terça-feira - 14/02/2023 - 10:20h
Roberto Campos Neto

Presidente do Banco Central quer afinação com governo, mas é atacado

Do Canal Meios e outras fontes

Alvo de ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, negou ontem, em entrevista ao Roda Viva (íntegra no YouTube), da TV Cultura, que a instituição tenha viés político. “Se o BC quisesse fazer política, não teria aumentado os juros no ano eleitoral”, disse. A taxa básica de juros da economia, a Selic, está em 13,75% ao ano desde agosto de 2022.

Roberto Campos foi sabatinado nesta segunda-feira no Roda Viva (Foto: Reprodução do Canal BCS)

Roberto Campos foi sabatinado nesta segunda-feira no Roda Viva (Foto: Reprodução do Canal BCS)

“O Banco Central não gosta de juros altos. Óbvio que a gente quer fazer o melhor possível para ter o juro baixo. Então, a gente acredita que é possível fazer fiscal junto com o bem-estar social. Mas a gente acredita que é muito difícil ter bem-estar social com inflação descontrolada”, afirmou Campos Neto. (g1)

A colunista de O Globo, Vera Magalhães, também âncora do programa, comenta: “Já na primeira resposta, quando questionado a respeito de atos seus que feriram a institucionalidade e a independência esperadas de um presidente do BC autônomo, como fazer parte de grupo de WhatsApp com ministros do governo Jair Bolsonaro ou votar com a camisa da Seleção Brasileira, se esquivou da saia justa declarando que as eleições foram legítimas. Recado: Bolsonaro é página virada. Disse até que espera fazer ‘amigos’ no novo governo e quer trabalhar em harmonia com a equipe do petista.” (Globo)

Pressão

O PT, entretanto, segue no ataque. Ontem, o Diretório Nacional do partido aprovou uma resolução para que Campos Neto explique ao Congresso sua política de juros.

“O presidente do Banco Central prestaria um grande serviço ao país, se antecipando e vindo por conta própria ao Congresso”, escreveu o líder do partido na Câmara, Zeca Dirceu (PR).

Segundo pessoas presentes ao encontro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vinha mantendo um bom diálogo com Campos Neto, endossou as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos juros, dizendo que o chefe da autoridade monetária não pode estar acima do presidente da República nem da política de governo. (CNN Brasil).

Veja íntegra do programa clicando AQUI.

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Categoria(s): Política

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