terça-feira - 12/11/2024 - 08:30h
De rombo!

Receita líquida recorde de gestão Lula não supera alta de gasto público

Gráfico do Poder 360

Gráfico do Poder 360

Por Hamilton Ferrari (Do Poder 360)

A receita líquida recorde não tem sido suficiente para superar as despesas totais do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os gastos públicos federais (excluindo os pagamentos de juros) aumentaram R$ 101,4 bilhões de janeiro a setembro em relação ao mesmo período de 2023.

Já a receita líquida cresceu R$ 94,2 bilhões no mesmo intervalo de tempo.

Os dados são do Tesouro Nacional e foram corrigidos pela inflação.

A receita líquida do governo exclui as transferências que são feitas aos Estados e municípios. É utilizada para calcular o resultado primário do governo. No acumulado de janeiro a setembro, a receita líquida totalizou R$ 1,57 trilhão. É um recorde na série histórica, iniciada em 1997. Em termos percentuais, cresceu 6,4% em comparação com janeiro a setembro de 2023. O problema é que os gastos públicos subiram 6,5% no mesmo período.

Contas públicas

O governo federal registrou deficit primário de R$ 105,2 bilhões de janeiro a setembro de 2024. O rombo nas contas públicas subiu em comparação com o mesmo período de 2023, quando totalizou R$ 97,73 bilhões. Teve um crescimento real de 7,4%.

Em outra análise, o rombo nas contas públicas só não foi maior porque a receita líquida registrou valor recorde.

A Receita Federal divulgou que, de janeiro a setembro, a arrecadação federal do governo bateu recorde desde o início da série histórica, iniciada em 1995. Dos R$ 101,4 bilhões a mais de gastos em 2024, foram R$ 24,5 bilhões só com benefícios previdenciários. Corresponderam a 24,2% de todo o aumento de despesas em 2024.

Possíveis alvos do governo no pacote de corte de gastos que está para ser anunciado, o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), o abono salarial e o seguro-desemprego tiveram um crescimento de R$ 22,4 bilhões em 2024 ante 2023.

Previsão negativa

As estimativas do mercado indicam que o governo federal não cumprirá as metas em 2024, 2025, 2026 e 2027.

Veja íntegra da matéria clicando AQUI.

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Categoria(s): Administração Pública / Economia / Política

Comentários

  1. Franklin Filgueira diz:

    Caro Carlos, bom dia. Num país como o nosso, com baixa formação de poupança bruta, a única saída é o gasto público para que o país entre na rota do crescimento do PIB e do emprego, assim nos ensina a ciência econômica. Os resultados já aparecem, com o crescimento do PIB bem acima das expectativas do mercado e o desemprego caindo vertiginosamente, o que melhora a vida geral do brasileiro. Porém, o governo precisa enquadrar o gasto público dentro de certas balizas para que o remédio não mate o cidadão, ou seja, o crescimento das receitas em face ao crescimento do PIB via endividamento público precisa ser maior que as despesas desse endividamento. Afora isso, é essa a trajetória que nos resta. Vamos torcer para que o resultado seja o planejado. O governo não pode é ficar de braços cruzados sem fazer nada… Que Deus abençoe nosso Brasil castigado.

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