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segunda-feira - 25/08/2008 - 20:48h

Pesquisa Certus/TCM – V

O cenário eleitoral para 5 de outubro em Mossoró

Num passado milenar, na Grécia, o futuro era antecipado pelas mãos das pitonisas do Oráculo de Delfos. Assim reza a lenda e a história.

Na política, a bola de cristal é sempre embaciada por paixões e interesses confessáveis ou não. Entretanto vários elementos nos ajudam a reduzir a distância entre o impossível e o possível.

O cenário eleitoral do dia 5 de outubro de 2008, data das eleições à Prefeitura de Mossoró e sua Câmara de Vereadores, caminha para o óbvio: o nome da prefeita Fafá Rosado (DEM) aproxima-se da reeleição.

Mesmo que haja seu impedimento legal por conta de cassação de registro de candidatura (que tramita na Justiça Eleitoral), é pouco provável que a oposição salte à frente. Mais do que uma predileção por Fafá, aparecem indícios de repulsa da população ao esquema que Larissa representa. A cada eleição seu capital de votos vai encolhendo. Está ameaçado de outro desastre, que pode virar hecatombe.

A pesquisa Estimulada do Instituto Certus (veja matérias abaixo) apenas ratifica o que está desenhado há tempos. A oposição, representada sobretudo pela candidatura da deputada estadual Larissa Rosado (PSB), não apresentou até aqui o mínimo de fôlego para competir de igual para igual com a estrutura governista.

Cabo eleitoral

O quadro é pior, pela incapacidade do grupo em aglutinar forças na pré-campanha. Cooptou apenas o esquelético PT, devido o interesse em segurar o estandarte do presidente Lula (o que até aqui não colou). O povo não é tão bobo quanto se imagina.

Virou presa mais fácil para Fafá e seu bloco. Mesmo com uma gestão apática e campanha semi-amadora, a prefeita tem nos oposicionistas seu melhor cabo eleitoral.

A sondagem da Certus revela – com 28,2 % de maioria para a prefeita -, que não é impossível vencer. Porém para se entender o grau de dificuldade de Larissa, não basta olhar os números. É fundamental conhecer a sociologia política do lugar.

Quem está atrás no “placar” precisa reagir, indo ao ataque. Isso é elementar na política, no futebol ou no mundo corporativo. Em qualquer ecossistema, para ser mais amplo.

Nesse caso, Larissa Rosado teria que cobrir a desvantagem em cerca de 41 dias. Há tempo sobrando para o que chamam de “virada”. Falta é “bala” e arrojo, o alto risco.

A deputada possui retaguarda coberta de problemas. Começa pelo pai, ex-deputado federal Laíre Rosado (PSB), escondido até aqui do front da campanha. Ele responde a vários processos por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Larissa está manietada.

Ela topa apontar casos de nepotismo, empreguismo, suposto enriquecimento ilícito etc que atingiriam membros do governismo? Claro que não.

* Segue adiante a segunda parte dessa postagem analítica.

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