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domingo - 02/06/2013 - 12:10h

Recomeçar

Por Miguel Torga

Recomeça….
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…

Miguel Torga (1907 – 1995) – Pseudnimo de Adolfo Correia da Rocha, médico, poeta, escritor e ensaísta português.

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Categoria(s): Poesia

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    A MÚSICA DO DOMINGO
    Dolores
    Anísio Silva

    Dolores flor morena de Madri
    Poema de meu cântico espanhol
    Foi noiva de um toureiro que tombou
    Em uma tarde de sol

    Tu bailas na minh’alma como louca
    De castanholas e mantilha
    Eu sonho um beijo teu na minha boca
    Sob um luar de Sevilha

    Ai do teu amor quero a centelha
    Ai por teu olhar que tanto brilha
    Dou-te uma rosa vermelha
    ///
    Uma linda canção, uma letra simples. Difícil não “viajar” ouvindo uma música como esta.
    Infelizmente vivemos a época dos cantores “cometa”, dos Michel Teló e dos Luan Santana da vida.
    Afinal, o processo de imbecilização do povo brasileiro não pode parar.
    Dizer que as novas gerações não gostam das músicas de Vinicius, Tom, Gilberto, Caetano é a maior balela que estão empurrando goela abaixo do povo brasileiro.
    Que Deus nos proteja.

  2. Inácio Augusto de Almeida diz:

    A respeito do processo de imbecilização que toma conta do país. leiam este artigo do Doutor em Ciências Sociais e Diplomata PAULO ROBERTO DE ALMEIDA.
    “A IMBECILIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: UM PROCESSO IRREMEDIÁVEL?
    Respondo pela afirmativa, com agravantes. Sim, acredito, não por uma crença pessoal, subjetiva, mas por conhecimento próprio, objetivo, que a educação brasileira, em todo e qualquer nível, e quanto mais alto pior, está, sim, em sério, acelerado e dramático processo de deterioração.
    Não se trata apenas de mediocrização, o que já vinha ocorrendo antes que companheiros debilóides assumissem o comando da máquina de imbecilização social que constitui o MEC e outras agências da educação pública (mas que influenciam poderosamente o ensino privado, também).
    O processo é muito pior, mais preocupante, perfeitamente dramático, totalmente previsível, infelizmente irrecorrível e aparentemente permanente: sim, estamos caminhando para a imbecilização completa da educação brasileira.
    Nunca antes, tantos idiotas ocuparam tantos cargos nas instituições públicas de ensino, aquelas que determinam os padrões de ensino, que escolhem os livros que os estudantes vão ler (suponho) e aprender (aí já é uma hipótese), que nomeiam os outros idiotas que dirigem departamentos, secretarias e outras seções que dão as diretrizes para a implementação de programas idiotas, racistas, classistas e imbecilizantes — como a obrigatoriedade de cursos dispensáveis em vários níveis, a exemplo de estudos afrobrasileiros e espanhol no primário e sociologia e filosofia no médio — e que confirmam a continuidade da (de)formação de professores inúteis para uma educação medíocre que promete infernizar a vida dos alunos, de todos os alunos, pelo futuro previsível, e que deve continuar afundando intelectualmente o Brasil até onde a vista alcança e mais além.
    Alunos espertos podem entender o que os idiotas que formularam as perguntas querem que eles respondam e se conformar perfeitamente ao padrão imbecil pelos poucos minutos que vão estar envolvidos no exame idiota, responder o que se espera, e depois esquecer.
    Muito mais grave é todo o processo de formação de professores — com a pedagogia imbecilizante baseada em teorias idiotas, e manias ultrapassadas como Paulo Freire — e de pedagogas ativas, as novas saúvas do Brasil, que preservam todo o conteúdo inútil que é servido muito mal a todos os alunos.
    Também grave é o culto das ideologias esquerdizantes, das concepções racistas sobre nossa formação étnica, do socialismo mais primário e rastaquera que possa existir, o que denota, mais do que militantismo político apenas ignorância e intolerância.
    Enfim, tudo está errado na educação brasileira e vai demorar muito tempo para começar a consertar, se concertar…
    Depois escrevo mais a respeito.”
    ///

    Descobri hoje este artigo. Há tempos venho dizendo que está em andamento um processo de imbecilização do povo brasileiro.
    Processo que tem início já na alfabetização e se estende por todos os anos escolares.
    E avança na música e na literatura.
    Observem as nulidades que se “consagram” como cantores, arremedos é o que são, e concordarão comigo.
    Em que país do mundo um Michel Teló pode ser considerado cantor?
    Em que país do mundo um Luan Santana pode ser considerado cantor?
    Só mesmo no Brasil.
    Na literatura o processo chega a causar revolta.
    Nossos universitários desconhecem os clássicos.
    A grande maioria nunca ouviu falar de um Michel de Montaigne, um Jacques Rousseau. Nem mesmo sabem quem foi Machado de Assis.
    Pergunte a qualquer um deles quem fundou a ABL. Para começar sequer sabem o que é a ABL.
    Sabem que José Sarney escreveu Marimbondos de Fogo.
    Desconhecem quem escreveu Memórias Póstumas de Brás Cubas.
    Fico por aqui que o comentário já está mais do que longo e a fábrica de imbecilizar pode disto se aproveitar para criticar.

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