Do G1
O presidente Michel Temer decidiu decretar intervenção na segurança pública no Estado do Rio de Janeiro. O decreto deve ser assinado no início da tarde desta sexta-feira (16). Irá até 31 de dezembro.Com essa medida, as Forças Armadas assumem a responsabilidade do comando das Polícias Civil e Militar no estado do Rio. A decisão ainda terá que passar pelo Congresso Nacional.
Durante a intervenção, a Constituição Federal não pode ser alterada, o que pode afetar o andamento a reforma da Previdência, que é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e tem votação marcada para a semana que vem.
O secretário da Segurança Pública, Roberto Sá, será afastado das funções, mas não será exonerado. A decisão foi tomada em uma reunião no Palácio Laranjeiras, que acabou por volta de 9h30 desta sexta-feira (16).
Ainda não há informação se coronéis da PM também serão afastados.
O General Walter Souza Braga Neto, do Comando Militar do Leste, assume as funções de chefia. Ele é carioca de origem.
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O governo federal decretou intervenção na “segurança” do Rio de Janeiro. A pergunta é: até quando? A pertinência da pergunta dá-se pelo histórico recente dos atos administrativos ou decisões legislativas. E se um procurador de contas embargar essa decisão? E se um juiz de uma Vara qualquer decidir suspendê-la? E se após a suspensão decidida pelo Juiz, o governo recorra ao Supremo? E se o Supremo não se reunir e o recurso for distribuído para um ministro? E se o ministro resolver ouvir o Pleno que não tem prazo para decidir? E se o Tribunal de Contas da União resolver avocar para si a decisão? E se a ministra Cármen Lúcia…e se…e se… o ministério público descobrir que aí tem holofotes? Venezuelemo-nos.
Por trás de cada ‘se’ ou dos ‘ses’ que por ventura venham à tona, haverá uma ‘margarida menor’ querendo aparecer, mesmo sabendo que uma ‘margarida maior’, cedo ou tarde, vai cagar na cabeça da ‘margarida menor’.
Tradução:
”Tô me lixando se vão cagar na minha cabeça. Eu quero e preciso de câmeras e holofotes em mim. ‘
Jugman citou a operação no RN. Alguma melhora por aí? Não leio notícias alvissareiras há muito tempo.
Há algo errado nessa Intervenção. Interesses cruzados.
Comentário fruto da desesperança.
No Rio de Janeiro, metade dos bandidos estão nas ruas, mais precisamente no interior das mais de 750 favelas, e a outra metade está no interior dos quarteis militares e delegacias civis, travestidos de policiais e ‘comendo’ pelos dois lados.
Os ‘bandidos travestidos de policias’, sem sombras de duvidas, são os mais perigosos e dificil de combater. Eu diria que é impossível combate-los. São os canceres em fase terminal que a população carioca enfrenta todo santo dia.
O Rio sempre foi assim, é assim e assim será. E vai piorar porque nada neste mundo pode consertá-lo.
Intervenção é uma medida paliativa. Acabou a intervenção, tudo volta à ‘normalidade’.
Eu já vi esse filme. Vou assistir a reprise.
Rio 40º de sofrimento, de intervenção etc. Agora não entendo as forças armadas ja estão lá para combater os roubos de cargas. Ou seja essa intervenção é mais militares que irão. Assim ta certo.
Conheci o Rio de Janeiro em Janeiro de 1970. Desembarquei no antigo aeroporto do Galeão por volta do meio dia e fui caminhando até a saída para pegar um táxi. Ao me aproximar do veiculo, o motorista segurou a minha mala (naquela época não existia mala com rodinhas), pôs na mala de um Volkswagem 4 portas (40% da frota de táxis era composto por esse tipo de veiculo, e os outros 60% por Fusquinha, sem o banco dianteiro do passageiro. Só havia o banco de trás com capacidade para 3 passageiros).
Antes de perguntar qual o meu destino, o motorista falou:
– Vou te dar um conselho: tire esse relógio do pulso e guarde-o em casa ou no hotel. Se você continuar usando, você o perde antes do anoitecer. Aqui no Rio você deve andar apenas com a identidade, com a carteira profissional e com pouco dinheiro e muito bem escondido, preferencialmente na cueca. A minha esposa fez um bolso na minha cueca.
Eu perguntei:
– E a policia?
– A maioria é mais bandida que os próprios bandidos. Não confie neles.
O taxista não mentiu. Morei 10 anos no Rio , o conheci como a palma da minha mão e só não me assustava quando estava em casa ou em uma sala de cinema.
Vou repetir a data do diálogo:
JANEIRO DE 1970.
De lá pra cá, tudo mudou, e muito. PARA PIOR. MUITO PIOR. E BOTA PIOR NISSO.
EXTRA! EXTRA! EXTRA!
Já apareceu a primeira ‘Margarida’.
O ‘adevogado’ Carlos Alexandre Klomfahs entrou com o primeiro mandado de segurança no STF contra a intervenção no Rio.
Mais ‘Margaridas’ surgirão.
A fila é grande e cada uma das centenas de ‘Margaridas’ que compõem a fila, quer aparecer mais que a outra.
Luzes, câmera… Câmera em mim, câmera em mim, câmera em mim….
Aguardem.