Comentaristas e noticiários esportivos exaltam a fórmula de ponto corrido do Brasileirão de Futebol. Rendem-se aos números.
Mas ninguém toca na explicação para o êxito. Uns por desconhecimento e outros por incapacidade analítica mesmo.
O Brasileirão chega ao ápice este ano, porque há nivelamento técnico por baixo dos times. Quantos craques – por exemplo – têm Cruzeiro e Grêmio?
Não existe um supertime para tomar distância dos demais. Por isso que cinco a seis disputantes chegaram à reta final em condições de alcance do título.
Outro aspecto, é que existem vários atrativos ao confronto: os quatro primeiros vão para a Libertadores; do quinto ao 11º colocado a vaga é para a Sulamericana; não terminar entre os quatro últimos (17º ao 20º) significa evitar a Segundona.
Então, a disputa necessariamente fica empolgante até a última rodada. Se existisse apenas o título de campeão em jogo e a luta para não cair, a competição estaria esvaziada.
A quantidade de gols aumentando também tem explicação. Em parte considerável decorre da necessidade de vencer a qualquer custo ou o medo de perder. Um exemplo é o jogo Flamengo 5 x 2 Palmeiras.
Na ânsia de empatar, o Palmeiras cedeu o contra-ataque e o time carioca fez quatro dos cinco gols assim.
É isso.
Caro Carlos Santos,
Gosto muito das suas matérias sobre política e sobre as coisas de Mossoró, mas também acho que futebol não é o seu forte. Na matéria você diz: “Se existisse apenas o título de campeão em jogo e a luta para não cair, a competição estaria esvaziada.”. O se não existe, ou é apenas condicional e não serve como argumento. Em todo o mundo os campeonatos nacionais são por pontos corridos, por que no Brasil teria que ser diferente? O campeonato por pontos corridos é tão justo, que há algumas rodadas, ninguém acreditava mais no São Paulo, que estava a 13 pontos do líder. Hoje são poucos os que não apontam o tricolor paulista como favorito ao título e ao tri campeonato consecutivo.