Aos que acompanham a política sempre esperando um fato novo, algo "triatômico", é bom atenção maior aos pequenos detalhes. Às vezes passam despercebidos.
Cito, especificamente, a proposta da prefeita Fátima Rosado (DEM) na terça (11), quando do lançamento do Complexo Viário do Abolição. Muitos não entenderam o que está por trás da ideia.
Ela sugeriu que esse conjunto viário ganhe o nome de Aluízio Alves, ex-governador e ex-ministro (duas vezes) da República. A propósito, que se fosse vivo estaria fazendo 88 anos àquela data.
O afago de Fátima , na verdade, pode significar adiante uma inclinação política.
O deputado federal Henrique Alves (PMDB), filho de Aluízio e presente à solenidade da qual Fátima participava, lidera o movimento denominado de Unidade Potiguar. É um elenco de partidos e lideranças que resolveu tomar as rédeas da sucessão estadual e disputa ao Senado.
Henrique, além dos deputados João Maia (PR) e Robinson Faria (PMN) formalizou um pacto que pode agregar mais siglas e dissidentes de outras legendas. A prefeita, com sua facção, sonha numa alforria do grupo da senadora Rosalba Ciarlini (DEM).
O agrado a Henrique, via sugestão do nome de Aluízio, não foi mera formalidade ou qualquer disparate da prefeita. E vale lembrar que em 2006, Henrique foi apoiado camufladamente à reeleição, em detrimento de Betinho Rosado (DEM), que seria o nome preferencial do esquema governista municipal.
O rosalbismo tem mais motivo para ficar ressabiado.
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