Ano passado, 2018, em plena campanha eleitoral, visitei um nome proeminente da política do RN e do país, que pela primeira vez em mais de 46 anos não estaria participando de um pleito: Henrique Alves (MDB).“É uma visita como amigo ou jornalista?” – tinha me indagado antes Laurita Arruda, mulher do ex-deputado federal por 11 legislaturas, ex-ministro da República.
“Como amigo”, disse-lhe.
Em seu apartamento em Natal, por mais de três horas e meia, eu e Henrique falamos sobre futebol (ele, vascaíno; eu, Fluzão), família, fé, filhos, Mossoró, sucessão estadual, economia, disputa presidencial, gestão pública, problemas judiciais, seu amor-devoção-gratidão por Laurita etc.
À mesa do almoço, chorou, chorou novamente, de novo, ao falar sobre a morte trágica de Benes Júnior, filho de Benes Leocádio (depois eleito deputado federal).
Despedimo-nos sem que ele ponderasse que o diálogo, confissões, desabafos e opiniões eram “em off”.
É asfixiante para um repórter não publicar tanta informação, de uma fonte dessa envergadura, mas é também um teste à própria paixão que tenho por esse ofício. O que eu não escreverei vale muito mais.
Passados mais de seis meses desse bate-papo (foto na postagem da ‘retratista’ Laurita, que logo saiu), é o que tenho a dizer.
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