Veja o exemplo do atual estágio polÃtico.
Apesar de ter um governo seriamente abalado por gestão temerária, mergulhado numa crise financeira injustificável, a prefeita Fafá Rosado (DEM) é favoritÃssima à reeleição. Não tem adversários. Até porque não existe oposição no municÃpio.
A pobreza de mentalidade e a fraqueza de atitudes na polÃtica da "cidade libertária" produzem esse fenômeno. Na oposição, que é na verdade espectro desse conceito, pura miragem, ninguém aparece. Tudo não passa de especulação e arremedo de concorrência.
Na tenda governista, há uma fila de gente se acotovelando querendo ser vice de Fafá.
A prefeita é uma senhora inatacável. Como administradora, está aquém das aspirações desenvolvimentistas da sociedade.
Do ponto de vista polÃtico, Fafá Rosado é estandarte de empatia popular, mas órfão de um mentor polÃtico em seu bloco familiar. Falta o articulador, o cabeça pensante e não apenas alguém para dar ordens e exercitar o mando.
Poder e mando não são sinônimos. Possuem sentidos parecidos. O primeiro é o substrato da autoridade, o segundo é subproduto dessa.
Em polÃtica, a distância entre uma e outra tem a profundidade das fossas marianas e distância intergaláctica.
Em politica não existe milagre, existe sim, estrutura econômica ou de governo e uma estratégia bem montandas para ganhar eleições. O grupo familiar que está no poder a bastante tempo sabe fazer polÃtica desse tipo com muita competência. Esse grupo, nos últimos 35 anos, vem se mantendo no poder com abilidade polÃtica e com muita estrutura. Primeiro, são governistas por natureza, tanto faz uma ditadura ou uma democracia, estão lá no poder.Segundo, montaram uma boa estrutura de comunicação. Terceiro, a muito tempo são donos dos cargos comissionados, no governo municipal e estadual, só do municipio são mais de mil e todos são cabos eleitorais, ferrenhos, vão para ruas, fazem campanha. Quarto, nunca deixaram de ser perspectiva de poder, fator aglutinador. Quinto, se dividiram, ocupando todos os espaços polÃticos no municipio. Quem conseguiu derrotá-lo foi Toinho Rodrigues de Carvalho em 1968, no próximo ano completa 40 anos dessa vitória. Toinho, contou com o apoio do governo estadual, a época Walfredo Gurgel, de um bom sistema de comunicação e do mito da politica norte-rio-grandense, com muita força na época, Dr Aluizio Alves. Quem viveu essa campanha se lembra da famosa vigilia de 72 horas que Aluizio fez em Mossoró. Não é facil fazer oposição na nossa cidade, principalmente hoje. Agora, chegou-se ao máximo, ninguem sabe quem faz oposição ao governo municipal, todos visando o pleito de 2010, estão no limbo da politica, sem querer desagradar o grupo famÃliar que comanda a prefeitura. Nos da esquerda, só temos uma opção, união, para tentar repetir a proeza de 1968, o que não é fácil
Por que Antônio Capistrano tens uma poção contrária a egemonia Rosado? Deixe-me ver:
– Deputado Estadual pelo PMDB,o qual até pouco tempo era comandada por uma facção da famÃlia Rosado, por mais que tenha sido apoiado pelo Deputado Federal Henrique Alves;
– Vice-Prefeito por dois mandatos da prefeita Rosalba Ciarlini, principal figura da outra facção da famÃlia Rosado.
– Seu filho foi o Gerente da Juventuda Esporte e Laser e só foi exonerado porque vosso pai apoiou a reeleição da Governadora.
Melancia? Verde por fora e Vermelho por dentro?
que bom, pelo menos alguém se diz oposição, só falta praticar.