domingo - 13/03/2011 - 22:56h

PM morre e deixa clara a falência da segurança pública do RN


O PM Bruno Smith teve morte anunciada hoje pelos médicos do Hospital Clovis Sarinho, onde estava internado desde o dia 10 vítima de um tiro na virilha.

É realmente muito triste a morte deste policial, apontado por todos (sociedade e corporação) como um profissional competente, respeitado, condecorado…

Ao que tudo indica, o tiro que matou Smith, que era do Serviço Reservado da PM,  foi disparado por um colega de farda dele.

Smith estava “investigando” uma numerosa quadrilha de assaltantes em Jucurutu (PM não Fo contratado pelo Estado para investigar), quando foi alvejado.

A quadrilha estava em dois carros (um Celta e um Polo). Um assaltante se afastou do Celta. Foi até uma loja de frutas. Neste momento, a guarnição da cidade chegou ao local.

Os assaltantes reagiram e os PMs de Jucurutu também. Os PMs “investigadores” Smith e Cesar, que estavam sem farda, tentaram ajudar os colegas de Jucurutu.

Só que os PMs de Jucurutu pensaram que eram também assaltantes e meteram chumbo. César não morreu por que estava usando colete a prova de bala.

Smith infelizmente foi baleado no local mortal, ou seja, a virilha e foi atendido para Caicó e depois transferido no avião do Governo do Estado para Natal.

Não resistiu.  Será sepultado com honras militares. Bem que poderia ir junto um pedido de desculpas do Governo não só a família, mas também à sociedade.

Smith foi vítima do descaso do Estado com a segurança pública e por exercer uma função que não deveria está entre suas atribuições de trabalho.

Smith morreu por que o Governo do Estado não investiu num setor de inteligência e nem em perícia forense adequada. A nossa polícia judiciária faliu.

E na ausência deste importante serviço surgiu os núcleos reservados da PM para investigar. São inúmeros os problemas gerados, mas continuam em atividade.

Smith morreu por falta de estrutura do Estado, a mesma falta de estrutura que já deixou morto outras tantas pessoas civis.

Do Blog do Evânio Araújo AQUI.

Nota do Blog do Carlos Santos – Esse tiro atinge, também, cada um de nós, cidadãos comuns, civis.

Não é uma morte qualquer. Fere mortalmente essa sociedade que muitas vezes olha com preconceito o policial, vendo-o com desdém.

É, ainda, prova da falência do modelo de segurança pública que temos. Centenas e milhares de homens e mulheres são colocados como escudos da sociedade, sem respaldo técnico, sem amparo de inteligência.

Estamos perdendo a guerra.

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Categoria(s): Segurança Pública/Polícia

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