A suessão municipal em Natal (veja postagem mais abaixo) é uma das mais confusas das últimas décadas. Imprevisível.
A começar por uma assertiva do falecido deputado federal Djalma Marinho: "Natal não é de ninguém. Natal é da liberdade".
É fato.
Além dessa característica da sociologia política, há ainda outro cenário em questão, a partir da ótica do fim do bipolarização há tempos entre Maia e Alves. Hoje, ninguém é de ninguém.
Toda mistura é possível e impera a desfaçatez em vez da clareza de posições.
Micarla de Sousa (PV), eventual candidata à reeleição, com acachapantes níveis de rejeição ao seu governo, juntou secos e molhados em sua gestão. Entrou com uns aliados, conviveu com outros durante meses e hoje está com outra patota.
Ninguém sabe com que roupa ela vai aparecer na campanha do próximo ano.
Forças tradicionais como o agripinismo e o aluizismo têm fatias do eleitorado, mas isoladamente não elegem um prefeito.
O PT corre por fora oscilando em outra candidatura própria, que pode ser frustrante, ou uma aliança capaz de vencer.
O grupo da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) é um ingrediente novo nessa mistura. Até aqui, silente.
O ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) desponta como um forte candidato.
Mas o esquema do vice-governador Robinson Faria (PMN) também volta seus olhos para a cadeira de Micarla.
A ex-prefeita três vezes e governadora Wilma de Faria (PMN) está viva, mas fragilizada.
O PSDB do deputado federal Rogério Marinho corre por fora, o mesmo ocorrendo com o PR do também deputado federal João Maia (PR).
O que parece absolutamente certo nessa caldeirada política?
PT e DEM não se juntam no mesmo palanque.
O resto, "pode tudo", bem ao estilo do falecido cantor-compositor Tim Maia.
Veja AQUI artigo sobre o perfil eleitoral de Natal e quanto a Djalma Marinho, postado antes das eleições do ano passado. Observe que a análise bateu com o que jorrou das urnas em Natal. Ninguém faz de Natal um curral.
Foto – Robinson e Rosalba têm olhos voltados para o embate na capital
Vejo que é chegada a hora dos partidos que compõem a esquerda potiguar, em especial nas cidades de Mossoró e Natal, lançarem seus candidatos como opção preferencial para o eleitorado que quer sair dessa mesmice de MAIAS, ALVES, ROSADOS etc.