Deixam oficialmente a bancada governista. Dessa forma, numericamente, eles tornam a oposição majoritária na Casa, com sete vereadores contra seis do governo.

Francisco José Júnior (PMN), Ricardo de Dodoca (PDT), Zé Peixeiro (PMDB) e Daniel Gomes (PMDB) promoveram entrevista coletiva às 16h de hoje, no plenário da Câmara de Mossoró. Foram claros quanto à posição adotada.

Os quatro vão entregar os cargos na prefeitura, ocupados por seus aliados. Também salientaram que não aceitavam imposição do Palácio da Resistência.

Júnior, Zé Peixeiro e Daniel prestaram solidariedade a Ricardo, que teve correligionários demitidos da prefeitura e empresa terceirizada que serve ao município.

Francisco José disse estranhar a pressão do governismo, que tem como certa sentença da Justiça anulando a eleição do dia 2 de julho último, quando ele foi eleito antecipadamente presidente da Casa, para o biênio 2011-2012. O governo já sabe qual será a decisão da Justiça? – questionou Júnior.

Zé Peixeiro deixou embaraçada a imprensa azul-turquesa, financiada pelo Palácio da Resistência. Apertado quanto ao número de cargos que possuiria, ele deu outra visão sobre o caso

– Esse pessoal votou na prefeita Fafá Rosado  – disse.

Ou seja, ao tentar atingir os vereadores, o governo acerta o próprio pé e pune quem apoiou a reeleição da prefeita em 2008.

Ricardo emocionou-se ao falar. Lembrou que sua mãe, Raimunda Nogueira, a "Dodoca", sofrera perseguição de outro Rosado no início dos anos 80 – prefeito Dix-huit Rosado, quando era vereadora, também por não aceitar a submissão. Agora, tanto tempo passado, era ele a vítima.

O vereador lembrou que, na condição de governista, tinha sido leal e correto com a prefeita, mas não poderia aceitar imposições, para abandonar o grupo formado para a eleição de Francisco José Júnior.

Nota do Blog – O Palácio da Resistência aposta em nova eleição e não quer Júnior como presidente, sobretudo por que seu vice e primeiro secretário, respectivamente Jório Nogueira (PDT) e Lahyrinho Rosado (PSB), são da oposição.

Se realmente a Justiça decidir pela anulação do pleito, como o governismo antecipa que acontecerá, a ordem é jogar pesado para eleger outra chapa sem Jório e Lahyrinho, também excluindo Francisco José Júnior, pela rebeldia.

Saiba mais sobre esse assunto adiante.