• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
terça-feira - 03/08/2010 - 09:51h

Pesquisas eleitorais e seus conflitos – Eleições 2010

Como não poderia deixar de ser, o pipocar de pesquisas na campanha eleitoral do Rio Grande do Norte puxa uma enxurrada de polêmicas. Como sempre ocorre.

Em plena campanha, as recentes pesquisas Correio da Tarde/Start e Band/Vox Populi causaram grande ebulição. As enormes discrepâncias, sobretudo nas intenções de votos da primeira colocada ao governo, Rosalba Ciarlini (DEM), são o centro das discussões. 

O comentário mais comum é de desqualificação de uma e outra. A maioria fala pelo emocional e com considerável desconhecimento de causa. É sempre mais fácil desqualificar do que debater sem ofender o outro.

É preciso que se entenda que cada instituto tem metodologia própria para seu trabalho. Outro detalhe, é que uma pesquisa de opinião pública tenta identificar um momento, um instante, e não fazer previsão eleitoral como se fora um oráculo.

Significativo diferenciar a pesquisa do censo. A pesquisa coleta dados numa pequena fração do eleitorado e o censo é levantamento de um todo.

Outro erro que o leigo comete, é de simplesmente comparar uma pesquisa do Start com os números do Vox Populi. Cada uma tem dinâmica própria, metabolismo próprio.

Em relação ao Vox Populi, sua metodologia tem levantamento de dados  na casa dos entrevistados. Já o Start alcança os ouvidos na rua, em áreas conhecidas como "pontos de fluxo".

Em casa pode existir influência de outros familiares; num ponto público, a entrevista costuma ser mais límpida.

O que determina, entretanto, profundos conflitos entre uma pesquisa e outra, é a sequência e forma das perguntas. Podem gerar indução ao voto nesse ou naquele candidato.

Um exemplo: determinado instituto, antes de fazer pergunta Estimulada para governador, cerca o entrevistado com indagações sobre os três principais concorrentes, citando seus nomes. Assim, é lógico, provoca o acionamento da memória e inclinação para uma opção mais fixa no inconsciente.

À medida que o tempo for passando, com a proximidade da disputa, cada instituto fica mais afiado com o desejo de se aproximar do resultado das urnas. Sabe que sua principal moeda não é o Real, mas a realidade dos números.

Esse lengalenga é infindável, não resta dúvida.

Contudo tirando paixões e interesses de cada um, é possível se discutir o tema de forma muito salutar. Outras pesquisas estão chegando.  

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. Ricardo menezes diz:

    è dificil tirar leite de pedra.

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