• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
quarta-feira - 18/07/2012 - 14:39h
Para reflexão

Razoabilidade e cobertura jornalística em campanha

Alguns candidatos e grupos adoram choramingar que não têm espaços no noticiário, em formato isonômico, numa campanha eleitoral.

Há distorção na queixa e ninguém assume o mea culpa.

Primeiro, é preciso entender que o foco jornalístico segue – ou deve seguir – princípio hierárquico da notícia, o que é puxado pelo próprio interesse do leitor, ouvinte, telespectador, webleitor.

Também é fundamental se entender, que esses candidatos e partidos/grupos que se sentem discriminados, praticamente não geram o mínimo de fatos.

E ainda existe o agravante de sequer se comunicarem, atenderem a apelo para que apareçam, apresentem a própria produção oficial de informação.

O que a Justiça Eleitoral pode fazer diante desse imbróglio? Ter o bom senso, levar em conta o princípio da razoabilidade, para não cometer injustiças e pecar pelo excesso.

Nota do Blog – Faz 12 dias que a campanha começou e em Mossoró, por exemplo, base da cobertura deste Blog, tem candidato majoritário que sequer saiu de casa, nunca mandou um simples “release” (notícia oficial) e quase ninguém o conhece. Fazer o quê? Montar um comando de busca para tentar pelo menos uma notinha sobre sua candidatura?

Há quem até se manifeste, mas não responde com agilidade a um email, que pede informação, deseja notícia. Fazer o quê? Obrigá-lo a reagir?

Fácil perceber que é impossível ser equânime na oferta de espaços jornalísticos em campanha. Isso funciona como a cobertura do futebol: Flamengo e Vasco sempre vão despertar maior interesse no Rio de Janeiro – num jogo amistoso – do que Madureira e São Critovão decidindo a terceira divisão.

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Categoria(s): Eleições 2012 / Opinião da Coluna do Herzog

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