Com os rumos que vejo a política mossoroense tomar, em que borbulha a pobreza de quadros, ausência de espírito público e a prosperidade de mentecaptos e pilantras, fico num beco sem saída. Em quem votar?

Não me permito ao voto em branco ou nulo. Nem me imagino fungindo das urnas.

Às vezes parece que assisto a uma sessão de sadismo ou reprodução do campeonato de futebol do "Carandiru."

De um lado o time da ala dos "Serial Killers", sedentos por sangue, um bando de açougueiros que possui como principal ídolo o coronel nazista Klaus Barrbie, cognominado de "Carniceiro de Lyon". Sua passagem pela França na ocupação alemã foi marcada por crimes contra crianças e prisioneiros, em mortes e torturas odiosas.

Na outra linha, temos a patota do "Pavilhão 9." É uma récua de ladrões, mistura de batedores de carteira da Cinelândia com quadrilheiros de Chinatown. Seu eterno camisa dez é Ronaldo Biggs, aquele do assalto ao trem pagador inglês, em 1963. O Biggs, claro, muito mais decente de qualquer um deles.

É triste. Mas chegamos mesmo à borra. Um vespeiro de vigaristas, cínicos e canalhas prontos para continuarem ludibriando o povo. Eu, eleitor amante do voto, aguardo uma luz. 

Não havendo alternativa, o jeito é escolher: Pavilhão 9 ou Serrial Killer.

* Volto já com mais novidades, sobretudo quanto aos bastidores da farsa da "UTI Neonatal" de Mossoró.