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quarta-feira - 25/05/2011 - 19:54h

Professora ganha moção de saudação de deputados


Os deputados da Comissão de Educação e Cultura da Câmara aprovaram hoje (25/5), por unanimidade, uma moção de saudação à professora potiguar Amanda Gurgel.

Recentemente, ela ganhou espaços nas redes sociais da Internet e na Grande Imprensa conveniconal, ao denunciar as condições aviltantes de trabalho dos profissionais do magistério.

A moção, proposta pela deputada Fátima Bezerra (PT), também elogiou a atitude da educadora, que em participação no programa Domingão do Faustão, no último domingo, defendeu a campanha pelos 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação.

“Foi muito oportuna a fala da professora, já que o tema financiamento da educação está em discussão no Plano Nacional de Educação, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados. Além disso, uma das principais deliberações da Conae (Conferência Nacional de Educação), realizada em abril do ano passado, foi a destinação de 10% do PIB para a educação”, diz.

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Categoria(s): Terezinha Queiroz

Comentários

  1. ze roberto diz:

    Êi,menino!
    Para esclarecer aos incautos defensores do Partido dos Trabalhadores,PT,lá embaixo,quando falo “PT”,apenas abreviei,Paulo de Tarso,PT,então,pra vocês: “Homi,vá cagar!”

  2. Fausto diz:

    Certíssima homenagem. Ela merece.

  3. João Ítalo diz:

    Se aceitar estará rasgando seu discurso!

  4. Marcos Romero diz:

    Pura balela, isso só serve pra abafar o caso. A questão não é fazer Amanda de “heroína” e sim debater a educação e trazer soluções práticas.

  5. gilmar henrique diz:

    Na carona com o sucinto e inteligente comentário do Joâo Ítalo

    Nenhuma novidade havia sido proferida naquela ocasião e nem tampouco teria sido mais audaz aquela atitude em comparação às demais vivenciadas no dia-a-dia daqueles envolvidos em ações afirmativas. Até então, pra mim, tudo muito normal.

    A propagação do que ali foi dito reverberou repentinamente rede afora em amplitude nacional. Também, achei isso muito comum e bem à força das circunstâncias que carecia de um tópico referencial.
    As várias aparições, a convite, nos programas televisivos e de grande audiência que os mantêm e que para se manterem as coisas têm que funcionar assim mesmo – é só pegar o frisson do momento -, também achei isso tudo muito normal. Mas havia um ponto positivo nisso tudo e foi (e ainda o é) o fato de que tudo isso deu maior visibilidade às nossas manifestações. Além disso, acrescentou-se, a elas, novas sensações – o próprio frisson para os manifestantes e aquele farnozinho naqueles de quem se exige mais comprometimento e responsabilidade com os negócios públicos.

    Falo sobre o sucesso popular e casual da sofressora (portmanteau) Amanda Gurgel como expoente maior (aos olhos da sociedade) desse movimento grevista dos professores no ensino público no RN. Por essa razão, também achei muito normal, mas não mais casual, os oportunistas que vivem de publicidades tentarem pegar carona nas circunstâncias e se aproveitarem desse sucesso para com isto se projetarem também ao público – quem disso usa, disso cuida -, diz, não à-toa, o velho adágio popular.

    E no cuidado de seus próprios negócios, até o PNBE afoitou-se na aparente atitude de agraciar a referida professora com um prêmio que linguisticamente é bastante atrativo: Prêmio Brasileiro de Valor – por um Brasil Ético e Eficiente, e, com isso, desvirtuar os outros valores legítimos de toda uma categoria profissional em luta pela valorização do ensino público gratuito e de boa qualidade.

    Foi somente depois da atitude da Amanda perante tão grandiosa proposta meritocrática que a coisa começou a fazer alguma diferença para mim a ponto de me fazer expressar minha opinião a esse respeito que há muito tempo silenciava na expectativa de mais elementos semióticos que pudessem contribuir com a minha interpretação daquele seu primeiro discurso para que, deveras, eu pudesse checar se realmente aquilo partia de uma ardilosa manifestação teatral da interação social, ou se realmente havia uma outra realidade social urgente e subjacente em prol da educação naquele momento.

    Havia, sim. E com essa sua renúncia a receber o prêmio, a timocracia recua, um tanto, acabrunhada e genuflexa para dá espaço e prestar louvor ao que há de mais belo nas virtudes humanas daqueles que não se deixam cooptarem por ilusórias honrarias e rápidas ascensões profissionais em desfavor de sua integridade moral.

    A meritocracia – filha primogênita das timocracias – baseia-se nas aferições de talentos, criando-se, para esses propósitos, suntuosas ocasiões festivas para entrega de prêmios, benesses, sinecuras, e outras prebendas, formando, assim, um desejoso sistema de gratificações pessoais convidando o talentoso, sem que ele o saiba, a usar suas habilidades a favor das castas dominantes. Por isso, Platão, com um olhar de quem ver muito além do brilho ofuscante das belas aparências, proferiu, mui sabiamente, que essas honrarias eram o cerne mascarado da corrupção aristocrática.

    Nesse sentido, a meritocracia se adequou como luvas aos propósitos do capitalismo industrial a serviço das classes dominantes que a utiliza como racionalização (desculpa; pretexto – em termos freudianos) perfeita para mascarar “certas” ideologias que apregoam que a desigualdade social não deve ser encarada como opressão, preconceito ou qualquer outra forma de discriminação, mas deve ser interpretada como o resultado do sucesso do indivíduo pelo seu próprio esforço com o uso de seus talentos e habilidades.
    Ah, tá! Foi perfeita a racionalização. É Freud!

    Parabéns a Amanda Gurgel por renunciar esse prêmio que lhe roubaria o lustre de continuar lutando com dignidade e seriedade de propósitos.

    Só para finalizar, acrescento que, para bens de qualquer espécie, sei que toda escolha feita revela ou encobre alguns aspectos sobre tal decisão. Ela pode ser livre, parcialmente livre, ou completamente influenciada por circunstâncias externas as quais muito interessam às analises da ética, ciências sociais e psicologia. Não me compete aprofundar nesses questionamentos sobre teorias da escolha-racional e nem tampouco emitir juízo de valor sobre intenções de utilidades subjetivas.

    Gilmar Henrique

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