O Rio Grande do Norte deverá buscar investimentos de R$ 6 bilhões, em uma parceria pública privada, para a implantação de um porto indústria multiuso. A estrutura também irá atender atividades já consolidadas no Estado e que precisam melhorar sua infraestrutura, a exemplo do petróleo e da pesca.
Ele permitirá a movimentação de equipamentos para os parques de energia eólica offshore (no mar), prestes a serem instalados no litoral da região, e também para o transporte marítimo de outras cadeias produtivas que estão em formação, como a do hidrogênio verde.
As informações foram divulgadas durante a reunião da Diretoria da Federação das Indústrias do Estado do RN (FIERN), nesta quarta-feira (27), pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, e pelo professor Márcio Orestes Aguirre González. Apresentaram o estudo de viabilidade econômica e ambiental para a instalação do “Porto Indústria Multiuso no Rio Grande do Norte”.
O estudo também faz o levantamento dos dados técnicos para a escolha de qual área do litoral potiguar tem melhor condições de receber o empreendimento.
“Estamos acompanhando desde o início. A área não está definida. Quando for escolhida oficialmente, a Federação das Indústrias, por intermédio do programa MAIS RN, vai designar uma equipe de trabalho para que possa apontar as variáveis de apoio ao projeto”, disse o presidente da Fiern, Amaro Sales.
Recursos privados
Sales avalia o porto como estratégico para impulsionar o desenvolvimento do estado, uma vez que assegura logística à implantação da energia offshore.
O projeto do porto precisará obter investimentos privados, uma vez que exigirá recursos bilionários. O governo do Estado planeja a apresentação do estudo de viabilidade na Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP), em agosto. A data exata deverá ser confirmada nos próximos dias, de acordo com a agenda do presidente da Fiesp, Josué Gomes. A intenção é reunir, com a participação e o apoio da FIERN, potenciais investidores.
Márcio González, doutor em Engenharia de Produção e professor da UFRN, informou que a necessidade do novo terminal portuário se dá em função das perspectivas de parques de energia offshore. Ele disse que, em 2016, quando a Petrobras decidiu implementar uma “planta piloto” para produzir energia com essa fonte eólica, em ambiente marítimo, a companhia identificou a necessidade de um estudo para a infraestrutura que esse tipo de empreendimento exige.
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