Em comemoração ao 14 de março – Dia Nacional da PoesiaI, a Poetas e Prosadores de Mossoró (POEMA), completando 14 anos de existência, programou uma manhã de poesias na Central de Abastecimento de Mossoró, o Mercado da Cobal. Mas terminou num delicado incidente.
Os poetas foram proibidos pela administração do equipamento público de sequenciarem o evento, nesse domingo (13), às 5h30.
O poeta e presidente da Poema, Caio Muniz, iniciou o recital declamando algumas poesias de poetas locais, em seguida o cantor e compositor Genildo Costa começou a mostrar o seu repertório musical.
Mas de repente foi recebida uma ordem externa, para que o evento aberto ao público, gratuito e apolítico fosse encerrado. Imediatamente.
– Nosso chefe mandou dizer pra vocês que encerrem imediatamente esse movimento – determinou um dos seguranças da Central de Abastecimento, que pertence a uma empresa terceirizada, que presta serviço à Prefeitura de Mossoró.
Caio César César tentou argumentar, mas recebeu ordens ainda mais expressas, de um administrador do local: "Desça e desligue o som imediatamente".
Para não causar um conflito maior, os integrantes do movimento resolveram acatar as ordens. E bateram em retirada, deixando indignado o público presente, que já aplaudia a apresentação dos poetas.
Nota do Blog – Terra da Liberdade e Capital da Cultura… eis dois epítetos fantasiosos que Mossoró insiste em ostentar.
O temor dos donos do poder, era de que a apresentação se inclinasse para uma manifestação engajada,
dissecando como tem funcionado a gestão pública na cidade e a política cultural do município.Pobre Mossoró.
Foto – O poeta Caio Muniz, diante de dois vigilantes, argumenta em vão que poesia faz bem à alma, ao corpo e é inofensiva aos donos do poder.
Esse episódio apenas soma-se a outros tantos que não serão esquecidos, oriundos da baixaria e das picuinhas que assolam a política local. Pobre aldeia dos Monxoros….
Vou fazer um pequeno comentário: sem comentários!!!
a cultura perdeu o seu valor,em passado recente,nossos agitadores culturais,eram melhor recebidos p a realeza.
ou era só de mentirinha?
b dia ,b inicio de semana.caro jornalista
Para a classe política,”inteligentzia”,intelectuais ou até mesmo intelectualóides,só quando lhe convém.
Só existe uma panacéia para que fatos deprimentes como este não sejam repetidos: NÃO VOTAR EM NENHUM(A) ROSADO!.
Mossoró engendra o revés do seu próprio enredo. Sua opulenta história é traçada como escória àqueles que dilatam a riqueza intelectual da nossa cidade.
É por esta e outras coisas mais, que acontecem em nossa cidade, que eu sempre tenho dito:
Dizer que Mossoró é a terra da liberdade, ou cidade libertária, é cometer hipocrisia na terra de Santa Luzia.
QUE VERGONHAAAAAA!!!! A CAPITAL DA CULTURA????????????EXPULSANDO POETAS DE UM ÓRGÃO PÚBLICO POR RECITAREM POESIAS??????? ISSO É VERDADE MESMO?????GUSTAVO, PREFEITO DE FATO, VC QUE SEMPRE FOI UM DEFENSOR DAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS SOUBE DESSE EPISÓDIO??????
Um absurdo e um equívoco dos grande por parte da administração da Cobal. Meu apoio aos poetas de nossa terra!
É por estas e outras que muitas vezes o ombro pesa e chegamos a pensar em desistir de tudo…
Ora, além de não fazerem as coisas acontecerem ainda atrapalham quem quer fazer DE GRAÇA!!!
Será que o assunto será tratado na Câmara de Mossoró? Os representantes do legislativo deveriam cobrar dos responsáveis pelo ato uma resposta. Triste da cidade que trata assim os seus poetas.
Carlos, boa tarde.
Infeliz equívoco que deve ser reparado. Penso não ser preciso pedir autorização à realização desse tipo de manifestação, por ali tratar- se de um logradouro público, de grande concentração humana que certamente aprecia a arte, o poeta e a poesia.Necessário apenas informar a quem de direito.Ao invés de inibir, incentivar. Com a palavra o gestor público devidamente constituído.
eu fiquei muito surpresa com essa atitude , tao ditadora.
mais so poderia vir de mossoro.
uma cidade com um número tao elevado de crimes.
nao entenderia nunca o que é a cultura.
SOU DA CIDADE DE AREIA BRANCA.
FIQUEI CHOCADA MESMO.
Acho um absurdo este tipo de constrangimento que passou um grupo de poetas em Mossoró, quando de forma espontânea busca registrar o Dia Nacional da Poesia em Mossoró. Propagar a sensibilidade dos poemas e serem recebidos por seguranças? Sabemos que os “guardas” estão cumprindo ordens, mas é melhor que quem deu as ordens assuma sua incapacidade de gestor.
Declaro aqui, que a organização do Mossoró Audiovisual elaborou um projeto para exibir pequenos vídeos na Cobal e promover eventos culturais nas manhãs de sábado e que depois deste episódio o projeto foi engavetado. Não temos interesse em sermos recebidos desta forma. Artista merece respeito.
Aos poetas apresentamos nossa solidariedade e revolta, ao público que estava presente dizemos que sentimos muito e aos gestores declaramos indignação.
“…Que tristeza, que nós sentia, cada tábua que caia, doia no coração…Os homi tá cá razão, nóis arranja outro lugar…”
Tô contigo, grande Caio.
Fica difícil até comentar uma atitude dessa natureza…Como diz Boris ISSO É UMA VERGONHA para nossa cidade.
LIBERTARTES
Ivanaldo Xavier
Na terra da liberdade
Poesia precisa de alvará
Não em toda cidade
Aqui é o que de novo, há
Pra comemorar o seu dia
Os poetas foram à rua
Felizes e sem agonia
Foram todos d’alma nua
No mercado da Cobal
A rima fluía à solta
E um administrador mal
Não gostou, saiu da moita
Ameaçou chamar a polícia
Botou pra fora os poetas
Todos eles sem malícia
Mas tratados como patetas
Não sabiam que a cidade
A boa cultura dificultará
Pois na terra da liberdade
Poesia precisa de alvará
diante o episódio ocorrido na manhã de 14 de março nas dependencias da cobal onde poetas rogerio dias, caio cesar muniz dentre outros foram tolhidos, com lucidez de ultima hora recordo um fato ocorrido em 2008 q envolvia os detentores do poder municipal em uma de suas homericas farras em predio publico erguendo copos, taças e garrafas. uma só pessoa ousou intimidar os festivos detentores municipais. acreditem, até hj o predio nao foi identificado nem estorvo algum ocorreu. vade retro satanas!
E uma das bandeiras de campanhas da Governadora “Rosa” foi resgatar a cultura e a arte do estado, mas na sua própria cidade natal a cultura não tem liberdade de expressão. Que exemplo de cultura ela pode dar pro estado?
Na episódio da Cobal, dois mundos em confronto: a barbárie e a cultura, respectivamente à esquerda e à direita da foto. Exige-se no mínimo um pedido de desculpas, formal, por parte da municipalidade.
Sobre esse episódio, o que diriam os poetas de Mossoró que participam de atividades festivas oficiais, regadas a boas bebidas, grandes comilanças e cachês, sob o chacoalhar das jóias (mim perdoe Lennon) da nobreza palaciana e os seus DAs.
Com a palavra Antonio Francisco, e outros tantos.
No mínimo esse diretor!? (de que?)truculento deveria cair.