• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
domingo - 06/08/2023 - 10:46h

Revista inglesa otimista com Brasil, apesar do PT

Ilustração Canva

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contexto internacional tem favorecido o Brasil.

A invasão da Ucrânia pela Rússia beneficiou a exportação de grãos do Brasil, já que os dois países em conflito são grandes produtores de alimentos.

A guerra reduziu a oferta de alimentos no momento em que a China encerrava as restrições provocadas pela Covid-19, puxando a demanda por grãos.

O aumento interno da exportação de soja, poderá responder por um quinto do crescimento econômico do país neste ano, o que eleva o saldo da balança comercial brasileira e favorece a valorização do real frente ao dólar.

A redução das taxas de juros nos EUA e as tensões crescentes entre a maior economia do mundo e a China estão levando muitos investidores a procurarem outros mercados emergentes para investir, destacando-se preferência pelo Brasil.

No ano passado, o Brasil recebeu US$ 91 bilhões em investimentos diretos do exterior.

Por justiça, deve ser destacada a eficiente atuação do BC, sob o comando do economista Roberto Campos Neto, que contribuiu para a inflação que era de 12% anuais em abril do ano tenha passado para 3,2% agora.

O fato de ter mantido a taxa de juros em 13.75% foi medida corretíssima para conter a inflação, apesar do intenso ataque do presidente Lula “jogando para a plateia”.

Contribuição positiva é a agenda de reformas, como o novo arcabouço fiscal e a Reforma Tributária, abrindo per4spectivas para que a dívida ficará sob controle.

O futuro é um enigma.

A aprovação final das reformas no Congresso não é garantida, diante da fragilidade política do governo que tem de fazer concessões.

Um “ponto sob tiroteio” dos lobistas são “exceções” pleiteadas na reforma tributária. Cada setor econômico só olha o seu próprio “umbigo” e esquece o compromisso com o interesse coletivo.

Não se pode omitir que na visão geral das perspectivas futuras destaca-se o grande potencial que o país tem em projetos de transição energética, na produção de energia limpa.

A revista “Economist” adverte que haverá de ter cautela, considerando que o país tem sempre ficando atrás de potências emergentes como China e Índia. E deu como exemplo a baixa produtividade, que só cresceu na agricultura em três décadas.

O que se espera é uma política boa e consistente para reverter a tendência de longo prazo do Brasil.

Para que essa meta seja alcançada é necessário que o PT pare de sabotar a política fiscal defendida pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto e o ministro da Fazenda Fernando Haddad.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) chegou a comparar a proposta do arcabouço fiscal a um pacto com o diabo. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, fez crítica ao mecanismo de controle de gastos.

A disputa antropofágica, aberta entre setores do partido, inclusive quando está no governo, tem sido ao longo da história uma característica do PT, desde sua fundação.

Se esse clima persistir, a tendência será o governo desintegrar-se e o país também.

Ney Lopes é jornalista, advogado e ex-deputado federal

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. FRANSUELDO VIEIRA DE ARAUJO diz:

    As fantasias catastróficas do BOLSONARENTO Ney Lopes de Souza, bem demarca as frustrações da extrema direita que ao utilizar o Espantalho GENOCIDA Jair suposto Messias, imaginava dar sequência ao esfacelamento do.puco de estado social em nossa precária e claudicante democracia REPRESENTATIVA.

    Essa gente encimesmada com seu próprio histórico reacionário, fascista e.imobilista, não se contem de inveja, descaso e anti-nacionalismo.

    O Douto Ney não consegue dissimular suas frustrações e posicoes classe idade média, sobretudo quando , ante o sucesso do governo LULA, esquece das tentativas da oposição BOLSONARENTA em sabotar o governo, mas, enxerga o PT nessa condição, mesmo sabedor que PT votou majoritariamente em todas as pautas do atual governo LULA.

    Em fim, essa condição mais que contraditória, pra não dizer esquizofrênica dos nossos Capitães Hereditários, diz e muito sobre.a doença chamada elite brasileira, esta, que detém o poder real desde priscas eras, contudo, jamais soube governar com.um mínimo de equidade, empatia e percepção junto aos reais interesses da sociedade brasileira, muito ao contrário, continua em seu sexto século de pelejas e subtrações entreguistas dos interesses nacionais.

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