Alguns webleitores relatam que setores da imprensa e políticos nativos de Mossoró pregam que o mossoroense vote apenas em candidatos mossoroenses em 2018. Não os leve a sério.

De Mossoró, pelo menos 21 nomes foram inscritos à Assembleia Legislativa e dez à Câmara Federal (veja AQUI), além de outros que compõem chapas majoritárias (Senado e Governo do Estado).

Tremenda bobagem. Um grande disparate mesmo essa tentativa de exclusividade. A campanha não é para prefeito e vereador, que se diga.

Testemunhamos um discurso de bairrismo meia-boca, de araque, propagado pelas estruturas tradicionais que querem “reserva de mercado do voto”, não por interesse público, mas em nome de suas necessidades.

Mossoró é cidade polo e essa afluência de nomes de fora é absolutamente normal. Em qualquer lugar do país é assim.

Alguém vai proibir o candidato nativo de Mossoró pedir votos em Canguaretama, por exemplo? Beto Rosado (PP), nome à reeleição a federal, esta semana estava em Touros e recebeu apoio de grupo governista local. Isso pode, Arnaldo?

Pode e deve.

Ele é candidato à reeleição para representar o povo do RN na Câmara dos Deputados, como reza a Constituição.

Quanto ao deputado estadual, seu papel é o mesmo no âmbito geopolítico do Rio Grande do Norte.

Independentemente de quem seja o candidato, de onde ele é, o eleitor precisa aprender a votar, acompanhar possível mandato e cobrar trabalho.

Nas eleições de 2014, dos 240 candidatos à Assembleia Legislativa, 209 foram votados em Mossoró e todos os eleitos tiveram voto mossoroense: ‘Reserva de mercado’ do voto não deve vingar (de novo).

Dos 82 que concorreram à Câmara dos Deputados, 78 foram votados em Mossoró e todos os oito eleitos tiveram voto dos mossoroenses.

Enfim, vamos acabar com essa bobagem. Não dê ouvidos a essa esperteza dos que pensam ser donos de Mossoró e da vontade individual e coletiva de seus habitantes.

Vote em quem você bem entender.

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