quarta-feira - 15/06/2011 - 14:40h
Mais dificuldade

Protesto mostrará quadro da saúde mental no estado

Com o objetivo de denunciar   a falta de estrutura e precariedade da rede pública em saúde mental do Estado, bem como a falta de medicamentos  e vagas para atendimento ao portador de transtorno mental e reivindicar medidas imediatas das autoridades públicas,  a Associação de Amigos e Familiares dos Doentes Mentais do Rio Grande do Norte (AFDM/RN) mobilização.

A iniciativa pública será nesta  quinta-feira (16/06), a partir das 9 horas, na Avenida João Pessoa em frente a C&A, Cidade Alta, em Natal.

O evento contará  com a participação de familiares, portadores de transtornos mentais, profissionais de saúde e  representantes sindicais.

Pronto Socorro do Hospital Dr. João Machado superlotado, demora no atendimento, falta de leitos psiquiátricos, constante falta de medicamentos, falta de psiquiatras na rede pública, CAPS não atendem à demanda, falta de políticas públicas voltadas ao atendimento das famílias de pacientes com transtornos mentais, são algumas das queixas, dentre as muitas,  que a AFDM vem recebendo todos os dias dos familiares dos portadores de transtornos Mentais.

Durante a mobilização serão denunciados também casos específicos  das últimas ocorrências graves envolvendo portadores de transtornos mentais, que não vêm recebendo a devida atenção do Estado.

Compartilhe:
Categoria(s): Saúde

Comentários

  1. Gilmar Henrique diz:

    É de deixar qualquer um ensandecido.

    Phillippe Pinel, em sua época, no séc. xviii, angustiou-se bastante com a forma cruenta de como as pessoas com problemas de transmissões sinápticas e outros distúrbios mentais eram tratadas:

    Na Inglaterra, por exemplo, do séc. xvi no hospital de Saint Mary of Bethelem, Londres, os pacientes eram confinados em salas sob “torríveis” condições. Muitos eram acorrentados à paredes e assim não tinham condições de se deitarem para dormir. Outros eram acorrentados a grandes bolas de ferro. Mesmo assim, os profissionais desse hospital julgavam estar dispensando tratamento muito melhor do que aquele oferecido pelos “representantes” de Deus.

    É que a igreja na Idade Média era a força dominante e as doenças mentais eram interpretadas por revelações “inspiracionais” como incorporações de entidades demoníacas. Por esse motivo, havia diversas formas de exorcismos brutais – apedrejamentos, torturas e incinerações dos corpos amaldiçoados. Ninguém ousava, à época, contrariar os ditames “INSPIRACIONAIS’ das revelações “divinas”. Galileu, por exemplo, quase perde a cabeça (literalmente) por perceber e depois publicar sua visão heliocêntrica em detrimento da visão ptolomaica defendida pelo poder eclesiástico medieval sob pretensas inspirações deíficas. Para manter a cabeça no lugar (literalmente), Galileu teve que refutar (de forma fingida) publicamente suas próprias convicções.

    Benjamin Rush, às pressas, nos Estados Unidos, ao final da segunda metade do séc. xviii, introduz um tratamento humanitário no Pennsylvannia Hospital. É que por lá, também, a exemplo do que acontecia na Europa e ainda sob influência desses colonizadores, o século xvii foi marcado, naquele país, por uma hedionda e inexorável perseguição e bate cruel às “bruxas”. Na verdade, muitas delas eram pessoas com transtornos de personalidades esquizofrênicas e outras eram pessoas com outras convicções ideológicas que verdadeiramente ameaçavam à estabilidade hegemônica do poder eclesiástico como forma de controle político-social.

    Assim como Pinel e vexados “que nem” Rush, precisamos garantir, depois de tudo aquilo já mencionado, mais conforto aqueles pacientes com distúrbios mentais nessas terrinhas potiguar(es).

Faça um Comentário

*


Current day month ye@r *

Home | Quem Somos | Regras | Opinião | Especial | Favoritos | Histórico | Fale Conosco
© Copyright 2011 - 2025. Todos os Direitos Reservados.