Renato Fernandes tem tarefa quase impossÃvel
É modesto, mas estimulante, o desempenho do vereador e candidato a prefeito Renato Fernandes (PR), da coligação “Inova Mossoró.” Os números do Instituto Certus (veja matérias mais abaixo) o colocam em terceiro lugar.
Ele tem 5,6% na “Estimulada”.
O contraponto é que no item rejeição o candidato salta para 11,2%, praticamente o dobro de potenciais votos para si. Não há boa cristalização de seus votos.
A esmagadora maioria dos seus eventuais eleitores admite mudar. Só 5,4% afirmam que continuam com ele até às urnas.
De qualquer modo, sem praticamente nenhum espaço direto ou subliminar na mÃdia, escasso perÃodo de campanha e uma candidatura feita na reta final da pré-campanha, Renato é estuário de opção alternativa. Crescer ou não está ligado a diversos fatores internos e externos.
Vencer é quase impossÃvel.
É tolo o raciocÃnio de que o fato de não ser um Rosado possa credenciar alguém por si só à vitória. Não basta ser do contra. Muitos já o foram.
Inconscientemente a massa espera muito mais, a partir de uma sólida e ampla polÃtica de alianças sob conjuntura favorável, nome palatável etc.
Enterrado vivo
Desde o inÃcio da reabertura polÃtica do paÃs em 1982, quem alcançou a maior expressão de votos na oposição ao rosadismo foi o professor João Batista Xavier (PMDB), àquele ano, com 29,97% dos sufrágios válidos. Enfrentou Dix-huit Rosado, que foi prefeito pela segunda vez – com a famÃlia já se fracionando. Teve 41,68% dos votos válidos.
Adiante, em 1992, uma facção do clã Rosado aboletou João Batista Xavier como vice na chapa governista do esquema do então deputado estadual Carlos Augusto Rosado (do PFL, hoje DEM). O cabeça de chapa era o empresário e então vice-prefeito Luiz Pinto (PFL). Perderam para Dix-huit (no PDT) e Sandra Rosado (no PMDB).
João foi enterrado vivo – politicamente – nessa eleição.
Outros já o tinham e mais alguns assim feneceram adiante. Esse é um talento inato dos Rosados: atrair para aniquilar da polÃtica quem possa representar uma ameaça.
Os ex-deputados estaduais Francisco José (PMN) e Jota Belmont, por exemplo, conhecem bem essa máquina de moer adversários.
SEGUNDO ESSE INSTITUTO O GOVERNADOR DO RN É GARIBALDI COM 56,61 E WILMA 32,95 GANHOU NO PRIMEIRO TURNO E O SENADOR É FERNANDO BEZERRA FICOU COM 46,96 CONTRA ROSALBA 34,73 (TRIBUNA DONORTE 04/06/2006) OU SEJA AINDA TEM QUEM ACREDITE NELAS…
Acho que eu cheguei mais perto nas disputas de Prefeito, em 1972, quando a diferença foi de 4.000 votos. Eu tive 12.000 e Dix-huit 16.000. Sandra, João Batista, Laire, todos perderam por muito mais.