Alguns candidatos e grupos adoram choramingar que não têm espaços no noticiário, em formato isonômico, numa campanha eleitoral.
Há distorção na queixa e ninguém assume o mea culpa.
Primeiro, é preciso entender que o foco jornalístico segue – ou deve seguir – princípio hierárquico da notícia, o que é puxado pelo próprio interesse do leitor, ouvinte, telespectador, webleitor.
Também é fundamental se entender, que esses candidatos e partidos/grupos que se sentem discriminados, praticamente não geram o mínimo de fatos.
E ainda existe o agravante de sequer se comunicarem, atenderem a apelo para que apareçam, apresentem a própria produção oficial de informação.
O que a Justiça Eleitoral pode fazer diante desse imbróglio? Ter o bom senso, levar em conta o princípio da razoabilidade, para não cometer injustiças e pecar pelo excesso.
Nota do Blog – Faz 12 dias que a campanha começou e em Mossoró, por exemplo, base da cobertura deste Blog, tem candidato majoritário que sequer saiu de casa, nunca mandou um simples “release” (notícia oficial) e quase ninguém o conhece. Fazer o quê? Montar um comando de busca para tentar pelo menos uma notinha sobre sua candidatura?
Há quem até se manifeste, mas não responde com agilidade a um email, que pede informação, deseja notícia. Fazer o quê? Obrigá-lo a reagir?
Fácil perceber que é impossível ser equânime na oferta de espaços jornalísticos em campanha. Isso funciona como a cobertura do futebol: Flamengo e Vasco sempre vão despertar maior interesse no Rio de Janeiro – num jogo amistoso – do que Madureira e São Critovão decidindo a terceira divisão.
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