segunda-feira - 10/11/2008 - 19:51h

Reforma administrativa provoca luta por espaço

Partidos aliados e nomes influentes querem ser aproveitados

Até o final das sessões ordinárias da atual legislatura da Câmara de Mossoró, a prefeita Fafá Rosado (DEM) enviará projeto de lei dispondo sobre reforma administrativa na prefeitura. A formatação do organograma dessa mudança e a convocação de peças à sua montagem, terminam se constituindo em duas tarefas distintas.

A primeira de ordem técnica e a outra de conotação mais política.

Partidos aliados e alguns nomes que se imaginam importantes e influentes, na facção política da prefeita, passaram a lutar por espaços tão-logo terminou as eleições. Cada um a seu modo.

Os critérios e argumentos levantados de público ou furtivamente, não devem sensibilizar muito os “donos do poder”. Até aqui, a base de apoio governista é pouco levada a sério.

Nenhuma sigla tem indicação formal no secretariado. Líder do esquema político-familiar que tem Fafá Rosado como estandarte, o seu irmão e chefe de Gabinete da prefeitura, agitador cultural Gustavo Rosado (DEM), ignora acenos e lamúrias externos. Tem sido assim ao longo dessa primeira administração.

É pouco provável que mude na gestão seguinte, com a reeleição da prefeita, conquistada no dia 5 de outubro deste ano.

Quem mais força a porta, querendo postos no primeiro escalão, é o PMDB liderado pela vereadora não-reeleita Izabel Montenegro. Agarra-se à votação partidária para vereador e à intermediação de apelo que o senador Garibaldi Filho (PMDB) teria feito ao governismo municipal, para melhor aproveitamento do partido.

Sua voz não ganha eco nessa primeira gestão.  Se o peso for a questão de quantitativo de votos, o DEM da própria prefeita é quem teria maior lugar ao sol.

Alcançou nominalmente 25.834 votos, contra 19.009 do PMDB. Caiu de cinco para três vereadores.

Na mesma base aliada à próxima gestão de Fafá, quem aparece em melhor situação é o PDT, que além de fazer três vereadores (o PMDB manteve dois lugares), ainda empalmou 23.819 votos. 

O PSL aumentou de um para dois vereadores à legislatura que virá, com 18.983 votos obtidos. Também quer algum posto de comando, já expressado pelo vereador não-reeleito Osnildo Morais.

Além dessas manifestações via partidos, também ocorrem pressões sub-reptícias nos bastidores. Envolvem nomes de influência.

A vice-prefeita eleita Ruth Ciarlini (DEM), irmã da senadora Rosalba Ciarlini (DEM), quer indicar gente de sua confiança. O casal ex-deputado estadual Carlos Augusto (DEM)-Rosalba, tem peso para ser ouvido e manter espaço direto.

Mas a tendência, é Gustavo, Fafá e seu marido, deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), firmarem uma equipe mais próxima do seu perfil, menos associada à marca Rosalba.

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Comentários

  1. Izabel Montenegro diz:

    Caro Jornalista,

    Com relação a matéria publicada em seu Blog no dia 10/11/2008, com o título “Reforma administrativa provoca luta por espaço” venho esclarecer o seguinte: Nunca procurei nenhum órgão de imprensa, após as eleições, para dá qualquer entrevista, ao contrario fui procurada, pelo menos umas quatro vezes e aceitei o convite. Nas entrevistas, sempre me perguntavam se o PMDB seria prestigiado no próximo governo Fafa Rosado, ou se o compromisso assumido, pelo grupo da Prefeita, no pleito eleitoral de 2008, de fazermos parte da nova administração seria honrado, prontamente eu respondia que não tinha a menor dúvida que sim, pois confiava na palavra empenhada pelo nossos correligionários do DEM, até por que esse compromisso não foi só para com o Diretório do PMDB de Mossoró, mas acima de tudo, com os nossos lideres maiores: Senador Garibaldi Filho e o Deputado Henrique Alves. Gostaria de saber o que as pessoas esperavam que eu respondesse? Que estava cedo para falar sobre o assunto, ou que eu não tinha autoridade para falar sobre isso, ou ainda que o PMDB não cobraria espaços, ou qualquer coisa que o valha!
    Não agüento alguns setores da imprensa que questionam sobre quais compromissos eu estaria cobrando para com o PMDB, que procuram passar a impressão que teríamos feito um acordo espúrio para apoiar a Prefeita, e que estou forçando a porta, desesperada em busca de um cargo. Quem entende a humanidade? Se nos calamos somos subservientes, se reivindicamos estamos loucos por um cargo.
    Chega de tanta hipocrisia! Por que todos acham natural o Presidente Lula agraciar os partidos da base aliada com Ministérios, Presidências e Diretorias de Estatais? Por que Wilma prestigiou os partidos que fizeram parte da sua coligação em 2006? Por que Micarla prestigiará os partidos que contribuíram com o êxito da sua vitória? Isso acontece aqui, ali, alhures.
    Quero lembrar que, como funcionária da Caixa, jamais utilizei ingerência política para ascender a qualquer cargo, e olhe que ocupei diversos, sempre por concurso interno ou merecimento. Estarei me aposentando, como Gerente, em janeiro de 2009, e mesmo aposentada, terei o livre arbítrio de continuar a trabalhar. Somente um motivo me faria forçar portas, me humilhar, lutar, implorar, rastejar, é pensar na possibilidade de ver um filho passar fome, mas, como o meu salário, apesar de não ser grande coisa, graças a Deusa dá para comer o pão nosso de cada dia, estou satisfeita.

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