Promotores de Justiça, com atuação na área criminal, emitiram nota em que se dizem “constrangidos” com a “demissão do Comandante Geral da Polícia Militar do RN, coronel Ângelo. Na mesma nota, consideram o momento como o “pior” vivido pelo Rio Grande do Norte na Segurança Pública e veem a saída do coronel como um escapismo.
Para os promotores, ele foi um ‘bode expiatório”.
Abaixo, confira a íntegra da nota assinada pelos promotores
Nós, Promotores de Justiça com atuação na área criminal, assistimos ontem constrangidos a notícia de demissão do Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte – PMRN, Coronel Ângelo. A demissão, para dizer o mínimo, foi deselegante.
Vimos, mais uma vez, a PMRN, na figura do seu Comandante Geral, ser eleita como bode expiatório do fracasso das políticas governamentais na área de Segurança Pública, justamente a PM que é a instituição que ainda consegue, com toda dificuldade, prestar algum serviço à segurança publica potiguar.
A atual política de segurança do Governo Robinson Farias tem procurado a todo custo isolar e apequenar a Polícia Militar, tudo em nome de uma hegemonia bacharelesca na política da segurança pública, onde alguns sem nenhum trabalho relevante no exercício profissional, ditam unilateralmente a gestão do sistema.
O Governo atual é sem dúvida o PIOR dos últimos tempos em matéria de Segurança Pública. Conseguiu enfraquecer ainda mais a PM e, para piorar, perdeu totalmente o controle do Sistema Penitenciário – SISPEN, despejando nas ruas bandidos de alta periculosidade, retroalimentando assim a criminalidade.
A PM, o MP ou mesmo o Judiciário são incapazes de dar conta da segurança pública se o SISPEN não conseguir sequer manter os atuais presos encarcerados.
Não há planejamento claro, não há projetos, não há metas e tarefas transparentes para serem cobradas e, sobretudo, não há disposição para enfrentar os vícios do sistema. Tem-se, por exemplo, uma Polícia Civil com centenas de novos profissionais, nomeados nos últimos 02 anos, porém com o mesmo grau de ineficiência, dada sobretudo a falta de impessoalidade na gestão de pessoal, de controle de resultados, de comando, sem treinamento adequado, sem doutrina inicial e muitas das vezes sem boas referências profissionais. Por tudo isso, a Polícia Civil tem se mostrado uma instituição deficiente e incapaz de combater a macrocriminalidade, o que tem sobrecarregado a Polícia Militar. O pouco que vemos de trabalho investigativo realizado pela Polícia Civil é fruto do esforço pessoal de algum delegado ou de uma equipe, e não de uma postura da instituição de busca por resultados.
Também, não é para menos. O próprio Delegado-Geral é réu em ação de improbidade emblemática, que expressa a velha prática do compadrio e da ausência de impessoalidade na gestão Robinson Farias.
Deixamos aqui, portanto, nossa solidariedade à PMRN, instituição que, no dia de ontem, foi mais uma vez ultrajada pela política clientelista do Governo Robinson Faria na segurança pública.
Fausto F. de França Júnior
Promotor de Justiça
Sílvio Ricardo G. De Andrade Brito
Promotor de Justiça
Emanuel Dhayan Bezerra de Almeida
Promotor de Justiça
Márcio Cardoso Santos
Promotor de Justiça
Reclamar, reclamar e reclamar não adianta. Somos todos responsáveis, o que dizer das classes A E B se entupindo de COCAÍNA e patrocinando o tráfico de drogas. Pobre não usa droga cara. Eu continuo acreditando na boa vontade e atitudes do nosso governador. ( OBS. NÃO SOU CARGO COMISSIONADO E NEM PERTENÇO A PARTIDO POLÍTICO NENHUM ).
Essa nota é uma prova cabal da zorra institucional a que chegamos. Briga de egos, de instituições falidas ante a falência da desordem constitucional. Função de promotor é fiscalizar a aplicação da Lei e prover a Ação Penal e não se meter em questões administrativas nem dar lições ao Poder Executivo. Ministério Público NÃO é poder. É uma instituição essencial à execução da Justiça, mas não é poder. E não tem prerrogativas de controle sobre nenhum dos poderes da República. Tá se metendo de metido. Só uma Constituinte Originária poderá repor a Ordem Constitucional e definir a ordem legal da relação entre poderes e instituições.
Só pra segurança?