quarta-feira - 03/12/2008 - 16:13h

“Prefeito de fato” mente para poder fechar Afim friamente

"Fica o município autorizado a dissolver, liquidar e extinguir o Abatedouro Frigorífico e Industrial de Mossoró (AFIM)".

Essa é uma síntese do projeto de lei complementar, 28, no artigo 69 do projeto de reforma administrativa da Prefeitura de Mossoró. Não existe meio-termo, rodeio algum, que signifique privatização.

A idéia do governo da prefeita Fafá Rosado (DEM), estampada na proposição, é mais do que clara: é o fim do Afim.

A empresa de economia mista com absoluto controle do município, só não foi pra degola hoje no plenário da câmara municipal, porque houve pressão externa. A começar pela voz quase solitária da mídia, via este Blog.

A chamada imprensa convencional, com raríssimas exceções, não se manifestou sobre o tema. Assim mesmo priorizando versão oficial fantasiosa.

Porém, o paroxismo desse divórcio da verdade é evidenciado hoje, entre as páginas 3 e 4 do Jornal de Fato. Na 3, o agitador cultural Gustavo Rosado, que é o "prefeito de fato", afirma que o Afim não será vendido. Classifica de equivocado o noticiário.

O agitador cultural (na foto acima, de costas, tendo sua leitura diária ao fundo), é desmentido pelo próprio periódico na página seguinte. A manchete atesta que o Afim será "liquidado".

"Não se falou que será extinto, e sim em que poderá ser", declarou Gustavo ao De Fato. Antes, soltou esta: "Está havendo má interpretação".

Para complementar a pirueta semântica do agitador cultural, ele lança dubiedade sobre o próprio projeto no que concerne à sua finalidade. Uma estupidez de quem parece acreditar que todos os mossoroenses são idiotas.

A proposição não se refere à privatização: dissolver, liquidar e extinguir.

Nenhum desses vocábulos é sinônimo de privatizar. É o fim do Afim, só isso. A menos que os vereadores finalmente assumam papel de defesa da coisa pública e do interesse social, em vez de baixarem as calças à promiscuidade politiqueira. 

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Comentários

  1. Carlos Antonio Nunes diz:

    Ah Dix-huit vivo, com Mário Rosado no poder. Que falta em Xará!
    Como mossorense, ainda lembro do velho Alcaide quando deixou a prefeitura exibindo o extranto do banco, em via pública, mostrando com todas as contas em dia.

  2. FATINHAQUEIROZ diz:

    Kkkkkkkkkk,Carlos vc observou na foto o blog que o prefeito de Mossoró estava lendo.Ainda bem que ele ler´,para saber e ver o que a população acha dessa catastrófica administração.Se é que isso lhe importa; o povo, afinal eleição só daqui a 2 anos……..Mas espero que ele leia pelo menos os comentários………KKKKKKKKKKKKKK…….

  3. Francisco Dornellas diz:

    a foto diz tudo: o prefeito de fato é leitor assíduo do seu blog. Parabéns aos dois, o titular do blog e ao leitor.

  4. jb diz:

    Carlos Santos,parece que o [des]governo municipal iniciou um programa de privatização, começou com o “Mossoró Cidade Junina”, Praça da Criança e agora o AFIM, e quanto a “privatizaçaõ” de alguns veículos de comunicação local quando comerá De fato?

  5. Rui Nascimento diz:

    A imprensa “baba ovo” tenta convencer que a Prefeitura tem razão em fechar o AFIM. Colunistas usam a linguagem da Prefeitura para tentar manipular a opinião pública. Só falam dos prejuízos dos cofres públicos, até parece que é sério. Ninguém está pensando na saúde da populção. Se mesmo com Abatedouro ainda existe abate clandestino, imaginem sem ele. Não seria mais fácil fiscalizar? Se o AFIM opera no vermelho a 23 anos, por que só agora perceberam que o mesmo é inviável? De onde veio a estatísta de que 70% da carne consumida na cidade vem de frigoríficos industrizalizados? Os outros 30% que não consomem carne industrializada, vão comer carne de onde? Dos abates clandestinos, ou mesmo do Lixão de Cajazeiras? Perguntas que precisam de respostas.

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