O mercado da construção civil em Natal e na região metropolitana apresentou sinais claros de recuperação no terceiro trimestre de 2025, com crescimento expressivo nos lançamentos e estabilidade nos preços dos imóveis. É o que revela o Panorama do Mercado Imobiliário – 3º Trimestre de 2025, estudo elaborado pela Brain Inteligência Estratégica, encomendado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN (SINDUSCON/RN) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do RN (SEBRAE/RN).
De acordo com o levantamento, os lançamentos verticais em Natal aumentaram 204% em número de unidades lançadas, movimentando um volume geral de vendas (VGV) de R$ 109 milhões — 72% a mais do que no mesmo período de 2024. Já na região metropolitana, o cenário foi de retração pontual, com ausência de novos lançamentos no trimestre, reflexo da concentração de investimentos na capital potiguar.
Vendas verticais
O estudo também aponta forte avanço nas vendas verticais da capital, com crescimento de 255% no número de unidades vendidas em relação ao terceiro trimestre do ano passado. O VGV vendido em Natal chegou a R$ 238 milhões, alta de 147% na comparação anual.
Na Região Metropolitana, o volume de vendas recuou 76%, após um ciclo anterior de alta impulsionado por grandes empreendimentos, como o Mirante Green Park, em São Gonçalo do Amarante.
A oferta total de imóveis verticais cresceu 11% em Natal, enquanto na RM houve queda de 45%. O padrão econômico segue predominante, representando 37,7% da oferta total, e os apartamentos de dois dormitórios continuam sendo o produto mais buscado, respondendo por 66% das unidades disponíveis. O preço médio do metro quadrado na capital foi de R$ 8.407, com leve variação positiva de 0,2% frente ao trimestre anterior e de 7% no acumulado do ano — um indicativo de estabilidade.
Preocupação
Embora os indicadores mostrem sinais de recuperação após períodos de retração — com crescimento nas vendas de imóveis verticais em relação ao trimestre anterior, manutenção dos níveis de oferta e variação positiva nos preços médios por metro quadrado —, o Sinduscon/RN reforça que o cenário ainda inspira cautela.
“Apesar de resultados que podem animar à primeira vista, nós seguimos preocupados com o cenário macroeconômico. A taxa de juros segue muito elevada, e isso afeta diretamente a demanda — o comprador pensa duas vezes antes de assumir um financiamento de longo prazo. Já para o investidor, o movimento é oposto: com a renda fixa rendendo cerca de 15% ao ano, ele prefere aplicar seu capital no mercado financeiro, enquanto o imóvel em construção sofre correção anual de apenas 6% a 7% pelo INCC. Na prática, isso leva as construtoras a subsidiar parte dos juros na fase de obra para manter o ritmo de vendas e preservar a atividade. É um esforço do setor privado para sustentar empregos e investimentos mesmo diante de um ambiente ainda desafiador”, explicou o presidente do Sinduscon/RN, Sérgio Azevedo.
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