Partiu do Palácio da Resistência, precisamente da sala do agitador cultural e chefe de Gabinete Gustavo Rosado, orientação para potencializar denúncias contra a senadora rosalba Ciarlini (DEM) em Mossoró.

E assim foi feito entre sexta (7) e hoje (sábado, 8).

Veículos da imprensa mossoroense, que têm maior atrelamento com o esquema da prefeita Fátima Rosado (DEM), seguiram à risca o "mote".

A repercussão foi aditivada desde cedo na sexta ainda. Bastou uma matéria da Folha de São Paulo chegar à Internet, apontando uso de verbas do Senado – por Rosalba – em passagens aéreas e hospedagens de familiares, parentes e amigos.

A estratégia do "fafaísmo" é fragilizar o nome da senadora, para torná-la mais dependente do apoio do governismo municipal em 2010, quando pretende ser candidata ao Senado. Rosalba precisa da retaguarda da prefeitura para arrancar boa folga eleitoral a partir de Mossoró.

O fafaísmo e o rosalbismo não são exatamente irmãos siamês. Nem o primeiro nasceu da "costela" do segundo. A facção da prefeita, sob a liderança de Gustavo, quer ampliar seu espaço e para isso sabe que a ascensão de Rosalba pode significar seu ocaso.

Fafaísmo e rosalbismo nutrem uma tolerância, mútua, no relacionamento que sustentam há alguns anos. Cada um evita o choque direto com o outro. Quem quiser flagrar o mal-estar, basta aguardar oportunidade de fotograr Rosalba e Fátima juntas, sorrindo.

Não se sabe qual das duas tem o sorriso mais sinceramente artificial.

Um dia esse cabo de guerra vai se romper. Ou terão cãimbras na musculatura facial.