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quinta-feira - 05/04/2012 - 11:57h
Mossoró "Da Gente" (deles)

Permanência de Fafá revela jogo de interesses conflitantes

Enfim, para alívio de muitos e desapontamento de outros tantos, ficou decidido: a prefeita de direito de Mossoró, enfermeira Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”, não renunciará ao mandato para entregar a sua “Giroflex” à irmã da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), assistente social Ruth Ciarlini (DEM).

Porém, ao contrário do que Fafá chegou a afirmar, como sendo uma decisão de ‘comum acordo’, essa escolha passa longe de um entendimento consensual. E não adianta a governadora comentar que foi uma “decisão lúcida”, como falou a repórteres ontem em Mossoró. Um dia antes, noutro depoimento, afirmara que desconhecia a posição.

Há meses, desde que surgiu essa moganga de bastidores que o grupo da governadora tramava para içar Ruth, que eu defendia justamente o contrário. E mantenho o que advoguei até aqui: Fafá tem que terminar o mandato, a menos que se prove – algo quase impossível em Mossoró – conduta lesiva de sua gestão, capaz de produzir um impeachment.

A renúncia nivelaria Mossoró, de vez, a uma republiqueta de bananas, um rincão saído de romances de Jorge Amado, coronelista e atrasado, em que um manda e todos obedecem. Nada mais primitivo em se tratando de política, numa cidade que não deve servir de exemplo quando tratarmos dessa atividade humana.

Fafá e Família ficam não por uma questão de respeito ao povo e à lei, mas por uma prioridade de interesses inconfessáveis e que dizem respeito a aspirações que estão longe de observar o bem-estar social. É uma questão de PIF (Produto Interno Familiar).

É ainda, resultado de uma luta surda e irada, entre o líder rosalbista e ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM) e o agitador cultural e prefeito de fato de Mossoró, irmão de Fafá, Gustavo Rosado (PV). Os dois não se bicam, não se toleram e procuram camuflar essa intolerância mútua, evitando a coabitação do mesmo espaço.

É uma queda de braço entre um poderoso de ocasião e um de longo curso. Mas não é o caso de se falar em criatura e criador. Nem farinha do mesmo saco. Eles são diferentes, mesmo que o mesmo sobrenome e apetite pelo poder provem o contrário.

Nesse caso, uma lei da física explica melhor por que Fafá não cedeu à pressão de Carlos e Rosalba, seus ‘líderes’: dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Gustavo não se sente mais liderado do casal e, pelo menos até 31 de dezembro deste ano, quer estar no alto do Olimpo, subjugando o primo e dizendo o que a irmão tem que fazer. Frued explica.

Mossoró ganha ou perde com a permanência de Fafá na prefeitura?

Fica menos ridícula politicamente. Dá para aguentar mais um pouco.

Afinal de contas… tudo passa.

 

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Categoria(s): Opinião da Coluna do Herzog / Política

Comentários

  1. Matheus diz:

    Boa Tarde!

    Parabens! Carlos Santos, voce consegue descrever em Palavras o que todo a população Mossoroense pensa. e acrescento, se tivesse realmente uma grande parceria como a imprensa deles tentam mostrar, a candidata ja estava nas ruas pedindo votos e não com todo essa indecisão.

  2. João Bosco diz:

    Para quem nunca exerceu cargo público e sequer teve vínculo empregatício fixo por competncia, Gustavo Rosado mais uma vez induziu a irmã prefeita e marionete, aos seus desejos, ao encenar uma de suas aparições como se fora decisões lúcidas.
    O que se vê é um ódio latente de poder e ganânçia própria dentro desta família, mas nós só temos nosso valor que neinguém compra nem rouba, nosso voto. Daremos o troco a quem nos bater a porta, ANOTEM. Os aguadarei na minha porta se é que esta pobre irmã, que outrora exerceu a profissão de Enfermeira, ainda terá coragem de enfrentar o povo a lhes pedir votos. Os dias virão e todo verão.

  3. José diz:

    Carlos Santos, gostaria que você analisasse a possibilidade de o seguinte cenário estar desenhado: 1) comenta-se que a candidatura de Ruth Ciarlini seria muito “pesada”. 2) Com a renúncia de Fafá, Ruth seria candidata em 2012 à reeleição. Seria possível que a “não renúncia” de Fafá tivesse como objetivo oferecer um nome menos pesado (Cláudia Regina), com Ruth na vice, para depois (em 2014) a “prefeita” Cláudia Regina renunciar para concorrer a uma vaga de deputado estadual ou federal, deixando um mandado de 2 anos e meio para Ruth e ainda com possibilidade de reeleição em 2018?

  4. FERNANDO fF diz:

    O avisam, s tambores e os sinais de fimaça

    Os tambores e os sinais de fumaça avisam. A munganga está armada.Laçamos Cluadia Regina e por baixo do oano trabalhamos por Larissa.O negocio é naõ sair do negocio.Entenderam?

    O

  5. FERNANDO fF diz:

    Li, a pouco um certo blogueiro que me cousou nojo. O cara diz com todas as letra que faz o que Ravengar dizer, deu a entender se o chefe mandar ele comer M, ele come numa boa
    Nessa pissada, a senzala tá longue de ser livre.

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