A cor-padrão está mantida: é o amarelo. Mas o candidato à reeleição à Prefeitura de Mossoró, prefeito Francisco José Júnior (PSD), repaginou o próprio nome político para se apresentar ao eleitor na atual campanha.
O objetivo do marketing é ainda difícil de se identificar com segurança, mas se for para simplificar, tudo bem. Ficou simples mesmo utilizar apenas o prenome do candidato. Se será eficaz, o tempo dirá.
Francisco José Júnior é agora simplesmente “Francisco”. Em todo material de campanha para tentar amealhar votos, ele aparece de um jeito que não foi durante toda vida pública e no próprio mandato em andamento, desconectado da origem biológica e política.
Em campanhas para vereador, o hoje prefeito Francisco José Júnior chegou a usar o slogan “Em nome do pai” para justificar o voto em seu nome a partir do largo conceito social conquistado por Francisco José, o pai (ex-vereador e ex-deputado estadual).
A forte associação que marcou toda sua vida política de mais de 16 anos, ligando-o ao nome civil paternal, desapareceu na corrida eleitoral deste ano por força do marketing. É como se nunca tivesse existido.
“Papa Francisco”
Nas peças de propaganda agora, Francisco (ex-Francisco José Júnior) aparece com punho cerrado e braço direito erguido, numa outra identidade visual para tentar chegar à reeleição.
O marketing tem suas razões (ou deve ter) para tentar esse ajuste que o separa do seu maior capital-imagem até então: “o enfermeiro do povo”, o ex-deputado, o “irmãozinho” Francisco José. Esses epítetos se incorporaram ao ex-parlamentar estadual e o ajudaram a transferir votos ao filho Francisco (ou Francisco José Júnior), em quatro campanhas a vereador e a prefeito em 2014.
Francisco é um nome “papal”, digamos. “Papa Francisco”, prefeito Francisco. Se a ideia é ligar um ao outro subliminarmente, a junção cria um ecumenismo político-eleitoral religioso raro na tentativa de cabalar votos em 2 de outubro, haja vista que o seu vice, Micael Melo (PTN), é evangélico.
Já o slogan da campanha é extraído de trecho da música-tema do espetáculo teatral “Chuva de Bala no País de Mossoró”, do compositor Nissan Guanais – como o Blog já postou (veja AQUI). Remete-o à figura destemida do prefeito Rodolfo Fernandes, líder da resistência da cidade ao bando de Lampião em 1927:
– Sempre resistir; recuar, jamais!
Nos primeiros programas de rádio e televisão, nas ruas e redes sociais, Francisco (ou Francisco José Júnior) é apresentado como “vítima” da elite política local materializada nos tentáculos da família Rosado.
Vencer a todos é uma tarefa que não caberia a Francisco José Júnior ou “Silveira”, como ele é conhecido desde a infância por familiares e amigos, mas a Francisco. Com uma pitadinha de Rodolfo Fernandes, claro.
Francisco José, o pai, fica apenas como cabo eleitoral terreno.
Veja matéria sobre identidade visual da campanha de Rosalba Ciarlini (PP) – clicando AQUI.
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Se tentou imitar Sua Santidade o Papa Francisco, fez mal. O Papa agiu por humildade e vem demonstrando quão verdadeira é sua humildade. O Papa Francisco é admirado por todas as religiões. Mesmo que Francisco José não tenha copiado aquele homem santo, pareceu ter feito. Foi mal orientado. Agora, quanto à família Fernandes é um dos poucos momentos remotos de minha família que posso testemunhar. Tínhamos excelente relacionamento com os Fernandes. Era minha colega de escola, grande amiga, Isaura Fernandes, filha de Paulo Fernandes , grande amigo de meu pai. Sou prova viva de que essa rivalidade entre as famílias Fernandes e Rosado é drama criado, suposto e que é abordado, erradamente, em um livro. Algum pesquisador interessado pode me inquirir. Acredito que Isaura Fernandes também esteja viva. É da minha idade. Paulo Fernandes, deve estar na companhia de meu pai.
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Ele quer ser o papa, mas está mais para o papafigo, a temível figura folclórica de Mossoró que anda em um carro preto e sequestra crianças para se alimentar do seu fígado
Aos pesquisadores: a esposa de Rodolfo Fernandes chamava-se Isaura Fernandes. A minha amiga de escola ,por muitos anos, Isaura Fernandes recebeu o nome de sua avó. Paulo Fernandes,pai de minha amiga Isaura, era filho de Rodolfo Fernandes e amigo de meu pai, Dix-huit Rosado. Fomos amigas da infância à adolescência. E amigas eram nossas famílias. Nosso colégio era o ” Sacré Coeur de Marie “.
Só se for mesmo o papafigo, kkkkkkkkk