Por Cledivânia Pereira (Do Saiba Mais)
A Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) emitiu nesta sexta-feira (20) um parecer pelo “desprovimento dos recursos” de Kériclis Alves (PDT), o “Kerinho”, do deputado Beto Rosado (Progressistas) e da coligação pela qual eles foram votados. O documento é assinado pelo vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, e no entendimento beneficia Fernando Mineiro (PT), que teria o direito a assumir o mandato hoje ocupado por Beto Rosado.
O parecer da PGE será base para a apreciação da Corte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não há uma data limite para isso. O pronunciamento da PGE é mais um capítulo na longa novela que envolve o direito a uma das vagas de deputado federal pelo Rio Grande do Norte. Essa ação teve início nas eleições de 2018.
Em janeiro de 2021, após dois anos das eleições, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN) indeferiu o registro de candidatura de Kéricles Alves Ribeiro, que concorreu ao cargo de deputado federal pelo PDT e obteve 8.990. Entre as irregularidades confirmadas pela Justiça estava o fato de Kerinho não ter se desvinculado de um cargo em comissão na prefeitura de Monte Alegre no prazo legal.
Votos
Como a candidatura foi indeferida, os votos dele também foram anulados, o que mudaria a configuração da bancada federal na Câmara dos Deputados com a diplomação de Mineiro, terceiro candidato mais votado com 98.070 votos, no lugar de Rosado, que obteve 71.092 votos e só ficou com a vaga porque a somatória dos votos da coligação dele foi maior que a da coligação do petista.
No entanto, uma decisão monocrática do ministro Luís Felipe Salomão acatou o recurso do deputado mossoroense e o manteve no cargo. No entendimento do magistrado, como o registro de candidatura de Kériclis Alves Ribeiro foi cassado após as eleições, os votos não poderiam ser anulados. A maioria dos juízes do TRE discordam da tese e reafirmaram a legalidade do diploma de Mineiro.
Este ano, Fernando Mineiro chegou a ser diplomado pelo TRE, mas Beto Rosado, Kériclis e a coligação voltaram a recorrer, desta vez à última instância – o TSE. A corte pediu um parecer à PGE – que foi concluído nesta sexta-feira (20). Como é um processo de 2018, deve ter prioridade. Mas, no entanto, não há um prazo legal para ser julgado. O ministro relator do caso é Luís Felipe Salomão, do TSE.
Veja AQUI a íntegra do parecer.
Nota do Blog – Esse lengalenga nauseante deve se arrastar por mais tempo. Particularmente, não creio numa reversão do que está se arrastando há tanto tempo.
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Em meus 36 anos de exercício advocaticuo nunca havia assistido um escandaloso estupro jurídico protagonizado pela mais alta Corte Eleitoral (TSE) através do cara pálida Ministro Luís Felipe Salomão, que apesar de não ostentar o referencial familiar MAIA é um exponencial componente desta tradicional e poderisa família paraibana. Pois não é que o Cara pálida “pediu vistas ” do processo e colocou sob sua guarda por tempo indeterminado. O pior, afirmou abusivamente que não iria precisar data de devolução, numa clara afronta ao julgamento JÁ transitado em julgado em todas as Instâncias. Isso só contribui para aumentar o ceticismo popular no Judiciário brasileiro. Eita paiseco de bananas! .