Por Cristina Tardáguila e Raphael Kapa (Agência Lupa/Piauí/Folha de São Paulo)
Na madrugada da quarta-feira (30), quando a Câmara colocou em pauta o pacote das 10 Medidas contra a Corrupção, havia na Casa 195 deputados com duas características peculiares: tinham ao menos uma “ocorrência judicial” em sua ficha pública e estavam dispostos a incluir no texto-base apresentado pelo Ministério Público Federal a possibilidade de condenar juízes, procuradores e promotores que venham a cometer abuso de poder.
Esse levantamento foi feito nos últimos dias pela Agência Lupa a partir do cruzamento de duas bases de dados públicas: a da Câmara, que contém o resultado das votações das emendas apresentadas naquela noite e, a dos registros judiciais monitorados pelo projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil.
Registros judiciais
Há anos, a plataforma independente acompanha de perto os 513 parlamentares e aponta quais deles são investigados ou respondem ações na Justiça comum, na Justiça eleitoral e/ou nos Tribunais de Conta.
Nesse grupo de 195 deputados federais que decidiram apoiar aquela que é considerada a principal mudança no texto-base do pacote anticorrupção, destacam-se três deputados: Beto Mansur (PRB-SP), Herculano Passos (PSD-SP) e Junior Marreca(PEN-MA). Juntos, eles respondem nada menos do que 124 registros judiciais.
O grupo que garantiu a validação da emenda que prevê punição por abuso de poder a figuras do Judiciário também conta com a presença de 18 dos 21 deputados federais que já são investigados na Operação Lava Jato.
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A justiça brasileira entende de tudo, inclusive aborto. Por esse motivo querem ficar acima da lei.