Em toda campanha eleitoral no Brasil existe sempre um vilão de plantão: a pesquisa de opinião pública. É aqui no Rio Grande do Norte, no Amapá, Rio de Janeiro ou Mato Grosso do Sul. Não importa. O vilão também se veste de panaceia. Em muitos casos é, também, “remédio” para passar imagem de vigor ou revigoramento de algum candidato.
Mas, por que ocorre tanta celeuma em torno das pesquisas? A resposta é simples: os interesses em jogo são incomensuráveis, mexendo muito mais com o emocional do que com a razão. Nesse caldeirão há muito de desconhecimento de causa, além de alta dose de má-fé.
A boa pesquisa é aquela que me serve; a pesquisa errada é a que beneficia o adversário. Esse é o raciocínio consciente ou não que mexe com a sensibilidade de muitas pessoas, em discussões que normalmente não possuem um pingo de bom senso.
Você sabe como é feita uma pesquisa com o mínimo de organização, zelo e segurança técnica? Basicamente, os entrevistados são selecionados aleatoriamente de acordo com grau de instrução, faixa etária e sexo. Os dados utilizados são obtidos através de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Justiça Eleitoral. Segue-se critério proporcional, de estamentos sociais.
As sondagens podem ter 300, 500, 600, 1.200 ou mais pessoas, dependendo do universo populacional e os recursos empregados, buscando reduzir ao máximo a margem de erro.
Margem de erro
“Todas as pesquisas têm margem de erro amostral. Esse erro é calculado em função do tamanho e da heterogeneidade da amostra e dos resultados obtidos. A margem de erro normalmente divulgada refere-se a uma estimativa de erro máximo para uma amostra aleatória simples. Assim, considerando o erro amostral, fica estabelecido um intervalo de confiança — limites para mais e para menos em relação ao valor obtido”, explica o Ibope.
Às vezes ocorre o chamado “fato novo” durante uma campanha e a pesquisa pode não refletir o acontecimento avaliado como “bombástico” e capaz de alterar o comportamento do eleitor. Não existe uma regra científica, comprovada, para determinar se o fato novo mexe mesmo com a intenção de votos. Depende de fatores como o grau de importância que o eleitor atribui ao fato, como ele evolui no plano da comunicação/marketing e o próprio tempo para ele se dissipar.
Muitos eleitores ficam atordoados com diferenças consideráveis entre uma pesquisa e outra, de institutos diferentes, para o mesmo ambiente pesquisado e campanha. Tem razão em ficar confuso, até porque é comum que muitos segmentos da imprensa e grupos/candidatos trabalhem para confundir, como forma de desmoralizar números que não são interessantes a seus propósitos.
“George Gallup, fundador do grupo, dizia que um médico não remove todo o sangue de uma pessoa para examiná-la. Basta uma amostra. Da mesma forma, não é preciso entrevistar toda a população para saber o que as pessoas pensam. Uma pesquisa deve levar em conta a divisão da sociedade em classes sociais e outros aspectos demográficos“. (Frank Newport, vice-presidente do grupo Gallup, o maior e um dos mais antigos institutos de pesquisas dos Estados Unidos, fundado por George Gallup, nos anos 30).
O que é uma pesquisa? Usando um lugar-comum, é bom repetirmos sem medo de estarmos sendo óbvios: é como uma fotografia. Vale aquele momento. Uma pesquisa realizada pelo mesmo instituto, uma semana depois da anterior, pode mostrar mudanças e até mesmo alterações consideráveis. Entretanto, nada é por acaso. É preciso o olho do estudioso, com distanciamento crítico, para avaliar se houve algo ou um elenco de situações para determinar alguma reviravolta. Ninguém cresce ou cai muito na intenção de votos “do nada”.
É correto se avaliar crescimento ou queda de algum candidato, num comparativo entre duas pesquisas feitas por dois institutos diferentes? Não é recomendável, nem sensato. Normalmente é adotado por quem deseja ‘vender’ ideia de crescimento de algum candidato ou queda de outro. É um sofisma levantado por estupidez ou intenção de fraude.
Também pode existir distorção por falha técnica ou manipulação criminosa. Há alguns anos, no Paraná, um candidato chegou a denunciar determinada empresa que queria lhe vender pesquisa conforme sua aspiração. Várias empresas chegaram a ser impedidas legalmente de atuar no Brasil, em face de falsificação de dados etc.
O bom acompanhamento da performance de candidatos majoritários acontece principalmente com sequência de pesquisa pelo mesmo instituto, utilizando idêntica metodologia, com intervalos mais reduzidos entre uma e outra. Campanha bem organizada faz isso com maestria.
À medida que se aproxima o dia das eleições, as pesquisas são feitas por quinzena, semanalmente ou até mesmo todos os dias. Dessa forma é possível um acompanhamento minucioso do comportamento do eleitor. Contudo o custo desse trabalho passa a ser mais elevado. O partido/candidato deve avaliar a relação custo-benefício.
Enfim, não existe comprovação de que pesquisa ganhe eleição como objeto de propaganda, mas é uma ferramenta fundamental para se navegar nesse oceano revolto das campanhas eleitorais. Boa viagem.
Mossoró teve bem perto de abolir o voto MINHOCA(filho da terra).Mas, Josivan farapou.Essa cultura foi implantada pelos descendestes de paraibanos.Os rosados, só eles são filhos da cidade com condições de governa-la, os demais filhos são incompetentes e os imigrantes são oportunista e salteadores.
Quero parabenizar o grande jornalista e escritor autor deste blog. Embora não nos conheçamos, porém, acompanho seu trabalho já há alguns anos, talvez desde da fundação deste blog. E por sentir confiança no seu trabalho,como diria em holywood- “pelo conjunto da obra” e por essa brilhante pesquisa em estatística é que venho a público lhe parabenizar.
Meu Caro amigo, heróico e referência no jornalismo Potiguar. Entenda , não querendo passar pela sua sapiência intelectual, vc não vai nunca convencer as “cassandras” (nem uma alusão ao nome da mãe da candidata) a entender pesquisas. Gostei o que postou FERNANDO FF, PÔ tem que ser Rosado para governar uma cidade da invergadura de Mossoró ? Chega minha gente. Vamos dar uma vez a outros nomes.. José da Silva. Francisco Macedo, antonio maria de oliveira. Basta, de Rosado. Não se pode desconhecer o que Rosalba Rosado,Fafá Rosado, Dix-huit Rosado, Fizeram por Mossoró? Pagaria pra ver um não Rosado, governando Mossoró. E vai ser agora, meninos eu vi. Que povo sedento pelo poder. Só pode ser muito bom sentar no serrotinho da PMM. AFF……..Guentaaaaaaaaaaaaaa CARLOS SANTOS !!! RSRSRS Se ganhar é Rosado, se perder é Rosado? Êita Lasqueiraaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!
Italo, obrigado pela deferencia.O grande artifice dessa mudança de mentalidade em Mossoró é esse grande jorlaista Carlos Santos.