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quarta-feira - 05/07/2017 - 12:44h
Rosalba de ontem

Para situações excepcionais, medidas excepcionais

Parece sem fim a “crise de gestão” na Prefeitura Municipal de Mossoró. Fatores internos, componentes externos, conjuntura nacional, tudo concorre para piorar esse quadro.

No caso de Mossoró, a maior crise continua sendo mesmo decorrente da gestão. Sim, de gestão. Não é apenas econômico-financeira, como gestores costumam se lamuriar defensivamente, justificando sua falta de ousadia, velhos costumes e tentações ocultas.

Sai governo, entra governo, não muda o tom. Do amarelo ao rosa-choque.

Era com Francisco José Júnior (PSD), repete-se com Rosalba Ciarlini (PP). Por isso é fácil entender uma cidade coberta por lixo, com iluminação pública de filme de terror, pavimentação de solo lunar e precários serviços da educação à saúde.

Qual a fórmula mágica, a panaceia, para sairmos desse caos? Nada se materializará por decreto ou a partir de uma ideia genial, com resultado instantâneo.

É questão de ação enérgica; coragem para alterar o curso do rio. Fazer diferente.

Na campanha municipal do ano passado, Rosalba adotou o slogan “Ela faz Mossoró dar certo”, sustentando a crença de que seria aquela pessoa que administrou a prefeitura três vezes e não a que passou pelo governo estadual de forma sofrível.

Os tempos mais se assemelham à sua estada na Governadoria (2011-2014) do que à ocupação do Palácio da Resistência em outros mandatos (1989-1992, 1997-2000 e 2001-2004).

Promover o ramerrame de sempre e esperar resultados de sempre, em momento de crise, é patinhar em areia movediça. Os resultados não serão os de sempre. Não tem sido, sublinho. Continuarão assim.

Isso é tão lógico que chega a ser pueril como alegoria argumentativa.

“Para situações excepcionais, medidas excepcionais”, tenho repetido como mantra e postado aqui também.

Se Rosalba não pensar e agir assim, será devolvida àquela imagem que construiu como governadora do Rio Grande do Norte. Todos lembram bem, não temos dúvidas.

Vai continuar espremendo o cofre público para pagar folha de pessoal, propagando isso como feito hercúleo de sua gestão.

Com mais de 60% da receita líquida (veja AQUI a aberração) da prefeitura sendo devorada pela folha de servidores, até que faz sentido ela se jactar da “realização”.

É pouco para quem disse que ia “fazer acontecer” no governo estadual e… fez o que fez. O mossoroense pode ao final se lembrar, amargamente, de um bordão que Rosalba repetiu inúmeras vezes na campanha de 2016 para estigmatizar a gestão de Francisco José Júnior, em seu favor:

Minha Mossoró, o que fizeram com você?

Saberemos adiante, se tudo continuar como antes. Ainda há tempo de sobra para mudança de rota e de procedimento.

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Marcos Pinto. diz:

    Gestora contumaz em incompetência e desfaçatez.

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