A eleição suplementar ao governo do estado, no Amazonas, realizada ontem (domingo, 27), é um alerta e ao mesmo tempo uma confirmação do que temos analisado no Blog Carlos Santos sobre o que nos aguarda nas eleições do próximo ano. É difícil identificar como vai ecoar o desalento do eleitor em relação a políticos e partidos em 2018, mas ninguém espere mudança radical.
O eleito para mandato-tampão foi o ex-governador Amazonino Mendes (PDT). Seu adversário foi outro velho conhecido da política nacional e amazonense, Eduardo Braga (PMDB). Ou seja, para onde o pêndulo se inclinasse, o resultado seria o mesmo: nenhuma mudança.
Protesto
Porém há retumbante protesto com multidão que adotou o chamado “não voto” (branco/nulo e abstenção). Só em Manaus, capital, mais de 45% dos eleitores disseram “não” aos dois. Branco/nulo e abstenção tiveram essa dimensão.
No primeiro turno, os brancos e nulos somaram 15,8% (280 mil votos), quase o dobro do registrado nos primeiros turnos das últimas três eleições gerais. A abstenção foi de 24%, média de 4 pontos percentuais acima das anteriores.
“Não voto” supera votos válidos no Amazonas no 2º Turno
Branco: 70.441 (4,06%);
Nulos: 342.280 (19,73%) nulos;
Abstenções: 603.914 (25,82%);
Total: 1.016.635 (49,61%).Amazonino Mendes: 782.933 votos (59,21%);
Eduardo Braga: 539.318 (40,79%).* A soma do total de abstenções, brancos e nulos é superior à votação do candidato derrotado e também do governador eleito Amazonino Mendes (PDT).
Eles foram os dois mais votados entre nove candidatos que disputaram o primeiro turno, em 6 de agosto.
Agora, no segundo turno, deixando para trás sete adversários, eles conviveram com uma disputa que em boa parte foi de apelo para comparecimento do eleitor às urnas. Pesquisas mostravam afastamento do eleitor da política e da campanha. Um distanciamento que se confirmou no dia passado.
“Pelo amor de Deus, se encontrarem alguém que vai votar nulo, pede para ele pensar no que estamos falando (…) Na democracia só tem um jeito, é no voto”, chegou a apelar Eduardo Braga em reunião com militantes, durante a campanha do segundo turno.
O eleitor que ignorou os dois terminou colaborando para manter um modelo de décadas ainda vivo. Seu protesto foi inócuo, pois sequer tentou votar no “menos ruim”.
Amazonino e Braga já foram governadores e representam grupos políticos que se revezam no poder há 30 anos.
Seis e meia dúzia, sem tirar nem por.
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Carlos , é o que eu sempre tenho dito esse povo não presta, vão sempre votar nos mesmos candidatos , veja o caso desta quadrilha que passa por Mossoró hoje, já estão eleitos na eleição do próximo ano dá pra acreditar ? O povo têm uma paixão imensurável por Políticos bandidos, isso me lembra no tempo do Sigano Aluísio Alves que reunia multidões em suas passagems pelo interior do RN.
Homi, antes de criticar o Cara Lula Brasil vá, primeiro, ler a famosa CARTILHA DA SARITA para poder, também, pesquisar sobre a história do tal CIGANO. Uma lástima, pois!.