Por Tárcio Araújo (Jornal das Cinco)
“A partir de Janeiro voltarei a ser aquele prefeito interino que todos conheceram.” Essa foi uma promessa do prefeito mossoroense Francisco José Júnior (PSD), apresentada nessa quarta-feira (30) no programa “Jornal das Cinco”, da FM 105,1 de Mossoró.
Essa foi a tônica repetida por mais de uma vez pelo Prefeito Francisco José Junior durante a entrevista concedida aos apresentadores do programa, jornalistas Fábio Oliveira e Tárcio Araújo. Enfim, finalmente reconheceu que no inconsciente popular, termina existindo algo como um ‘dois em um’. O da interinidade não seria o mesmo após eleito no pleito suplementar de maio de 2014. Um enfoque que o Blog Carlos Santos já tratara há vários meses (veja AQUI), mostrando a ‘crise de identidade’.
O prefeito considerou que o ano de 2015 não é deve ser lamentado. Enalteceu pontos de sua gestão, lamentou a perda de recursos financeiros da Prefeitura, que segundo ele foi o grande implicador para que outras realizações não avançassem no seu governo. “Silveira” também considerou 2015 como um ano de aprendizado.
Vaias
Pela primeira vez ele comentou sobre a manifestação que sofreu quando foi vaiado em pronunciamento durante a Festa de Santa Luzia deste ano. Para o Prefeito, parte das vaias teria sido orquestrada premeditadamente por pessoas ligadas a grupos políticos de oposição, mas reconheceu que entre a multidão também houve sentimento espontâneo de eleitores que estão desapontados com a sua gestão, e atribuiu o descrédito popular ao corte de orçamento Federal.
“A frustração de receitas que vive o pais comprometeu nosso mandato. Tínhamos para 2015 as contas enxutas”, garantiu. “Fechamos o ano com tudo pago e prevíamos que sobraria 80 milhões para fazermos o trabalho, mais o apoio do Governo Federal e Governo do Estado achávamos que iriamos fazer um grande governo, mas devido a crise que nos tirou R$ 100 milhões de receita, infelizmente não aconteceu, e isso refletiu no sentimento das pessoas”, acrescentou.
Silveira revelou que as vaias também lhe serviram de ensinamento e aprendizado para os próximos passos da Gestão.
“Eu sabia que isso poderia acontecer, ate porque já aconteceu com prefeitos anteriores, mas entendo que a vaia é um ato de desamor e só há desamor quando antes existe amor. A vaia só existe quando há uma expectativa boa de uma pessoa e quando não é correspondida, isso acontece. As pessoas confiavam em mim. Mas recebo com muita humildade e agradeço a Deus todos os dias por aquilo”, disse.
“A questão do orgulho, da vaidade, da ambição são as grandes chagas da humanidade… E aquilo alí mostra que a gente tem que receber como um crescimento espiritual e moral”, elevou-se,
Um novo Silveira
Para o Prefeito Francisco José Junior, o fato das vaias lhe abriu os olhos para uma quebra de paradigma dentro de sua gestão.
“ As vezes não tomamos certas decisões preocupados para não desagradar um partido ou algum politico, mas no entanto temos que colocar as questões morais acima das questões politicas, as questões coletivas acima das questões partidárias, e, é isso que nós vamos fazer em 2016” .
O estilo da interinidade
“Quando da oportunidade que assumimos a interinidade que eu não sabia até quando iria ficar ou quando iria sair, toda a minha equipe trabalhava e não almejava nada em troca. Sem esperar questões politicas. Assim o nosso Governo andou mais rápido. E agora nós vamos governar dessa maneira, sem olhar para a questão política. Olhar para a questão moral. É para as pessoas e nós vamos administrar e começar 2016 com muita motivação e muita fé”, comentou.
Relação com Sindicatos
Durante a entrevista o Prefeito reiterou que o pagamento dos servidores municipais será efetuado em toda a totalidade no próximo dia 10 e Janeiro. O anúncio já havia sido feito dias antes e provocou reação dentro do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDISERPUM), que aprovara indicativo de greve para o próximo dia 04 de Janeiro. O prefeito criticou a decisão do Sindicato:
– Primeiro a gente tem que entender que o município está em estado de emergência. O servidor não pode entrar em greve, sob pena de perder o cargo. O grande problema que vejo nisso é que existe o Sindiserpum, existe o Sindsaúde, e agora estão criando um outro sindicato formado por vereadores de oposição, formado por pessoas ligadas a outros grupos para tirar proveito politico dessa situação – acusou.
“O nosso governo foi o que mais contratou servidores; foram mais de quinhentos, foi o que mais avançou no plano de cargos. A gente recebe os servidores, a gente conversa com a categoria e no entanto a gente não entende por que tanta greve se nas outras gestões sequer os servidores eram recebido, e não haviam tantas greves. Então é algo realmente que a população tem que analisar o que está por trás de tudo isso”, alertou.
Rompimento
O Prefeito também lamentou o rompimento do vice-prefeito Luiz Carlos Martins (PT). Disse que e disse que espera ele de volte ao governismo.
“Nunca houve nenhum problema com o vice-prefeito Luiz Carlos, é um homem muito bacana mas a sua assessoria é feita por pessoas extremamente radicais. O próprio partido dele o PT, recrimina e não apoia a postura de sua assessoria”, acusou. “Nunca faltou espaço para o vice, nem faltou diálogo”, destacou.
“Nós temos uma oração toda Sexta-feira e o vice-prefeito ia para essa oração, e quando terminava eu o atendia, conversa com ele de 15 a 30 minutos, e ele deixou de ir pra essa oração. Devido a atribulação a gente às vezes demorava a conversar. Também não foi falta de espaços, ele teve a oportunidade de assumir a Prefeitura por duas vezes. Mas prefiro que o partido dele resolva isso, que ele repense e volte para o governo, porque não tenho nenhum problema em relação a isso”, reiterou.
Adversários políticos
Prefeito também fez críticas aos seus adversários políticos. Ele direcionou o alvo principalmente, para a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP).
– Uma das candidatas que já está dizendo que é prefeita de férias, já foi vista em Natal e em Brasília conversando com os caciques mas não está conversando com o povo, com os partidos, com os movimentos comunitários. Então acho que isso é um equivoco, é um projeto de poder e não um projeto paras pessoas e para a cidade”, focalizou.
Empresariado
Sobre uma possível postulação de um nome do setor empresarial para as eleições do próximo ano, Silveira também não poupou críticas.
“Eu ouvi algumas declarações de que teria que gerir a prefeitura como uma empresa e isso me deixa preocupado, porque quem precisa dos serviços públicos são as pessoas mais carentes”, argumentou. “Sabemos que um gestor tem que ser humano, tem que se preocupar com a questão macro, administrar não somente com a razão mas também com o coração, com o lado humano, e numa empresa você sabe que não tem coração, mas é um direito deles.
Reeleição
Abordando o tema das eleições municipais do próximo ano e sua hipotética candidatura à reeleição, o prefeito disse que não está preocupado com o tema neste momento. Em sua resposta ele apresentou dados positivos do seu Governo e voltou a tocar no assunto do episódio das vaias.
“Depois daquela questão que aconteceu em Santa Luiza, eu tive uma definição do meu mandato. O que a gente fez foi querendo acertar, querendo o melhor, mas muitas vezes fomos incompreendidos. Agora eu só preciso de duas coisas para ser candidato: Que Deus continue me iluminando, me abençoando e que o povo confie na nossa gestão, porque os nossos projetos são para as famílias mossoroenses e não para uma família. Até junho, que é o período da convenção, eu vou administrar sem pensar em política”, garantiu.
Ainda durante sua participação no Jornal das Cinco, Francisco José Junior também falou sobre a execução dos projetos do Parque Municipal e do Santuários de Santa Luzia, entre outros assuntos . Confira aqui os links da entrevista:
Primeira parte AQUI;
Segunda parte AQUI;
Terceira e última parte AQUI.
Quem conhece um pouco da política estadual sabe que Silveira é o novo ALDO TINOCO do RN. Boa pessoa, “jeitoso”, filho de um casal gente fina, entretanto, o que poderá ser em Mossoró é Vereador e olhe lá. Eu votava em Patu até 2012 ( tive minha candidata derrotada nas eleições para prefeito daquele ano), após vencer de 1988 até 2008 todos os pleitos que participei: como vice,depois prefeito e com um cunhado POPÓ e minha esposa Magnólia tendo governado aquela cidade de 2000 até 2008). Sempre acompanhei a política estadual, em 2016 Rosalba só não será eleita se não for candidata, claro. Depois de derrotar os Rosados e não fazer nada melhor que eles o povo tem motivo de sobra para “chamar” de volta quem muito fez por MOSSORÓ, não o suficiente mais tem muito o que mostrar.
A Dra Rosalba governou Mossoró por 20 anos (12 como prefeita e 4 como governadora), não construiu um leito hospitalar, e ainda fechou um Hospital, quem a quer de volta.
Pobre Mossoró precisa acordar pra realidade.
Ela pode até chegar aos 99% de aprovação. Interessa a pouca gente, porque a massa é sempre manipulada.
Os efeitos maléficos de toda uma geração só sera compreendida no mínimo entre 20 e 30 anos.
Veja o que está acontecendo em Mossoró no quesito segurança.
Volte no tempo e reveja a historia que entenderás.
Ha e por sinal, adorei a foto do prefeito com o seu coocar de cacique.
Sei…
“Servidor não pode entrar em greve, sob pena de perder o cargo”. Oi?? Alô?? Começar o ano falando bobeia pode??
È muita hipocrisia para uma pessoa só.