• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
sábado - 16/02/2013 - 10:09h
Constatação

Produção de petróleo cai e Mossoró não discute futuro

Caro Inácio Almeida (jornalista e webleitor) e Carlos Santos,

A Petrobrás investe sim em Mossoró, é ela quem mantém toda infraestrutura e toda atividade de produção na região desde 1979 quando de um poço perfurado para abastecer as piscinas do Hotel Termas jorrou também petróleo.

O fato é que o petróleo, como o gás, não é um produto renovável e ele um dia vai acabar. Em comparação com as bacias de Campos, Espírito Santo e Solimões, a bacia Potiguar é de pequeno porte, equiparada a do Recôncavo e Sergipe Alagoas, daí sua capacidade de produção ser limitada.

Além disso, a queda na produção e a descoberta de novas jazidas tende a cair com o tempo de exploração de uma a bacia, quando maior parte das áreas promissoras foram pesquisadas e a maioria dos seus poços já atingiram seus picos de produção, logo declínio na produção é algo natural numa bacia pequena e explorada a mais de 30 anos.

Entre 2000 e 2011 o volume de óleo produzido recuou em 33%, baixando de 31,8 milhões de barris em 2000 para os 21,4 milhões em 2011, logo uma queda de 10 milhões de barris em 11 anos (1 milhão/ano). E isto aconteceu mesmo com pesados investimentos (cerca de 1 bilhão) em recuperação secundária de poços (quando o poço não tem mais pressão suficiente para expulsar o petróleo, são usados métodos alternativos como injeção de gás, água e/ou vapor, ácidos, fraturamento, etc.).

Logo, como são poucas as chances de novas descobertas em na parte terrestre da bacia, devemos torcer por novas descobertas na parte marítima, mas esta só responde por 12,8% da nossa produção atual.

Então é hora de se buscar novas alternativas econômicas para a região e não ficar esperando que a Petrobrás, e outras empresas do setor, fiquem eternamente investindo na região, pois são empresas como todas as outras e visam o lucro.

É bom os oestanos arregaçarem as mangas e procurarem novas alternativas econômicas como a fruticultura, psicultura, energias eólica e solar, que dispõem em abundência e são inesgotáveis.

Ari Jr – Webleitor

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Categoria(s): E-mail do Webleitor / Economia

Comentários

  1. Lauro lucio diz:

    Temos um parque cerâmico, que poderia ser melhor expolorado, pois o petróleo está em fase final de produção.

  2. Francy Granjeiro diz:

    É a Mossoró do futuro?
    Em 1994, o RN passou a ser o maior produtor terrestre do Brasil.
    //tribunadonorte.com.br/noticia/ouro-impulsiona-investimentos-no-rio-grande-do-norte/184998
    Temos Sol o ano inteiro explorar a Energia Eólica…..ou bando de políticos sem visão são esses potiguares!!
    Meu Deus!! Ilumine-os.

  3. Inácio Augusto de Almeida diz:

    Caro Ari Jorge
    Agradeço a sua pronta resposta.
    Eu nunca disse que a Petrobrás não investe em Mossoró.
    O que eu questionei foram os valores antes investidos frente aos atuais.
    Não desconheço que o petróleo leva MILHÕES de anos para se formar.
    E levantei a hipótese de que isto estava acontecendo devido à crise que enfrenta a Petrobrás e que se reflete inclusive no valor das suas ações.
    Toda a cidade fica preocupada com o desemprego que a diminuição destes investimentos vem causando, já que isto afeta a vida de muitas famílias, sem contar o estrago que causa na economia da cidade.
    Tanto isto é verdade é que Secretária Municipal do Bem Estar Social esteve recentemente com os dirigentes locais da Petrobrás em Mossoró.
    Infelizmente, nesta reunião, apenas obteve informações vagas, mas que vão de encontro ao que o senhor afirma.
    Vejamos o que diz a Secretária Izabel Montenegro:
    “O que nos foi dito é que a Petrobrás continua investindo em Mossoró e Região, inclusive já tem novos blocos licitados, tanto em terra quanto em mar. As empresas que estão saindo de Mossoró são por que já executaram os serviços objeto dos contratos. No mínimo teremos mais 50 anos, segundo eles, de presença da Petrobrás em Mossoró e Região.”
    OS DIRIGENTES DA PETROBRÁS EM MOSSORÓ AFIRMARAM QUE POR MAIS 50 ANOS A PETROBRÁS ESTARÁ PRESENTE EM MOSSORÓ.
    O fato é que o desemprego nesta área vem aumentando assustadoramente e causando sérias consequências na vida econômica da cidade.
    O ideal seria a Petrobrás, através de nota oficial, relatar o que realmente está acontecendo.
    Ficar nesta colocação de panos mornos num problema tão sério não condiz com uma empresa séria como a Petrobrás.
    Aproveito a oportunidade para lhe convidar a participar da reunião preparatória da MARCHA POR MOSSORÓ.
    E claro, da MARCHA POR MOSSORÓ.
    ////
    AMANHÃ, 10 HORAS, EM DRENTE AO PAX, REUNIÃO PREPARATÓRIA DA MARCHA POR MOSSORÓ.

  4. José Nildo diz:

    O petróleo não está na sua fase final no Brasil, embora alguns poços perfurados entres as décadas de 70, 80 e 90 estejam precisando de novas tecnologias para melhor produção, ou seja, mais investimentos. O fato é que a Petrobras e o Governo brasileiro, aos poucos, estão deixando de investir em campos terrestres, como é o caso da região mossoroense, para ter maior rentabilidade no Pré-sal. O petróleo é finito, o que torna necessária a mudança do modal da economia, ou seja, deveria existir um fundo onde as receitas advindas do petróleo podessem ser usadas para alavancar outros setores econômicos geradores de emprego e renda, para garantir a sobrevida das regiões dependentes ou não das receitas petrolíferas. Diversificar a economia é a palavra de ordem!

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      José Nildo
      Obrigado por ter participado da reunião preparatória da MARCHA POR MOSSORÓ.
      O meu e-mail é joaodealmeidamagalhaes@hotmail.com
      Meu telefone é 91397139.
      Agradacerei tudo o que você fizer para divulgar a MARCHA POR MOSSORÓ.
      Excelente a ideia de definir a data da MARCHA POR MOSSORÓ para o dia 9 de março, ás 9 horas, concentração na Praça do PAX.
      Teremos carro de som, PAGO PELOS PRÓPRIOS PARTICIPANTES DA MARCHA, e faixas reivindicatórias.
      Um forte abraço e muito obrigado.
      NÓS SABEMOS FAZER A HORA.
      NÓS FAREMOS A HORA.
      QUE DEUS NOS AJUDE.

  5. Davi diz:

    Ari Jr esqueceu de falar que a produção em 2012 no Ativo de Mossoró subiu cerca de 6000 barris por dia justamente devido aos pesados investimentos em anos anteriores citados por ele. Se é verdade que um dia o petróleo vai acabar, também é verdade que a Petrobras está desinvestindo antes da hora, retirando empregos que hoje são úteis para o processo e comprometendo negativamente as condições de trabalho dos que aqui ficam devido a esta falta de pessoal causada por ela.

  6. Rui Nascimento diz:

    Excelente intervenção do Ari Jr. Mossoró e região já sabiam há muito tempo desse enredo. O problema é que nossa cidade é a “Metrópole do Futuro”, que vive do passado e, sequer cuida do presente.
    Enquanto isso…

  7. josé gilvan da silva diz:

    concordo com o que foi dito acima, a realidade é essa, o nosso ouro negro esta no fim, cabe a cobrança da sociedade por investimentos em outras riquezas antes não utilizadas adequadamente.

  8. Paulo Roberto diz:

    Parabéns pelo artigo. Finalmente alguém com lucidez para discutir um tema tão debetido e pouco explicado. Não se faz desenvolvimento em uma região senão com pesados investimentos. Essa é a função principal do estado. As Empresas vêm e vão ao sabor dos resultados de seus investimentos. Vejamos o caso da Porcelanatti. Quanto de investimento foi dado aquela empresa. E o porque da sua inoperância. É preciso atrair Empresas que queriam produzir e não captar recursos públicos ou privados, via linhas de crédito subsidiadas e depois dão no pé, vão embora e deixam verdadeiros elefantes brancos parados. Atenção governantes: cuidem de achar novas oportunidades de negócios para a região. Façam a sua parte que o resto nós temos.

  9. Pedro Victor diz:

    1 único poço do pré-sal produz mais petróleo que toda a região do RN e CE. Pra que a BR iria se esforçar para extrair mais óleo dessas paragens se o lucro é irrisório?

    Agora só nos resta lamentar. Quem não se preparou no tempo das vacas gordas, agora passará fome no tempo das vacas magras. Praça, teatro e rasgação de dinheiro compram votos mas não garantem a manutenção da economia da região.

    Começa o declínio do império mossoroense. E que venham as invasões bárbaras!

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