Continua insultante a situação de professores, pessoal de apoio e cerca de 200 crianças da Unidade Infantil "Tia Aldanisa" na Vila Maisa, zona rural de Mossoró.
Este Blog denunciou no dia 30 de setembro último as condições precárias da escola, que estava em vias de desabamento, ameaçando a vida de seus ocupantes. A partir da pressão quase isolada desta página, o prédio foi interditado, sob promessa de plena recuperação.
Até o momento, nada foi feito para restaurar a estrutura física e devolver um pingo de dignidade a educadores, servidores e alunos.
Todos estão amontoados numa casa modesta cedida por morador da comunidade, em cerca de nove metros quadrados. As condições de insalubridade ameaçam a saúde de todos, quando paira no ar ameaça de epidemias como a peste suina.
– Praticamente só a voz do Blog está nos ajudando – comenta uma mãe, mas pedindo para não ter o nome divulgado. Teme ser perseguida pelo governo municipal por defender respeito à comunidade. "Eu tinha medo que a escola caísse e matasse meus filhos", confessa.
Chegou a ser anunciado que no dia 3 de novembro passado começaria trabalho para salvar o prédio original da UEI Tia Aldanisa. Representantes técnicos da prefeitura estiveram no local e propagaram que àquele dia seria iniciada a obra.
Nada até aqui. Apenas a humilhação, desprezo e desrespeito. O tratamento dado a essas pessoas, entre adultos e crianças, é vergonhoso e criminoso.
Coisa própria de patota sem um pingo de respeito pelo outrem.
Veja AQUI a série de reportagens sobre o caso, com especial destaque para um webleitor que resolveu ir pessoalmente ao local, fotografando os prédios em foco e constatanto "in loco" a veracidade das denúncias.
Foto – Telhado em escombros que por pouco não atinge ocupantes da escola original.
Nota do Blog – Por que nossos "valorosos" vereadores esquivam-se da responsabilidade que têm no caso?
Por que nossos "caríssimos" vereadores de oposição e governo não formam comissão à avaliação – no local – do caso, contribuindo à melhoria no tratamento a essas pessoas, adultos e crianças?
Por que o Ministério Público não atua de ofício e cobra segurança, dignidade e respeito a essas pessoas?
Por que a quase totalidade da mídia convencional prefere o silêncio cúmplice, em vez de ser vetora das demandas sociais?
Por que a própria sociedade opta pelo distanciamento, como se nada estivesse acontecendo?
DE TUDO RESTA UMA TRISTE REALIDADE: POR QUÊ O ILUSTRE REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE NÃO ADOTOU, DE OFÍCIO, AS MEDIDAS LEGAIS PARA COIBIR ESSE DOLENTE EPISÓDIO ? POR QUÊ OS PROFESSORES E PAIS DE ALUNOS, TAMBÉM, NÃO ENVIDARAM ESFORÇOS NO SENTIDO DE ENTRAR COM UMA REPRESENTAÇÃO JUNTO AO DR. JUIZ DA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DA COMARCA DE MOSSORÓ ? COLOCO-ME AO INTEIRO DISPOR PARA PROPOR A COMPETENTE AÇÃO, SEM ÔNUS ADVOCATÍCIOS. NÃO SE PODE É DEIXAR ESSA OMISSÃO DEITADA EM BERÇO ESPLÊNDIDO.
———————–o governo do caos———————————–
Senhor Carlos Santos,
Diante das notícias recorrentes sobre o incidente na estrutura física da Unidade de Educação Infantil “Tia Aldanisa”, localizada na Vila Maisa, informamos que desde o dia do fato, adotamos as providências necessárias que foram tomadas com o conhecimento da comunidade escolar, inclusive dos pais.
Todavia, como é do conhecimento da sociedade, o sistema público tem suas normas de tramitação de processos, haja vista a justa e necessária prestação de contas sobre os serviços prestados e investimentos realizados. Neste sentido, procedemos a análise técnica e a elaboração do projeto básico e reforma pelos engenheiros responsáveis, incluindo outros serviços na infra-estrutura do prédio.
Informamos que o processo se encontra na fase em que será realizada a licitação para contratar a empresa que fará a execução da obra. O espaço provisório de atendimento foi o possível na localidade, acatamos proposta apresentada pela Diretora com a concordância dos pais.
Colocamo-nos à disposição para esclarecer quaisquer assuntos vinculados a pasta da educação pública municipal.
Atenciosamente.
Profª Ieda Maria Araújo Chaves Freitas
Gerente Executiva da Educação