Por François Silvestre
Não posso evitar, e rio. De rir e não de Grande do Norte ou de Janeiro. Mas é engraçado. NotÃcias do ocorrido são seletivas, dependendo da opinião do noticiante. Jornalismo? Pode ser, pois tudo agora pode ser.
Queiroz aconteceu, Flávio 01 também. Até pescaria em angra, coisa de rico. Num lado, alarde, mais que notÃcia. No outro, silêncio, ignorando a notÃcia.
Noticia-se a possÃvel candidatura de Moro. A prefeito? Não. Vereador? Não. A vice-presidente.
Mas a próxima eleição é para presidente? Não. Só daqui a três anos. Pois é. Bolsonaro lança Moro provável candidato a vice, pra daqui a três anos, e vira notÃcia. Futurismo do fanatojornalismo.
Desvio de atenção do real. Papa na boca dos bestas. Mesmo assim, rio.
Nem do Norte, nem do Mês. do verbo rir de como riem as hienas.
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Isso mesmo Caro François Silvestre. No caso, oportuno não esquecermos que ante essa verdadeira pajelança jornalÃstica na construção de noticias ditas paralelas insertas no mais alto grau de subjetividade e construção do cinismo crepuscular, estamos na era do que denominam de pós verdade.
Nesse contexto, muitas vezes as noticias da internet e dos jornalões televisões, muitas vezes se equivalem, dado o fato, de que o nosso jornalixo tendo à frente o porta Estandarte conhecido como Rede Bobo de Televisão, esta, que sempre esteve incontinenti lambendo botas dos milicos, em especial do Pós 1964, à serviço do poder, em especial quando exercido de forma autoritária e reacionária, como sempre fez e atuou , continua se prestando diuturnamente à manutenção do Status Quo, tenha ou não cavalgaduras a representá-lo no ápice do seu poder institucional.
No seu livro ÉTICA E PÓS VERDADE, o psicanalista CRISTHIAN DUNKER, defende a idéia de que a pós verdade, longe de ser o aprofundamento do programa cultural e polÃtico do pós modernismo, é uma espécie de reação negativa `esta. A pós verdade é o falso contrário do pós modernismo. Como se o o politicamente correto, o relativismo cultural e a mistura estética tivessem gerado uma espécie de reação nos termos de uma demanda de real, de um retorno aos valores orgânicos e suas pequenas comunidades de consenso.
Como nos romances policiais nos quais é necessário existir um suspeito que não é o verdadeiro assassino. Há um lugar necessário pára o falso assassino, que torna possÃvel toda investigação. Podemos pensar agora em um análogo, mas como se fosse um oposto que não é o verdadeiro oposto, mas que se torna necessário para descobrirmos o que verdadeiramente está sendo negado.
Como diria o paraibano Chico César, no sumo do sumo do sumo, a chamada palavra de ordem atual, dita da moda denominada pós verdade, nada mais é que a mera consagração do cinismo no poder, ela é fruto de um capitalismo bruto, que rompeu a aliança com o multiculturalismo, diversidade e o politicamente correto.
Em fim, atualmente tudo se presta , se faz e se da em nome do capitalismo improdutivo, ou como queiram do capitalismo financeirizado em detrimento do capitalismo produtivo, este que, em determinado perÃodo histórico, pelo menos norteou a humanidade em buscas de traços liberais de modernidade, modernidade essa, assentada num contrato social minimante condizente com a humanidade porventura existente no que denominamos de Estado do Bem Estar Social.
Depois, milhões e milhões de inocentes úteis/inúteis, infelizmente, se prestam de forma ignara, obtusa e bizarra, tal e qual ventriloquos a reclamarem da violência e da corrupção, violência e corrupção essas, não esqueçamos, metodicamente planejas e orquestradas pelos seus captores de sempre….!!!
Um baraço
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318.