Durante este mês, a campanha “Março Lilás” reforça a importância da conscientização e prevenção do câncer de colo do útero, a segunda principal causa de morte entre mulheres no Brasil. O dado do Ministério da Saúde acende um alerta para a incidência do diagnóstico tardio: cerca de 65% das pacientes só recebem a confirmação da doença quando já está em estágio avançado, o que pode reduzir significativamente as chances de cura.
No último ano, o Ministério da Saúde anunciou mudanças importantes no rastreamento do câncer de colo do útero. O tradicional exame preventivo (Papanicolau), ferramenta essencial para a preservação da saúde da mulher, ganhou um novo aliado: o teste molecular para detecção do HPV, indicado para mulheres entre 25 e 64 anos.
Segundo Robinson Dias, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (SOGORN), essa mudança representa um avanço significativo.
“O novo exame identifica o DNA do HPV e tem maior precisão na detecção de infecções persistentes pelo vírus, que são o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de colo do útero. Com essa abordagem, conseguimos identificar e tratar lesões antes mesmo de se tornarem um câncer”, esclarece o ginecologista.
A Sogorn alerta que a melhor forma de manter esse número controlado e longe da média nacional é a prevenção, o rastreamento adequado e, principalmente, a vacinação contra o Papilomavírus Humano, o HPV.
A vacina, disponível gratuitamente pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos e meninos da mesma faixa etária, protege contra os principais tipos do vírus que podem levar ao câncer de colo do útero.
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