O Relatório da Situação Volumétrica dos Principais Reservatórios do Estado, divulgado pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), nesta quarta-feira (30), indica que as reservas hídricas superficiais estaduais totais, ao final da quadra invernosa deste ano, chegaram a 31,57%, como estipulado pelo IGARN em estudo realizado em dezembro de 2017.
Veja o quadro:
Armando Ribeiro – O maior reservatório do Estado, com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves (ARG) chegou ao final do inverno deste ano com 709.485.333 metros cúbicos, percentualmente, 29,56% do seu volume total. Em termos comparativos, no final da quadra invernosa de 2017 a ARG estava com 447,282 milhões de m³, ou 18,64% do seu volume total.
Barragem Santa Cruz do Apodi – Com capacidade para 600 milhões de metros cúbicos, está com um aporte hídrico de 176,313 milhões de metros cúbicos, que representam 29,40% da sua capacidade total. Em 2017, no mesmo período, o manancial estava com 127,269 milhões m³, percentualmente, 21,22% da capacidade total do reservatório.
Umari – Localizado em Upanema, com capacidade para 292,813 milhões de m³, está com 144,680 milhões de metros cúbicos, percentualmente, 49,41% do volume total do manancial. Em 30 de maio do ano passado estava com 66,976 milhões de m³, percentualmente, 22,87% da capacidade total do reservatório.
Dos 47 reservatórios, com capacidade superior a 5 milhões de metros cúbicos, 8 reservatórios permanecem em volume morto, percentualmente 17% do mananciais potiguares. No mesmo período do ano passado, 14 mananciais estavam em volume morto, percentualmente, 29,78% dos reservatórios. Já os mananciais secos, atualmente, são dois, percentualmente, 4,1% dos açudes potiguares. No final de maio do ano passado os reservatórios secos eram 11, percentualmente, 23,40% dos mananciais.
Uma classificação de alerta está sendo utilizada para reservatórios que estão com aportes inferiores a 25% das suas capacidades, mas que estão acima do volume morto e possuem maiores vazões de água utilizadas, visando garantir a maior quantidade de águas nestes mananciais, pelo maior tempo permissível, são eles: Boqueirão de Angicos, que está com 2,289 milhões de metros cúbicos, percentualmente, 14,29% de sua capacidade; Itans, em Caicó, com 7,325 milhões m³, ou 8,96% do total que consegue acumular; e Passagem das Traíras, com 2,545 milhões de m³, ou 5,12% da capacidade do reservatório.
100%
Comparando as reservas superficiais totais, se este ano o Estado chega ao final da quadra invernosa com um aporte de 1.390.676.793m³, ou 31,57% do total de 4,404 bilhões de m³ que consegue acumular, no mesmo período de 2017, as reservas hídricas estaduais eram de 775.900.413m³, ou 17,61% da capacidade.
Ao todo, durante o inverno, 8 reservatórios chegaram a atingir 100% da sua capacidade, foram eles: Riacho da Cruz II; Apanha Peixe e Santo Antônio de Caraúbas, ambos localizados em Caraúbas; Encanto; Brejo, localizado em Olho D’água dos Borges; Beldroega, em Paraú; Pataxó, em Ipanguaçu; e Mendubim, em Assu.
O açude Apanha Peixe ainda permanece sangrando. Os reservatórios ainda secos são o açude Dourado, localizado em Currais Novos, e o Trairi, em Tangará.
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A única coisa certa é o erro dos meteorologistas. Erram sempre, e até quando acertam é pela metade. Diziam que teríamos uma quadra chuvosa acima da média. E apontavam essa quadra no espaço de três meses. Tudo furado. Chuvas esparsas em Fevereiro, que não é mês chuvoso. Março quase não pingou, e é o mês mais chuvoso nos bons anos de inverno. Abril surpreendeu até os “fiscais das nuvens”. Foi o nosso inverno, só. Juntou água, deixou comida pros bichos e afastou o risco de desertificação temporária. Se chover no próximo ano a reserva de águas se ampliará. Essa gente gosta mesmo é de palavreado difícil. Certa vez, um jornalista paraibano entrevistou Ernani Sátiro, então governador da Paraíba, em visita ao Rio: “Governador, com estão as precipitações pluviométricas na Paraíba”? E Ernani respondeu: “O que o ilustre conterrâneo tem contra a palavra chuva”?
Que surpresa, François Silvestre. Li tanto sobre chuvas.
Ernani Sátiro me lembrou um episódio em mosteiro da Espanha. Um monge lia algo quando se deparou com o nome de Jean Jacques Rousseau. Leu de forma arrogante, acentuando seus conhecimentos em francês. Foi quando seu superior disse: “leia: rota punto, rota punto, russe au.”