quarta-feira - 02/04/2008 - 15:08h

Pão, circo e água no sertão

Diante do pânico com o avanço das águas e estragos em algumas cidades por todo o sertão – antes tórrido, fico a me perguntar: e o dinheiro gasto em carnavais? 

Seria interessante que após o recuo das águas, aplacado o chororô, a gente abrisse esse debate. Não entendo por que decretar estado de calamidade pública. Os prefeitos esquecem a gastança fácil que promoveram. Agora querem socorro a custo zero.

Milhões são enterrados na festança carnavalesca, iludindo a patuléia tola e fazendo a alegria de uma minoria. A regra do "pão e circo", mais do que milenar, continua valendo em pleno século XXI.

Há mais de 2 mil anos, na Pérsia, o poderoso Ciro aprisionou o inimigo Creso, rei da Lídia. Para conter a revolta de uma multidão na capital desse reino, Sardes, ele agiu de forma rápida e incisitva.

Ciro determinou abertura e acesso gratuito a bordéis, tabernas (bares), áreas para jogos e festas. Foi o suficiente para terminar a rebelião da massa. Deixaram em segundo plano a soltura e volta de Creso ao reino.

É da natureza humana a ilusão com festim. 

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Comentários

  1. marcos fonseca diz:

    “Seus doutores governantes da nossa grande nação
    O flagelo das enchentes é de cortar coração
    Muitas famílias vivendo sem lar, sem roupa, sem pão

    A sorte do nordestino é mesmo de fazer dó
    Seca sem chuva é ruim…”

    SECA D’ÁGUA
    (criação coletiva sobre poema de Patativa do Assaré)
    Raimundo Fagner – 1985
    Mas seca d’água é pior.

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