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segunda-feira - 14/03/2011 - 11:28h

Poetas são expulsos da Cobal em Mossoró


Em comemoração ao 14 de março – Dia Nacional da PoesiaI, a Poetas e Prosadores de Mossoró (POEMA), completando 14 anos de existência, programou uma manhã de poesias na Central de Abastecimento de Mossoró, o Mercado da Cobal. Mas terminou num delicado incidente.

Os poetas foram proibidos pela administração do equipamento público de sequenciarem o evento, nesse domingo (13), às 5h30.

O poeta e presidente da Poema, Caio Muniz, iniciou o recital declamando algumas poesias de poetas locais, em seguida o cantor e compositor Genildo Costa começou a mostrar o seu repertório musical.

Mas de repente foi recebida uma ordem externa, para que o evento aberto ao público, gratuito e apolítico fosse encerrado. Imediatamente.

– Nosso chefe mandou dizer pra vocês que encerrem imediatamente esse movimento – determinou um dos seguranças da Central de Abastecimento, que pertence a uma empresa terceirizada, que presta serviço à Prefeitura de Mossoró.

Caio César César tentou argumentar, mas recebeu ordens ainda mais expressas, de um administrador do local: "Desça e desligue o som imediatamente".

Para não causar um conflito maior, os integrantes do movimento resolveram acatar as ordens. E bateram em retirada, deixando indignado o público presente, que já aplaudia a apresentação dos poetas.

Nota do Blog – Terra da Liberdade e Capital da Cultura… eis dois epítetos fantasiosos que Mossoró insiste em ostentar.

O temor dos donos do poder, era de que a apresentação se inclinasse para uma manifestação engajada, dissecando como tem funcionado a gestão pública na cidade e a política cultural do município.

Pobre Mossoró.

Foto – O poeta Caio Muniz, diante de dois vigilantes, argumenta em vão que poesia faz bem à alma, ao corpo e é inofensiva aos donos do poder.

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Categoria(s): John Deacon

Comentários

  1. Lucius diz:

    Esse episódio apenas soma-se a outros tantos que não serão esquecidos, oriundos da baixaria e das picuinhas que assolam a política local. Pobre aldeia dos Monxoros….

  2. Rui Nascimento diz:

    Vou fazer um pequeno comentário: sem comentários!!!

  3. itamar de sousa diz:

    a cultura perdeu o seu valor,em passado recente,nossos agitadores culturais,eram melhor recebidos p a realeza.
    ou era só de mentirinha?
    b dia ,b inicio de semana.caro jornalista

  4. zepaula diz:

    Para a classe política,”inteligentzia”,intelectuais ou até mesmo intelectualóides,só quando lhe convém.

  5. MARCOS PINTO - Da AAPOL, ICOP, IHGRN e do IANTT. diz:

    Só existe uma panacéia para que fatos deprimentes como este não sejam repetidos: NÃO VOTAR EM NENHUM(A) ROSADO!.

  6. Kleber Silveira diz:

    Mossoró engendra o revés do seu próprio enredo. Sua opulenta história é traçada como escória àqueles que dilatam a riqueza intelectual da nossa cidade.

  7. Mário Ilo Garcia diz:

    É por esta e outras coisas mais, que acontecem em nossa cidade, que eu sempre tenho dito:
    Dizer que Mossoró é a terra da liberdade, ou cidade libertária, é cometer hipocrisia na terra de Santa Luzia.

  8. LIA QUEIROZ diz:

    QUE VERGONHAAAAAA!!!! A CAPITAL DA CULTURA????????????EXPULSANDO POETAS DE UM ÓRGÃO PÚBLICO POR RECITAREM POESIAS??????? ISSO É VERDADE MESMO?????GUSTAVO, PREFEITO DE FATO, VC QUE SEMPRE FOI UM DEFENSOR DAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS SOUBE DESSE EPISÓDIO??????

  9. Gutemberg Dias diz:

    Um absurdo e um equívoco dos grande por parte da administração da Cobal. Meu apoio aos poetas de nossa terra!

  10. Caio César Muniz diz:

    É por estas e outras que muitas vezes o ombro pesa e chegamos a pensar em desistir de tudo…

    Ora, além de não fazerem as coisas acontecerem ainda atrapalham quem quer fazer DE GRAÇA!!!

  11. Esdras Marchezan diz:

    Será que o assunto será tratado na Câmara de Mossoró? Os representantes do legislativo deveriam cobrar dos responsáveis pelo ato uma resposta. Triste da cidade que trata assim os seus poetas.

  12. vicente venacio diz:

    Carlos, boa tarde.
    Infeliz equívoco que deve ser reparado. Penso não ser preciso pedir autorização à realização desse tipo de manifestação, por ali tratar- se de um logradouro público, de grande concentração humana que certamente aprecia a arte, o poeta e a poesia.Necessário apenas informar a quem de direito.Ao invés de inibir, incentivar. Com a palavra o gestor público devidamente constituído.

  13. maria antonia de oliveira diz:

    eu fiquei muito surpresa com essa atitude , tao ditadora.
    mais so poderia vir de mossoro.
    uma cidade com um número tao elevado de crimes.
    nao entenderia nunca o que é a cultura.
    SOU DA CIDADE DE AREIA BRANCA.
    FIQUEI CHOCADA MESMO.

  14. Ana Lucia Gomes diz:

    Acho um absurdo este tipo de constrangimento que passou um grupo de poetas em Mossoró, quando de forma espontânea busca registrar o Dia Nacional da Poesia em Mossoró. Propagar a sensibilidade dos poemas e serem recebidos por seguranças? Sabemos que os “guardas” estão cumprindo ordens, mas é melhor que quem deu as ordens assuma sua incapacidade de gestor.

    Declaro aqui, que a organização do Mossoró Audiovisual elaborou um projeto para exibir pequenos vídeos na Cobal e promover eventos culturais nas manhãs de sábado e que depois deste episódio o projeto foi engavetado. Não temos interesse em sermos recebidos desta forma. Artista merece respeito.

    Aos poetas apresentamos nossa solidariedade e revolta, ao público que estava presente dizemos que sentimos muito e aos gestores declaramos indignação.

  15. Sebastião Almeida de Medeiros diz:

    “…Que tristeza, que nós sentia, cada tábua que caia, doia no coração…Os homi tá cá razão, nóis arranja outro lugar…”
    Tô contigo, grande Caio.

  16. MANOEL MACHADO diz:

    Fica difícil até comentar uma atitude dessa natureza…Como diz Boris ISSO É UMA VERGONHA para nossa cidade.

  17. Ivanaldo Xavier diz:

    LIBERTARTES

    Ivanaldo Xavier

    Na terra da liberdade

    Poesia precisa de alvará

    Não em toda cidade

    Aqui é o que de novo, há

    Pra comemorar o seu dia

    Os poetas foram à rua

    Felizes e sem agonia

    Foram todos d’alma nua

    No mercado da Cobal

    A rima fluía à solta

    E um administrador mal

    Não gostou, saiu da moita

    Ameaçou chamar a polícia

    Botou pra fora os poetas

    Todos eles sem malícia

    Mas tratados como patetas

    Não sabiam que a cidade

    A boa cultura dificultará

    Pois na terra da liberdade

    Poesia precisa de alvará

  18. Izaurinha diz:

    diante o episódio ocorrido na manhã de 14 de março nas dependencias da cobal onde poetas rogerio dias, caio cesar muniz dentre outros foram tolhidos, com lucidez de ultima hora recordo um fato ocorrido em 2008 q envolvia os detentores do poder municipal em uma de suas homericas farras em predio publico erguendo copos, taças e garrafas. uma só pessoa ousou intimidar os festivos detentores municipais. acreditem, até hj o predio nao foi identificado nem estorvo algum ocorreu. vade retro satanas!

  19. Charle Paiva diz:

    E uma das bandeiras de campanhas da Governadora “Rosa” foi resgatar a cultura e a arte do estado, mas na sua própria cidade natal a cultura não tem liberdade de expressão. Que exemplo de cultura ela pode dar pro estado?

  20. Antonio Alvino da Silva Filho diz:

    Na episódio da Cobal, dois mundos em confronto: a barbárie e a cultura, respectivamente à esquerda e à direita da foto. Exige-se no mínimo um pedido de desculpas, formal, por parte da municipalidade.

  21. jadson arnaud diz:

    Sobre esse episódio, o que diriam os poetas de Mossoró que participam de atividades festivas oficiais, regadas a boas bebidas, grandes comilanças e cachês, sob o chacoalhar das jóias (mim perdoe Lennon) da nobreza palaciana e os seus DAs.
    Com a palavra Antonio Francisco, e outros tantos.
    No mínimo esse diretor!? (de que?)truculento deveria cair.

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