Fim do sufoco. O resultado da reunião convocada pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM) com representantes de docentes, funcionários e alunos da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), nesta quarta-feira (02), foi o compromisso do Governo do Estado em encaminhar para a Assembleia Legislativa até esta sexta-feira (4), a lei que trata do aumento salarial para servidores da instituição.
A reunião alongou-se por horas à noite dessa quarta-feira na Governadoria. O compromisso foi uma medida adotada pelo Governo do RN para tentar evitar a greve dos servidores da Uern, que no ano de 2011 representou um prejuízo de 106 dias parados para os alunos da instituição.
“A reivindicação é justa, queremos atender no que for possível dentro da legalidade e, acima de tudo, não queremos que os alunos sejam penalizados com mais atrasos no semestre letivo que está para começar, por isso chamei aqui todos os representantes da UERN para que juntos possamos buscar a melhor solução”, afirmou a governadora Rosalba Ciarlini.
Orçamento
Os representantes do governo presentes na reunião ratificaram mais uma vez que os acordos firmados serão cumpridos, sempre dentro da legalidade e obedecendo à Lei de Responsabilidade Fiscal.
De acordo com o secretário de Estado do Planejamento, Obery Rodrigues, a própria imprensa nacional já repercutiu o alto gasto com funcionalismo no RN. “Temos aqui uma matéria da Folha de São Paulo que divulga nosso atual gasto com pagamento de pessoal, comprometendo 48,35% do orçamento”, disse. “Só a folha de pagamento da Uern no último ano representou R$ 158 milhões. Para 2012 a média mensal está programada em R$ 14,5 milhões”, explicou o secretário.
Entre os assuntos tratados, foi de comum acordo entre ambos os lados que há atualmente uma grande necessidade de autonomia para da instituição. De acordo com o reitor Milton Marques, uma greve no atual momento seria fonte de desgaste para professores, funcionários e, principalmente, alunos.
Também participaram da reunião o secretário de Estado de Administração e Recursos Humanos, Alber Nóbrega; o Consultor Geral do Estado, José Marcelo; o Procurador Geral do Estado, Miguel Josino; o Controlador Geral do Estado Francisco de Melo e a secretária de Estado da Educação, Betânia Ramalho.
Na audiência com o governo, o que ficou acordado é que a ADUERN iria repassar o seu conteúdo para a categoria. Para não ficar dúvidas, foi sugerido pela ADUERN e demais segmentos presentes que o governo enviasse para as categorias um documento expressando a sua proposta. O governo concordou em enviar o documento até sexta feira. A proposta do governo é horrível: indicará o adiamento do acordo até setembro, proporá a recomposição do período de abril a agosto, a ser pago até 2014, podendo ser pago antes. Tudo isso, condicionado a Lei de Responsabilidade Fiscal. Na verdade, a governadora queria que já saisse da audiência um acordo, o presidente da ADUERN deixou muito claro que não tinha como fazer nenhum acordo diferente do já acordado. Quem vai definir se aceita ou não a nova proposta é a categoria. A ADUERN vai propor que a categoria volte a se reunir, em Assembléia, na próxima sexta feira, de posse da proposta do governo debate qual deve ser a sua postura diante do documento que esperamos que chegue a Assembléia. Pessoalmente, avalio que somente a própria categoria é quem tem condições de adiar o início de uma nova greve. Sinceramente, entre acreditar na palavra do governo e não ter perspectiva de nenhum reajuste acordado com esse governo, fico com a segunda opção. Não teremos outra opção, se não for hoje, será em setembro, não arrancaremos um centavo desse governo sem o uso da greve. Que venha setembro, então!!!!!!!!!!!
Em relação a essa postagem do Carlos Santos, fiz o seguinte comentário, mas antes de publicá-lo solicitei informações a um colega que lida com números:
“Certo, R$ 158 milhões para cobrir a folha de pagamento da UERN. Desse montante existe alguma parcela destinada a cobertura de despesas causadas por improbidades administrativas? Como por exemplo, demissão de funcionários irregulares e, por consequência, abono de seguro desemprego? SE há, não sei, gostaria de entender os seguintes questionamentos: Quanto seria o valor total de um seguro desemprego para cobrir as despesas de 5 meses para mais de 200 funcionários? Até hoje quanto foi gasto com essas demissões e readmissões a cada 11 meses dos mesmos funcionário há mais de 20 anos? Não seriam os administradores que deveriam arcar com as consequências de seus atos? Por que o erário? Qual a racionalidade por trás disso?
Ora, é claro que há duplicidade de despesas desnecessárias: um salário para o novo funcionário concursado e outro para o assegurado.
Sei também que a falta de planejamento custa caro e acredito que a imprensa nacional tenha achado algo muito estranho por tão alto “investimento” e disso não tenha saído nada de excelência.
RESPOSTA DO COLEGA:
“Em um cálculo aproximado daria pelo menos um milhão de reais. Ou seja, saiu dos cofres públicos 1 milhão para pagar indenizações por perda de emprego irregular. Realmente um absurdo, não é justo, e nem parece legal, que esse dinheiro saia do bolso do contribuinte.”
A bem da verdade, a “educação” no Brasil VAI MAL POR FALTA DE INVESTIMENTOS ( Falo em investimentos aplicados em projetos baseados na melhoria do ensino) e, enquanto isso, na Sala de Justiça, o Governo Federal anuncia 100 mil bolsas de estudos no exterior, ou seja, um alto investimento fora do país. Com essa notícia, todos os países imperialistas em crise abriram logo as portas. Até a Harvard, com os veteranos se aposentando, está de olho não só nos investimentos financeiros do Brasil para saírem da crise, mas também na contribuição científica dos jovens talentos em prol daquela Universidade custeada pelo governo brasileiro.
Ô povinho alienado!!! Vão!!! E quando chegarem lá escrevam belas crônicas sobre New York, Hollywood etc. É para isso mesmo esse investimento (que eu chamo de gasto). A mídia aqui vai dar a maior cobertura e as colunas sociais vão achar CHIC, muy chic.
Há casos específicos que realmente é necessário um treinamento no exterior.