiro, mas a libertação só ocorreu depois de uma longa negociação.

Em 1991, o Pão de Açúcar pagou as dívidas e deu lucro. Diniz se preparou para enfrentar gigantes do varejo internacional no Brasil. Em 1995, abriu o capital do Pão de Açúcar e, com dinheiro em caixa, voltou a comprar supermercados menores, até que encontrou um acionista internacional, o grupo francês Casino.

Depois, decidiu profissionalizar a administração do grupo e tirar os filhos da sucessão. Entrou no ramo de eletroeletrônicos pelo varejo e, depois de 54 anos, deixou o grupo Pão de Açúcar em 2013.

“É um dia muito importante hoje para mim e para minha família. É o dia em que estou passando o controle do grupo Pão de Açúcar para o grupo Casino”, disse na ocasião.

Abílio Diniz e o filho João Paulo falecido em 2022 (Foto: Reprodução)

Abílio Diniz e o filho João Paulo falecido em 2022 (Foto: Reprodução)

Depois, comandou a BRF – uma das maiores companhias de alimentos do mundo – e criou uma empresa de investimentos, que comprou ações do Carrefour.

Sempre esportista, foi tricampeão brasileiro de motonáutica, em 1970, e ganhou, com o irmão Alcides, as milhas de Interlagos. Com isso, criou um portal sobre hábitos saudáveis, que inspirou o livro “Caminhos e escolhas: o equilíbrio para uma vida mais feliz”.

Casado com Auriluce, teve quatro filhos: Ana Maria, João Paulo, Pedro Paulo e Adriana. Depois, do casamento com Geyse Marchesi, teve mais dois: Rafaela e Miguel.

Em 2022, perdeu o filho João Paulo, de 58 anos, vítima de um infarto, em Paraty, no Rio. Na ocasião, Diniz escreveu: “Toda vez que olho essa foto me emociono. Mais do que pai e filho, éramos quase irmãos, dois grandes amigos.”

Adepto da disciplina do esporte e da ousadia nos negócios, Abilio Diniz se tornou um dos mais importantes empresários brasileiros e dizia enxergar um futuro de grandeza e liderança também para o país.

“Esse país é muito grande, muito forte e não tenho dúvida nenhuma que nós vamos avançar”, disse em 2016.

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domingo - 18/02/2024 - 23:22h
Ricardo Lewandowski

Ministro garante que penitenciária voltou a ser “absolutamente segura”

Em passagem por Mossoró neste domingo (18), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, deu entrevista coletiva. Sabatinado pela imprensa, disse que a Penitenciária Federal de Mossoró voltou a ser “absolutamente segura.”

Sem detalhar como teria ocorrido essa mudança, após a fuga de dois presos, quarta-feira (14), ele falou ainda que não foi informado de qualquer problema na penitenciária. Relatórios oficiais divulgados pela imprensa, no fim de semana, apontaram que cerca de 160 câmeras estariam com deficiências, além de outras falhas na segurança (veja AQUI).

O ministro foi recebido pela governadora Fátima Bezerra (PT), prefeito Allyson Bezerra (UB) e outras autoridades.

Reuniu-se também com o comando das operações à captura dos dois fugitivos (Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento) e almoçou na cidade.

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domingo - 18/02/2024 - 12:34h

Uma receita ensaística

Por Marcelo Alves

Michel de Montaigne (Reprodução revista Cult)

Michel de Montaigne (Reprodução revista Cult)

Michel de Montaigne (1533-1592) é considerado o exemplo do intelectual moderno. Talvez tenha sido o primeiro da sua estirpe. Como bem define Carlos Eduardo Ortolan (em “Montaigne: um ensaísta refinado”, Cadernos EntreLivros 4 – Panorama da Literatura Francesa, 2007), ele foi um “cavalheiro elegante que, recluso em sua propriedade em Bordeaux e cercado por vasta biblioteca como um herói solitário do pensamento, produziu reflexões sobre os temas mais variados.

Montaigne forneceu o tom para o estudioso erudito, o trabalhador intelectual incansável, às voltas com a leitura e a redação de seus artigos”. Montaigne foi um sábio, no que de mais positivo possa ter essa palavra. Praticante da “epoché” do ceticismo clássico, a suspensão do juízo diante da antinomia de duas formulações igualmente razoáveis e fundamentadas, evitava, entre outras coisas, falar tolices.

E Montaigne foi – ou, melhor, é – o autor de uma obra considerada seminal das letras universais, “Os ensaios” (“Les Essais”, 1580), que tratam de quase tudo e que fundam um novo gênero literário. Como anota o citado Carlos Eduardo Ortolan, “uma breve vista de olhos por suas páginas nos brindará com um cortejo imenso, heterogêneo e vazado, no melhor estilo clássico de uma variedade de temas que faria inveja a qualquer enciclopédia moderna. (…) Esse é um dos encantos da obra: os ensaios podem ser lidos sem compromisso com uma ordem rígida, abertos ao acaso e fruídos em sua sabedoria e elegância, mesmo nos tempos atuais”.

Mas, a partir do exemplo de Montaigne, o que faz alguém ser um bom ensaísta? E, em tempos tão “líquidos”, que pedem textos mais curtos, o que faz um bom cronista/ensaísta? Existe uma receita para um “fino corte ensaístico”?

Certamente, ensaios/crônicas devem ser sistemáticos somente até certo ponto. Os textos, espalhados em jornais e revistas, ou mesmo reunidos em livro, podem possuir um ou mais núcleos temáticos, é verdade. Mas o que realmente importa é que eles sejam o resultado das reflexões mais íntimas do autor, das suas preferências na vida ou mesmo do momento, enfim, do seu estado anímico, quando ele, tinta e papel à mão, ou defronte a uma tela de computador, deixa fluir suas ideias e sua imaginação.

O ensaísta/cronista não deve cair na tentação da rigidez acadêmica, embora não deva abrir totalmente mão dos elementos indispensáveis a uma formulação de ideias fundamentada e crítica. Nesse ponto, basta ser sensato.

Ele deve ser informativo. Conhecer o mundo, as pessoas e as ideias. Mas deve ser também opinativo. Ter posição. Não precisa – aliás, não deve – ser extremista. O ensaísta/cronista deve ter a coragem de ser moderado.

Pode ser irônico, até sarcástico, mas na medida certa. A ironia oferece expressividade a qualquer discurso. E o riso, para desespero dos casmurros de hoje, nos une.

Por derradeiro, o ensaísta/cronista de gênio deve saber interpretar o mundo. Para além de saber das ideias, é necessário compreendê-las. Deve sobretudo descobrir e dizer o ainda não dito a partir daquilo que já foi dito. Mark Twain (1835-1910) certa vez disse algo como: “Não existe uma nova ideia. É impossível. Nós simplesmente pegamos um monte de ideias antigas e, então, as colocamos em um tipo de caleidoscópio mental”. E assegurava o revolucionário Picasso (1881-1973): “Bons artistas copiam, grandes artistas roubam”.

E, claro, o ensaísta/cronista deve concluir o seu raciocínio ou, pelo menos, sugerir alternativas coerentes de conclusão para o leitor. Pois essa é a minha receita de “fino corte ensaístico”. Que, confesso, copiei ou roubei, por partes, de muita gente.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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domingo - 18/02/2024 - 11:52h

O ano, finalmente, começou

Por Odemirton Filhocomeço de ano, promessa, sonho, início de ano, compromisso

Curti os dias de momo em casa. No bairro onde moro o silêncio era tanto que doíam os ouvidos. Nem os “ursos” desfilavam fantasiados pelas ruas nem os cachorros latiam. Pelo menos, durante o dia, os passarinhos animavam com o seu frevo, de modo que aproveitei para recarregar as baterias.

Pois bem, teremos mais uma oportunidade para buscar os nossos objetivos, uma vez que o ano, finalmente, começou. É momento de agir, levantar a cabeça e tentar concretizar aquilo que sonhamos. Cada um de nós tem um sonho, é claro. Vamos buscá-lo; seja qual for. Será fácil realizá-los? Certamente, não.

Talvez, você esteja pensando em cuidar mais da saúde ou, quem sabe, voltar a estudar, prestar um concurso público, buscar um novo emprego, empreender. Não importa. O importante é sonhar e, principalmente, lutar por aquilo que queremos.

Imagine o leitor e a leitora se não tivéssemos combustível para seguir em frente. Num mundo tão cheio de desamor, sonhar é necessário, pois alimenta a alma, dando-nos força para enfrentar os desafios que a vida nos impõe cotidianamente.

Fico a imaginar o sonho de milhões de pessoas mundo afora. Nas pessoas que estão no meio de guerras que ceifam milhares de vidas inocentes; creio que pedem somente um pouco de paz para viver e educar seus filhos. Penso nas crianças que querem ter o direito de brincar e gozar de uma infância feliz. Penso na mãe ou no pai de família que está desempregado e sonha com um trabalho; nos doentes que sonham com a plena recuperação de sua saúde.

Machado de Assis, o nosso maior escritor, disse em um de seus romances: (…) “Digo-lhe que faz mal, que é melhor, muito melhor contentar-se com a realidade; se ela não é brilhante como os sonhos, tem pelo menos a vantagem de existir”.

Entretanto, ouso discordar do bruxo do Cosme Velho e, dessa vez, acompanho o pensamento de Ariano Suassuna:

“O sonho é que leva a gente para a frente. Se a gente for seguir a razão, fica aquietado, acomodado”.

Acho que é por aí.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 18/02/2024 - 11:08h
Penitenciária Federal

Lula admite “conivência do sistema” em fuga de presos

Para o presidente Lula (PT), a fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró, na quarta-feira (14), “parece que teve a conivência do sistema lá dentro.”

Ele respondeu à pergunta da imprensa neste domingo (18), na Etiópia (África). Mas, ponderou que a apuração dos fatos vai esclarecer tudo.

Lula admitiu que preferia abordagens sobre sua viagem à África, mas depois aquiesceu e falou sobre a fuga e as possíveis falhas na penitenciária de ‘segurança máxima.’

Leia tambémPenitenciária Federal tem 160 câmeras defeituosas e outros problemas

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domingo - 18/02/2024 - 10:24h

A ascensão do repente com a força dos seus abnegados

Por Aldaci de França

Ilustração do G1

Ilustração do G1

“Desistir é a saída dos fracos, insistir é a vitória dos fortes…”

A cantoria surgiu no Brasil em meados do século XIX, precisamente na Serra do Teixeira, então distrito de Patos, atualmente município de Teixeira no sertão paraibano, onde também se preserva o gênero, o que não deveria ser diferente. Região é berço para os repentistas Agostinho Nunes da Costa e seus dois filhos, Ungolino do Sabugi e Nicandro.

Foram “os primeiros cantadores que se conhece,” conforme assegura Câmara Cascudo, em sua obra “Vaqueiros e Cantadores”. Ao considerarmos o viés da história, podemos conceber Agostinho Nunes da Costa, como o pai da poesia popular nordestina.

A partir daí, essa manifestação artística de cunho popular, teve sua expansão para o Vale do Pajeú e região no estado do Pernambuco, logo chegando aos vizinhos Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Nos demais estados nordestinos, esses eventos culturais têm acontecido com menos frequência, muito embora, o Estado do Piauí tenha presenteado o Nordeste do Brasil com o genial repentista Domingos da Fonseca, patrono da Casa do do Cantador de Fortaleza-CE.

Acrescente-se, que o Piauí tem se destacado com grandes Festivais Repentistas Nordestinos. Ocorrem anualmente em Teresina, fruto de uma idealização do abnegado professor Pedro Ribeiro.

O repente, ponto mais elevado da cantoria, vai ganhando corpo e notoriedade em virtude do empenho de nós poetas e promotores culturais, abnegados pela difusão da arte de cantar improvisando. Buscamos apoio cultural para realizarmos eventos do gênero na maioria das cidades e capitais nordestinas.  É justo afirmarmos que o Sudeste do país e a região central do Brasil tem tido a sua parcela de contribuição para com a difusão do repente.

Muitas cantorias acontecem em São Paulo-SP, em diversos bairros da capital e em algumas cidades paulistas, enquanto que no Rio de Janeiro, a Feira de São Cristóvão, reserva espaço para os repentistas locais e de regiões diversas do nosso país

No Distrito Federal, a Casa do Cantador, através dos seus dirigentes, como os repentistas Chico de Assis, João Santana e outros membro da entidade, promovem um valioso movimento cultural em prol de uma maior propagação do repente, uma vez que esses poetas se reúnem e elaboram propostas de cantorias para escolas e outros espaços culturais.

Em Mossoró, em uma parceria como Sinte e a Unimed, coordenei com o professor Josué Damasceno, o projeto Clube Poesia, idealizado pelo professor Crispiniano Neto, realizando Cantorias na cede do dessa entidade sindical do professorado do RN e no Clube Aceu da Universidade do Estado do RN (UERN), na década de 2000. Nesse ciclo aconteceram 23 cantorias, com repentistas locais e de outros estados.

No ano de 2001,  acatando uma boa ideia do pastor João Leandro, conseguimos inserir na programação do Mossoró Cidade Junina, o primeiro Festival de Repentistas do Nordeste, evento que em 2023 chegou a sua vigésima primeira edição (e estamos atualizando-o para a continuidade neste 2024 e em anos vindouros).

O nosso projeto, é, indubitavelmente, o que há de mais expressivo e legítimo no contexto da cultura popular e de raiz, até que nos provem o contrário. Porém, precisamos de mais visibilidade para que a nossa ação se torne mais abrangente com um alcance maior em quantidade.

Em Natal-RN, os poderes púbicos municipal e estadual, anualmente realizam eventos voltados para a difusão do repente, na Capitania das Artes e em outros espaços apropriados.

O repentista Antônio Lisboa, junto aos também poetas improvisadores Edmilson Ferreira, Rogério Meneses e Luciano Leonel, mobilizam bem o repente com a sua difusão em Recife-PE e região, exemplo seguido pelos repentistas Zé Cardoso e os Irmão Bessas, no Vale do Jaguaribe-CE, e pelo apologista e poeta Orlando Queiroz, na em Fortaleza. Sem esquecermos Iponax Vila Nova, em Campina Grande e região na Paraíba, com o seu brilhante trabalho pela valorização da poesia popular nordestina.

Há de se considerar que a realização dessas ações culturais, acontecem pela incansável luta de nós aguerridos e abnegados do repente, por levarmos aos poderes públicos, projetos bem elaborados para esse fim. É provável que sem a nossa insistência e persistência, esses tantos projetos culturais não tivessem acontecido com tanta frequência.

Não podemos deixar de ser gratos às instituições que se sensibilizam com a nossa causa cultural.

Seguimos em frente.

Aldaci de França é poeta repentista, escritor e coordenador dos Festivais de Repentistas do Nordeste no Mossoró Cidade Junina (MCJ)

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domingo - 18/02/2024 - 08:52h

Pósdromo carnavalesco

Por Bruno Ernesto

Foto do Blog Jair Sampaio

Foto do Blog Jair Sampaio

Um bom carnaval produz duas coisas: ressaca e boas histórias.

O sonho de todo estrangeiro é curtir o carnaval no Brasil.

O famoso carnaval de Caicó, com seus bloquinhos de rua, não poderia ficar de fora do desejo de um amigo meu italiano que resolveu passar um carnaval em Caicó.

Naquele longínquo carnaval, ele sendo um grande apreciador de boas farras, correu para o Brasil e disparou para Caicó na sexta-feira de carnaval.

Findo o carnaval, na Quarta-Feira de Cinzas aportou em Mossoró com o grupo de amigos que aproveitaram a folia em Caicó.

Quando chegou, eu estava na casa da minha mãe aguardando o almoço e fui recepcioná-lo, pois fazia tempo que não nos víamos.

Quando desceu do carro, me deu um abraço, falou do grande carnaval que aproveitou, da bebedeira e, lá pelas tantas, caqueou os bolsos atrás do telefone celular.

Entrou no carro que veio e revirou tudo atrás desse celular, e nada de achar o bendito celular.

Como um bom italiano, perdeu logo a paciência e passou a disparar toda sorte de xingamento e, gesticulando, disse que furtaram seu celular lá em Caicó.

Naquela situação, saquei meu celular do bolso e perguntei qual era o número do celular dele e tratei de ligar a fim de ver se alguém atenderia à ligação e, assim, talvez conseguisse reaver o aparelho telefônico.

Por sorte, alguém atendeu de imediato. Ele arrebatou meu celular da minha mão e passou a interrogar a pessoa no outro lado da linha.

Enfurecido, ressacado e cansado após 5 dias de farra, numa mistura de português e italiano, passou a dizer que tinha sido furtado, que foi vítima de um rapina e que ia denunciar para a polícia.

Como não sabia o que o outro interlocutor falava, eu só podia ver a reação do meu amigo, cada vez mais enfurecido.

Num certo momento ele disse gritando e gesticulando:

– Maluco? Não sou louco! Você que rapinou meu celular!

– Vou ligar para polícia! Você vai ser preso!

Após uns minutos dessa peleja, o meu amigo olhou indignado para mim e, com o telefone ainda no ouvido disse:

– Bruno, o cara desligou! Perdi o telefone!

A alegria do carnaval dele acabou ali.

Tentei consolá-lo dizendo que daríamos um jeito de arrumar outro telefone para ele usar enquanto estivesse no Brasil.

Lá para as tantas, ele pediu para ligar novamente para o número do celular dele.

Imaginei que ele quisesse negociar com o “rapina” e reaver o celular, e tratei de ligar novamente.

Dessa vez ninguém atendeu. Entretanto, um telefone tocava dentro de uma bolsa que estava na calçada.

Meu amigo, ainda com o meu telefone ao ouvido, se agachou e abriu a dita bolsa; enfiou a mão e sacou o celular dele.

Ele me olhou e pediu para conferir o número do telefone que havia ligado antes e, furioso, disse:

– Bruno, você ligou para o número errado na outra ligação!

– Por isso que o cara estava me chamando de louco!

– Estava chamando ele de ladrão, rapina, e ele não entendia!

Até hoje quando chega a Quarta-Feira de Cinzas lembramos dessa história e damos altas gaitadas.

Carnaval é carnaval.

Bruno Ernesto é professor, advogado e escritor

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domingo - 18/02/2024 - 07:48h
Relatório oficial

Penitenciária Federal tem 160 câmeras defeituosas e outros problemas

Do Poder 360 e BCS

Penitenciária Federal de Mossoró obedecerá ao SESUE (Foto oficial)

Penitenciária Federal de Mossoró se revela de segurança extremamente falha (Foto oficial)

Um relatório interno da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) mostra que ao menos 160 câmeras de segurança do presídio estão danificadas ou com a qualidade da imagem ruim. Esse era o mesmo número de equipamentos defeituosos na madrugada de 4ª feira (14.fev.2024), quando 2 detentos fugiram da prisão. É a 1ª fuga do sistema penitenciário federal desde a sua criação, em 2006.

“O sistema de monitoramento eletrônico opera em capacidade muito reduzida, devido a inúmeros problemas de funcionamento, dentre os quais destacam-se 160 câmeras inoperantes ou com qualidade ruim”, diz um trecho do relatório obtido pelo Poder 360.

O documento foi produzido por agentes da unidade prisional com objetivo de elencar riscos à segurança da unidade prisional antes da fuga. A deficiência nas câmeras de segurança é relatada em um processo interno do presídio desde 1º de janeiro de 2023.

Com as poucas câmeras de segurança em funcionamento na penitenciária, a ação completa dos fugitivos não deve ter sido registrada na íntegra, o que dificulta as investigações sobre a fuga. O número total de câmeras da penitenciária não é divulgado por questões de segurança. As 160 câmeras danificadas representam uma fatia significativa do total de equipamentos.

“[O deficit de câmeras] provoca muitos pontos cegos sem monitoramento, como em alas, pátios de sol, corredores de circulação, perímetros externo, dentre outros”, diz outro trecho do relatório.

Segundo o documento, há outras estruturas na penitenciária que não funcionam, como: sistema de comunicação (call station); câmeras nas torres, na caixa d’água e pátio de sol; e câmeras na sala do conselho disciplinar de presos.

Em fuga

Rogério e Deibson fugiram quarta-feira; caçada chega ao seu quarto dia consecutivo (Fotomontaegm: Reprodução)

Rogério e Deibson fugiram quarta-feira; caçada chega ao seu quarto dia consecutivo (Fotomontaegm: Reprodução)

Vários endereços da imprensa nacional divulgaram dia passado, que os fugitivos ligados ao Comando Vermelho e, originários do Acre, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, fizeram um casal refém entre a noite de sexta-feira (16) e início da madrugada de sábado (17). Estavam a cerca de 3 km da própria penitenciária, na comunidade rural mossoroense de Riacho Grande. No local, alimentaram-se, pegaram roupas e dois celulares (veja AQUI), seguindo em fuga.

Ainda teriam se comunicado – via celulares – com interlocutores que podem ser lideranças regionais ou no Rio de Janeiro-RJ, da facção Comando Vermelho (CV). Em Mossoró, o CV é a facção mais predominante. Pelo diálogo narrado, colhido pelas forças policiais, eles demonstravam desconhecimento de localização e pediam orientação para sair da região com destino ao Ceará.

Ministro

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, chega à manhã deste domingo (18) a Mossoró, às 10h, acompanhado do diretor-geral em exercício da Polícia Federal, Gustavo Souza. André Garcia, secretário nacional da Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN) está em Mossoró desde o dia da fuga, quarta-feira (14), acompanhando as buscas (veja vídeo AQUI com a governadora Fátima Bezerra-PT informando sobre a presença do ministro na cidade).

Cerca de 300 homens, três helicópteros, drones, dezenas de viaturas da Polícia Penal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar do RN estão na caçada. Essa busca – que chega ao quarto dia – também foi ampliada à própria zona urbana de Mossoró (veja AQUI e vídeo abaixo).

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia
domingo - 18/02/2024 - 06:46h

Inúteis notas de inutilidade pública

Por Marcos Ferreira

Ilustração da Web

Ilustração da Web

Esta semana, precisamente na terça, fui convidado a não participar de uma magnífica antologia com os mais expressivos e baludos contistas, poetas e cronistas de nossa província. Todos eles, devo admitir, mestres de uma poeticidade e ficção bacanas, medalhões da alta-roda destes confins do mundo.

Os romancistas ficaram de fora desse divisor de águas da pujança editorial de Mossoró, claro, porque romance é romance e não aceita compartilhar holofotes com os demais gêneros.

O livro, que pode atingir as quatrocentas páginas, sairá com uma musculosa tiragem de dez mil exemplares e selo da conceituada Pombagira, casa publicadora com sede em Salvador. Os integrantes da antologia vão custear cinquenta por cento da edição. Os outros cinquenta ficam por conta da Pombagira.

Metade da tiragem, assim, entrará na algibeira dos autores. Está programada uma glamourosa noite de autógrafos na imensa área de festas do hotel cinco estrelas Cabaré Palace. A estimativa de público é de mil convidados. O DJ Alouco, aclamado internacionalmente, virá do Rio de Janeiro para animar o megaevento.

O bufê, o cachê do artista carioca, o aluguel do espaço recreativo do Cabaré e metade dos cinquenta por cento das despesas gráficas que rolam para os escribas serão patrocinados pela Construtora Irmãos Pindaíba, pela Secretaria de Cultura e Câmara de Vereadores. A imprensa escrita, televisiva, falada e digital fará uma cobertura maciça.

Após o lançamento da coletânea, a obra ficará disponível para aquisição na livraria do Bodega Shopping, perto do Condomínio Alfavela, e nas plataformas de gigantes do e-commerces como Amazon e Mercado Livre.

No total, entre contistas, poetas e cronistas, a seleta reúne trinta nomes de notória inventividade literária. Quase todos são imortais das academias de letras de Mossoró e do Rio Grande do Norte. Cinco dessas cabeças pensantes, para a glória do nosso mundo das palavras, já conquistaram o prestigioso Prêmio Tartaruga, a mais cobiçada honra da literatura tupiniquim.

A Feira do Livro de Mossoró, desde sempre, é uma vitrine exclusiva e fiel dos nobres bruxos e bruxas do Cosme Novo.

Considero uma tremenda sacanagem o fato de tantos e tão bons escritores do Brasil nunca terem ganho um Nobel. Outra baita injustiça é nenhum literato da terra dos monxorós sequer ser indicado para o galardão da Academia Sueca. Absurdo do absurdo! Bom! Enquanto o Nobel não chega para algum dos meritórios autores mossoroenses, e sem nada de mais importante para fazer, hoje eu resolvi divulgar (na melhor das intenções!) estas inúteis notas de inutilidade pública.

Quem sabe num futuro não muito remoto, quando os algarismos da loteria enfim caírem na minha cuca, eu seja convidado para fazer parte de uma segunda antologia mossoroense dessa magnitude. A menos que não me considerem um escritor.

Mas com Deus, saúde e dinheiro tudo é possível. Deixem estar.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 18/02/2024 - 04:34h

Ficar em casa

Por Carlos Drummond de Andrade

O poeta/contista/cronista em seu apartamento em 1980 (Foto: Rogério Reis)

O poeta/contista/cronista em seu apartamento em 1980 (Foto: Rogério Reis)

Passar quatro dias e quatro noites em casa vendo o carnaval passar; ou não vendo nem isso, mas entregue a uma outra e cifrada folia, que nesta quarta-feira de cinzas abre suas pétalas de cansaço, como se também tivéssemos pulado e berrado nos clubes.

Não ligar televisão, esquecer-se de rádio; deixar os locutores falando sozinhos, na ânsia de encher de discurso uma festa à base de movimento e de canto. Perceber apenas o grito trêmulo, trazido e levado pelo vento, de um samba que marca a realidade lúdica sem nos convidar à integração.

Beneficiar-se com a ausência de jornais, que prova a inexistência provisória do mundo como arquitetura de notícias.

Ter como companheiro o irmão gato Crispim, exemplo de abstenção sem sacrifício, manual de silêncio e sabedoria, aventureiro que experimentou a vertigem da luta livre nos telhados e homologa a invenção da poltrona.

Penetrar no vazio do tempo sem obrigações, como num parque fechado, aproveitando a ausência de guardas, e descobrindo nele tudo que as tabuletas omitem.

Aceitar a solidão; escolhê-la; desfrutá-la. Sorrir dos psiquiatras que falam em alienação do mundo e recomendam a terapêutica de grupo. Estimar a pausa como um valor musical, o intervalo, o hiato. O instante em que a agulha fere o disco sem despertar ainda qualquer som.

Andar de um quarto para outro, sem ser à procura de objetos: achando-os. Descobrir, sem mescalina, as cores que a core esconde; os timbres entrelaçados nos ruídos.

Olhar as paredes, ou melhor: olhar as paredes, em torno dos quadros.

Sentir a casa com um todo e como partículas densas, tensas, expectantes, acostumadas a viver sem nós, à nossa revelia, contra o nosso desdém.

Habitar realmente a casa, quatro dias: como ilha, fortaleza, continente: infinito no finito.

Reconsiderar os livros; arrumá-los primeiro com método, depois com voluptuosidade, fazendo com que cada prateleira exija o maior tempo possível; verificar que é preciso antes tirar a poeira de um, remover a boba capa de celofane que envolve a encadernação de outro.

Reler dedicatórias; abrir ao acaso os livros de poetas que preferimos e que infelizmente não são os mais modernos nem os mais célebres; copiar meia estrofe por onde corre um arrepio verbal; separar volumes que não nos falam mais nada e que devem tentar seu destino em outras casas.

Sentir chegada a hora dos álbuns de pintura com pouco ou nenhum texto, e dos volumes iconográficos que nos contam Paris ou a vida de Mallarmé.

Viajar em fotografias; sentir-se imagem flutuando entre imagens; a terra domesticada em figura, tornada familiar sem perda de sua essência enigmática. Reconhecer que muitos livros comprados a duras penas, pedidos ao estrangeiro ou longamente minerados nos sebos, não têm mais do que essa oportunidade de comunicação durante o ano; deixar que fiquem a sós conosco e nos confiem seu segredo.

Admitir a fome, sem exigência de horário, e matá-la com o que houver à mão; renunciar à ideia de almoço e jantar, em reverência ao sagrado direito que assiste a todos, inclusive e principalmente às cozinheiras, de brincarem o seu carnaval, achar mais gosto nessa comida, porque não é a regulamentar nem é seguida de nada: todas as obrigações estão suspensas, e só valem as que soubermos traçar a nós mesmos.

Descortinar na preguiça um espaço incomensurável, onde cabe tudo; mas não enchê-lo demais, devassá-lo à maneira de um explorador que não quer ser muito rico e sente tanto prazer em descobrir como em procurar.

Assim vosso cronista passou o carnaval: sem fugir, sem brincar, divertido em seu canto umbroso.

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) foi poeta, farmacêutico, contista e cronista brasileiro

*Texto originalmente publicado em 3 de março de 1960 no jornal Correio da Manhã do RJ.

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Categoria(s): Crônica
domingo - 18/02/2024 - 01:20h

Pensando bem…

“Cada um deve conhecer a si mesmo para saber onde e como poderá encontrar a serenidade e a paz.”

Santa Teresa Benedita da Cruz

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sábado - 17/02/2024 - 19:44h
Anote

Fugitivos cometem erro fatal; ministro vem exibir ‘troféus’

Screenshot_2024-02-17-19-30-12-408_com.google.android.googlequicksearchbox-editFugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró cometeram erro fatal: pegaram celulares de um casal na zona rural de Mossoró, em casa que ocuparam entre a noite de ontem e madrugada deste sábado (17).

Agora, sinais dos aparelhos são rastreados, a menos que os larguem.

Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, avisou que estará em Mossoró amanhã para exibir ‘troféus’.

As presas estão à mão.

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog
sábado - 17/02/2024 - 15:26h
RN

Governo realiza convocação de 1.485 professores temporários

Convocação aponta disciplinas que precisam ser atendidas (Foto: Governo do RN)

Convocação aponta disciplinas que precisam ser atendidas (Foto: Governo do RN)

A edição de hoje (17) do Diário Oficial do Estado do RN (DOE) traz a convocação de professores e especialistas de educação, em caráter temporário, para a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC).

A convocação é para atender às demandas das unidades de ensino, tendo em vista o início do ano letivo, em 4 de março de 2024. Os 1.485 profissionais que foram chamados são oriundos do edital nº 001/2023 -SEEC/SEAD. Os educadores terão 30 dias para se apresentar às Diretorias Regionais de Educação e Cultura (DIREC) de origem.

No total, sete editais foram publicados no DOE, tanto para educadores da base comum quanto para o eixo tecnológico. Todos serão distribuídos, conforme demanda, nas 16 DIRECs, localizadas em Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Macau, Mossoró, Pau dos Ferros, Umarizal, Apodi, Assu, Angicos, Caicó, Currais Novos, Nova Cruz, Santa Cruz, João Câmara e São Paulo do Potengi, para atuar no ensino da base comum – unidades escolares (1.288); na educação profissional (83); na educação do campo – espaços escolares (75); educação do campo – espaço não escolares (23); na educação no âmbito urbano – espaços não escolares (8);  educação escolar indígena – espaços escolares (2); e no sistema prisional (6).

Disciplinas

Os convocados atenderão às disciplinas de ciências biológicas, educação física, filosofia, história, língua inglesa, língua portuguesa, polivalente, química, física, geografia, matemática, sociologia, educação especial e educação especial – libras.

Os professores temporários atuarão na rede de educação profissional, nos cursos de administração, agroecologia, edificações, eletrotécnica, guia de turismo, informática, logística, manutenção e suporte em informática, meio ambiente, mineração, nutrição e dietética, redes de computadores, segurança do trabalho e sistema de energia renovável. Para o sistema prisional foram convocados educadores para as disciplinas de linguagens, ciências humanas, educação física e ensino fundamental – anos iniciais. Na educação indígena, os professores convocados atuarão nas disciplinas de português e matemática.

A lista completa dos convocados pode ser consultada no DOE, onde também constam as informações sobre documentos e exames de saúde necessários à admissão no quadro de servidores estaduais.

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Categoria(s): Administração Pública / Educação
sábado - 17/02/2024 - 13:30h
Mossoró

Prefeito recebe novo bispo no Palácio da Resistência

O bispo eleito da Diocese de Santa Luzia de Mossoró, Dom Francisco de Sales Alencar Batista, foi recebido nesta manhã de sábado (17) pelo prefeito mossoroense Allyson Bezerra (UB)), pela primeira-dama Cínthia Pinheiro, e por todos os secretários municipais.

Atendeu convite oficial do prefeito.

O presidente da Câmara Municipal de Mossoró, vereador Lawrence Amorim (SDD), dentre outros parlamentares, também esteve presente.

O encontro se deu no Palácio da Resistência, sede da Prefeitura de Mossoró.

O bispo emérito, Mariano Manzana, o pároco da Catedral, padre Flávio Augusto Forte Melo, e o diretor-geral do Colégio Diocesano Santa Luzia, padre Charles Lamartine, também acompanharam essa agenda.

A posse do novo bispo, que chegou pela manhã à cidade, será às 17 horas de hoje, no adro da Catedral de Santa Luzia.

Com informações da Pastoral da Comunicação (PASCOM) da Diocese de Mossoró.

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Categoria(s): Política
sábado - 17/02/2024 - 08:44h
Dia 25

Prefeito comandará evento para filiação em âmbito estadual

Encontro Republicanos em Natal dia 25 de fevereiro de 2024Do Blog Heitor Gregório

O Republicanos segue com estruturação para a eleição de outubro e no próximo sábado (25) fará um grande ato de filiação.

O partido presidido no RN por Álvaro Dias vai receber lideranças nacionais da legenda e fará a filiação de vereadores da capital e lideranças políticas de todo o estado.

Será no Versailles Recepções, em Natal, às 16h.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 16/02/2024 - 23:52h

Pensando bem…

“Existem três cachorros perigosos: a ingratidão, a soberba e a inveja. Quando mordem deixam uma ferida profunda.”

Martin Lutero

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Categoria(s): Pensando bem...
sexta-feira - 16/02/2024 - 23:44h
Cerco

Caçada a fugitivos chega à zona urbana de Mossoró

A operação policial com dezenas de homens, viaturas e helicópteros que tenta capturar dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró chegou à zona urbana do município. O entorno de alguns condomínios e bairros mossoroenses passou a ser vasculhado.

Região com mata entre os residenciais Mossoró I, II e III, Partage Shopping, Alphaville e Bela Vista, entrou no foco dessa caçada humana hoje, sexta-feira (16).

Rogério da Silva Mendonça (o Tatu) e Deibson Cabral Nascimento (o Deisinho), originários do Acre, componentes da facção Comando Vermelho (CV), fugiram na madrugada de quarta-feira (14).

A Penitenciária Federal fica em Riacho Grande. É uma comunidade rural a cerca de 13 quilômetros da área urbana que, agora, está sendo milimetricamente perscrutada pelas forças policiais.

*Vídeos obtidos pelo BCS.

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia
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