A engenharia que o PMDB do G (Garibaldi Filho) e do H (Henrique Alves) promove, para se dividir em dois, na campanha potiguar deste ano, pode ter graves consequências. O redemoinho é intenso até aqui.
É pouco provável que, em qualquer das hipóteses, saia uma sigla inteira e afinada com seus lÃderes, os primos senador Garibaldi e deputado federal Henrique.
Henrique tem dito em entrevistas, que "a prioridade é a reeleição de Garibaldi". Não é bem assim.
Se não formalizar coligação do PMDB com o PR e outras siglas na proporcional, o partido certamente não reelegerá o próprio Henrique para o 11º mandato federal. Isso é lógico.
O quociente eleitoral para federal deverá estar acima dos 205 mil votos, talvez chegue a 210 mil. Significa dizer que atuando numa faixa própria, Henrique sozinho – ou com alguns nomes de menor expressão na legenda – terá de obter esse quantitativo sozinho.
Na campanha de 2006, o quociente eleitoral ficou pouco acima dos 202 mil votos. A votação mais expressiva foi Fábio Faria (PMN) em sua primeira eleição, conquistando 195.148 votos (12,02%). Mesmo assim, não seria eleito com essa montanha de votos. Precisou da complementação de outros somaram com ele na coligação governista.
O PMDB marcha mesmo para se aliar com PR e outras legendas da base do presidente Lula (PT) e da governadora Wilma de Faria (PSB). O senador Garibaldi Filho que faça sua escolha: seguir o partido ou debandar para um suicÃdio polÃtico, na direção do DEM.
À luz do entendimento majoritário que se tem da legislação eleitoral, não é possÃvel Garibaldi estar em dois palanques ao mesmo tempo. Sequer o direito de pedir votos para outro candidato, que não esteja no rol das siglas de coalizão do peemedebismo.
Com base nessas observações, não é difÃcil ser identificada qual a prioridade do PMDB do Rio Grande do Norte. Óbvio: Henrique Alves.
O resto é pura retórica e sofisma.
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