A política brasileira ganhou uma “dinâmica” nova em meio ao lamaçal da Operação Lava Jato. De Brasília ao Rio Grande do Norte, é dificílimo se fazer uma previsão para a semana seguinte, imagine esquadrinhamos o possível cenário de 2018.
Tudo é muito movediço e volátil.
Quase ninguém é certo para essa ou àquela disputa.
A corrida eleitoral do estado, por exemplo, é exatamente o modelo desse amontoado de interrogações.
O governador Robinson Faria (PSD) concorrerá à reeleição? Nem ele tem certeza.
Pode ser que sim; pode ser que não, tentando novo mandato à Assembleia Legislativa, onde passou muitos anos.
O atual prefeito natalense Carlos Eduardo Alves (PDT) será mesmo o candidato dos “Alves”, Rosado, Melo, Maia etc. ao governo?
Pode ser que sim; pode ser que não, optando por concluir seu mandato. Unanimidade na família ele não é.
Mais do que nunca parece não termos nenhum “governador em férias” ou “governador imbatível”.
Diga-se até: a prioridade por parte de alguns poderosos caciques é muito particular.
Garibaldi Filho (PMDB), senador, tem no filho e deputado federal Walter Alves (PMDB) o grande foco. Muito mais do que sua reeleição ao Senado.
Henrique Alves (PMDB), ex-presidente da Câmara Federal, sonha desesperadamente em retornar a Brasília e à Casa que comandou e onde ficou acantonado por mais de 40 anos.
Vencer o governo do estado com o primo e ex-desafeto por muito anos, Carlos Eduardo Alves, não é exatamente a “pedra angular” dessa construção político-familiar.
Carlos Eduardo deve saber disso muito bem. Sabe!
Quanto a Robinson, não ser pior do que a antecessora Rosalba Ciarlini (PP) tem sido o projeto de agora. Sonhar com a reeleição é-lhe um direito, mas por enquanto não passa de um pesadelo. Para ele, muito mais para os cidadãos potiguares.
Poderemos ter surpresas de um lado e de outro? É possível e não deve ser descartado. Daí o alto grau de imprevisibilidade para 2018.
O ambiente convulsionado da política e da gestão pública ajudam no aparecimento de ‘novidades’, alternativas ou hipotéticos salvadores da pátria, populistas etc.
Caso atual emblemático, é o prefeito paulistano João Dória (PSDB). Surgiu do nada, encorpa sua própria imagem e eclipsa até donos do partido, como o governador Geraldo Alckmin e os desgastados senadores Aécio Neves e José Serra.
Mas não nos esqueçamos: a atmosfera é propícia ainda para velhos alquimistas da palavra, com o lero-lero de sempre. São do ramo.
Lá embaixo, a plateia que parece catatônica, como se coletivamente fosse tomada pela “Síndrome de Estocolmo” (estado psicológico em que a vítima se identifica com seus captores/algozes), precisa ser melhor entendida e analisada.
Talvez, nada seja como antes, mesmo que não mude muito e termine no mesmo.
Tom Jobim dizia: “O Brasil não é para principiantes”.
A política do RN, também.
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